Sustentabilidade

Brasil está atrasado e precisa de metodologia para um mercado de carbono, diz governo

O mercado de carbono é fundamental no mundo da transição energética, mas o Brasil ainda está muito atrasado neste debate, e é necessário avançar no desenvolvimento de uma metodologia segura, disse Ana Toni, secretária nacional de Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente.

Brasil está atrasado e precisa de metodologia para um mercado de carbono, diz governo

O mercado de carbono é fundamental no mundo da transição energética, mas o Brasil ainda está muito atrasado neste debate, e é necessário avançar no desenvolvimento de uma metodologia segura, disse Ana Toni, secretária nacional de Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente.

“Somo o país do futuro, e o futuro passa e a gente nem percebe. O futuro chegou, e temos que acelerar o mercado de carbono, com o intuito de um mercado regulado que ajude no processo de descarbonização”, afirmou Toni, durante participação no Fórum Nacional de Líderes em Energia, que aconteceu nos dias 1 e 2 de junho no Rio de Janeiro e foi promovido pela Dominium e pela DGBB.

Segundo a especialista do governo, muitos estudos apontam que o mercado de carbono no Brasil pode ter como função evitar desmatamento, mas o mecanismo pode ir além disso.

Para ser eficiente, contudo, é preciso segurança jurídica, com uma metodologia segura e transparente. Há alguns projetos de lei sobre o assunto no Congresso, e a secretaria defende que haja empenho para que se transformem em leis claras sobre o assunto.

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“O mercado de carbono vai ajudar alguns setores a descarbonizarem mais rápido, e outros irão se beneficiar disso. Mas, todos terão que se descarbonizar”, disse. “O Brasil pode se tornar o país com os melhores créditos de carbono. Não quantidade, mas qualidade”, completou.

Outro desafio no Brasil no campo da descarbonização está na falta de conversas “honestas” sobre os benefícios e os desafios das fontes renováveis. Segundo Toni, todas as fontes têm impactos ambientais e sociais, além dos seus benefícios.

Os esforços devem ser voltados para reduzir ao máximo as consequências negativas, mas sempre com a honestidade de apontar os problemas. “Temos condições de sermos, já somos, uma potência ambiental, mas falta olhar e ter uma narrativa sobre onde estão os problemas e como enfrentá-los”.