A Eletrobras vai divulgar sua “rota net zero” no dia 12 de julho, incluindo sua estratégia para liderar a expansão renovável e a descarbonização no mundo, disse Wilson Ferreira Junior, durante participação no segundo dia do Fórum Nacional de Líderes em Energia, organizado pela Dominium e pela DGBB no Rio de Janeiro. “Vai ser uma boa surpresa ao mercado”, disse.
Durante sua fala, Ferreira apontou que a Eletrobras hoje é a segunda maior empresa de energia listada em bolsa com matriz renovável, atrás da italiana Enel. Além disso, a Eletrobras é também a segunda menor emissora de carbono por MWh gerado.
O plano da companhia passa por expandir sua capacidade de geração renovável, reduzir as emissões de ativos existentes e descomissionar aqueles mais antigos e poluentes.
Ele destacou que a incorporação das usinas de Santo Antonio, Teles Pires e Baguari já ajudaram a acrescentar 2 GW em geração renovável ao portfólio da empresa nos últimos meses, “encurtando” a diferença entre a Eletrobras e a Enel, que ainda lidera na geração renovável mundial. “A ideia é que todo mundo cresça, então que bom que a gente cresça”, afirmou.
Obras de transmissão que permitem o escoamento de renováveis também estão na mira da companhia, assim como a linha que vai interligar Manaus e Boa Vista, permitindo que Roraima será conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e possa substituir a matriz energética atual, dominada por fontes caras e poluentes, pelas características de ser um sistema isolado.
“Vamos investir R$ 3,5 bilhões para ligar Manaus a Boa Vista, essa contribuição vai eliminar a geração térmica que atende aquele estado. Hoje, gastamos R$ 1,5 bilhão por ano em diesel para alimentar a geração de energia da região”, disse Ferreira.
Ainda na Amazonia, o executivo destacou o fundo de descarbonização criado para integrar 1.600 comunidades isoladas, que devem substituir os geradores a diesel por novas tecnologias menos poluentes, associando baterias e paineis fotovoltaicos.