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Eneva espera demanda de 8 GW em leilão de reserva de capacidade

A Eneva espera que o leilão de reserva de capacidade previsto para esse ano tenha demanda de 8 GW, em parte por causa da descontratação de cerca de 6,5 GW médios em termelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2028. A aposta da companhia é na contratação de termelétricas no certame, afirmou o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da companhia, Marcelo Cruz Lopes.

Eneva espera demanda de 8 GW em leilão de reserva de capacidade

A Eneva espera que o leilão de reserva de capacidade previsto para esse ano tenha demanda de 8 GW, em parte por causa da descontratação de cerca de 6,5 GW médios em termelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2028. A aposta da companhia é na contratação de termelétricas no certame, afirmou o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da companhia, Marcelo Cruz Lopes. 

“Mesmo que o leilão busque a neutralidade tecnológica, e as termelétricas possam competir com outras fontes, inclusive hídricas, a tendência para esse tipo de produto, que preza pela confiabilidade, é que as termelétricas tendam a ser mais competitivas”, disse Lopes, durante teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre do ano.

A Eneva também vê oportunidades na exportação de energia para Uruguai e principalmente Argentina durante o inverno, já que com o fim do período chuvoso no Brasil, a tendência é que as hidrelétricas não tenham mais vertimento turbinável para exportar. “A tendência é que a geração termelétrica atenda a demanda de exportação perene ao longo do ano”, disse Lopes.

Segundo o executivo, mesmo depois que a Argentina concluir obras de gasodutos que permitirão a exploração da oferta de gás da região de Vaca Muerta, durante o inverno, haverá oportunidade de exportação de energia para o país vizinho, já que nos meses frios há também um aumento da demanda pelo gás para calefação.

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O futuro da Termofortaleza

Na teleconferência, Lopes também comentou sobre os planos da Eneva para a Termofortaleza, de 327 MW, cujo contrato vigente, firmado em 2001 com a Enel Ceará, vence em 2023. Há duas possibilidades para resolver a questão da chegada do gás à usina, adquirida da Enel no ano passado: o Gasfor II, gasoduto de 83 km no Ceará, da Transportadora Associada de Gás (TAG), que funcionará como um novo trecho paralelo do gasoduto Gasfor, que já existe; ou o futuro terminal de regaseificação de GNL que está sendo desenvolvido pela Ceiba Energy no Porto do Pecém.

O problema do gasoduto da TAG, segundo Lopes, é que termelétricas que operam na modalidade flexível dificilmente podem viabilizar o elevado investimento necessário. No caso do terminal da Ceipa, a Eneva está em contato com a Shell, que será supridora da molécula, para avaliar um contrato de suprimento para que a usina possa participar de leilões.

“Acompanhamos de perto a evolução do projeto para que seja viável o suprimento da Termofortaleza, para ela entrar em leilões, mas não temos nada materializado no momento”, explicou.

Resultado

No primeiro trimestre do ano, a Eneva teve lucro líquido de R$ 222,9 milhões, aumento de 20,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, ao mesmo tempo em que sua receita líquida cresceu 224%, a R$ 2,45 bilhões, refletindo as aquisições de projetos no ano passado, incluindo a Termofortaleza e a Porto do Sergipe.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 146%, a R$ 1,2 bilhão, também por conta da entrada dos novos ativos adquiridos, e refletindo ainda a receita da comercializadora no período, pela assinatura de contratos com clienbtes no mercado livre. 

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