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Eletrobras divulgará rota 'net zero' em julho de olho em liderar renováveis no mundo

A Eletrobras vai divulgar sua "rota net zero" no dia 12 de julho, incluindo sua estratégia para liderar a expansão renovável e a descarbonização no mundo, disse Wilson Ferreira Junior, durante participação no segundo dia do Fórum Nacional de Líderes em Energia, organizado pela Dominium e pela DGBB no Rio de Janeiro. "Vai ser uma boa surpresa ao mercado", disse.

Wilson Pinto Ferreira Júnior, Chief Executive Officer, Eletrobras, Brazil, speaking at the World Economic Forum on Latin America 2018 in Sao Paulo, Brazil. Copyright by World Economic Forum / Benedikt von Loebell
Wilson Pinto Ferreira Júnior, Chief Executive Officer, Eletrobras, Brazil, speaking at the World Economic Forum on Latin America 2018 in Sao Paulo, Brazil. Copyright by World Economic Forum / Benedikt von Loebell

A Eletrobras vai divulgar sua “rota net zero” no dia 12 de julho, incluindo sua estratégia para liderar a expansão renovável e a descarbonização no mundo, disse Wilson Ferreira Junior, durante participação no segundo dia do Fórum Nacional de Líderes em Energia, organizado pela Dominium e pela DGBB no Rio de Janeiro. “Vai ser uma boa surpresa ao mercado”, disse.

Durante sua fala, Ferreira apontou que a Eletrobras hoje é a segunda maior empresa de energia listada em bolsa com matriz renovável, atrás da italiana Enel. Além disso, a Eletrobras é também a segunda menor emissora de carbono por MWh gerado.

O plano da companhia passa por expandir sua capacidade de geração renovável, reduzir as emissões de ativos existentes e descomissionar aqueles mais antigos e poluentes. 

Ele destacou que a incorporação das usinas de Santo Antonio, Teles Pires e Baguari já ajudaram a acrescentar 2 GW em geração renovável ao portfólio da empresa nos últimos meses, “encurtando” a diferença entre a Eletrobras e a Enel, que ainda lidera na geração renovável mundial. “A ideia é que todo mundo cresça, então que bom que a gente cresça”, afirmou.

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Obras de transmissão que permitem o escoamento de renováveis também estão na mira da companhia, assim como a linha que vai interligar Manaus e Boa Vista, permitindo que Roraima será conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e possa substituir a matriz energética atual, dominada por fontes caras e poluentes, pelas características de ser um sistema isolado.

“Vamos investir R$ 3,5 bilhões para ligar Manaus a Boa Vista, essa contribuição vai eliminar a geração térmica que atende aquele estado. Hoje, gastamos R$ 1,5 bilhão por ano em diesel para alimentar a geração de energia da região”, disse Ferreira.

Ainda na Amazonia, o executivo destacou o fundo de descarbonização criado para integrar 1.600 comunidades isoladas, que devem substituir os geradores a diesel por novas tecnologias menos poluentes, associando baterias e paineis fotovoltaicos.