Depois de mandatar o Citi para buscar um sócio para seu projeto de hidrogênio verde e postergar os investimentos para concluir um projeto de ácido sulfúrico na Bahia, a petroquímica Unigel contratou a Moelis & Company para assessorá-la em um processo de reestruturação financeira e o escritório Felsberg Advogados. Segundo fontes próximas às conversas, o intuito é evitar uma recuperação judicial.
Esse risco, contudo, já aparece no radar de bancos credores, que veem um potencial pedido como iminente, conforme apurou o Valor Econômico. “A companhia quer estar bem preparada para tomar decisões e evitar uma recuperação judicial”, disse uma das fontes. Mas a notícia da contratação da Moelis e as conversas intensas com a equipe da Felsberg nos últimos dias aumentaram a preocupação entre os credores, descreve a reportagem.
Moelis e Felsberg são especializados em crise financeira. O escritório já trabalha para a companhia há 10 anos, mas foi acionado nos últimos dias para estancar a crise. Duas fontes afirmaram que já há credores buscando antecipação de pagamento de dívidas. Com investimentos elevados em curso, a Unigel está enfrentando os efeitos negativos do ciclo de baixa da petroquímica mundial e do descasamento entre os preços da ureia e do gás natural.
Lula sanciona MP da Mata Atlântica com vetos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Medida Provisória 1150/22, conhecida MP da Mata Atlântica, aprovada há duas semanas pela Câmara dos Deputados.
De acordo com informação do Palácio do Planalto, vários trechos da MP foram vetados pelo presidente Lula. Entre eles, medidas que flexibilizam a retirada de vegetação do bioma, um dos mais ameaçados do país. Agora, o Congresso Nacional precisará analisar os vetos, que poderão ser derrubados por maioria simples dos votos dos parlamentares das duas Casas legislativas.
O presidente Lula também assinou seis decretos para a área ambiental. Um deles institui a comissão nacional para redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal, conservação dos estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal (REDD+). As informações são da Agência Brasil.
Governo do RJ pressiona por intervenção na Light
Informação do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo: Nos bastidores, Claudio Castro está pedindo à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que promova uma intervenção na Light. A companhia elétrica já pediu a renovação antecipada da concessão, que termina em 2026.
Mercadante diz que tendência é Venezuela usar energia e petróleo para pagar dívida com Brasil
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse ontem (5/6) que a Venezuela não tem como pagar em divisas o passivo com governo brasileiro e a tendência seria a quitação em energia elétrica e petróleo.
Segundo Mercadante, os passivos com o BNDES foram quase que integralmente cobertos pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), restando uma pequena parcela. O banco informou que a Venezuela recebeu em contratos de apoio à exportação de serviços de engenharia US$ 1,5 bilhão (R$ 7,40 bilhões), sendo que US$ 40 milhões estão em atraso e serão indenizados pelo FGE. O saldo devedor é de US$ 84 milhões. Já foram indenizadas pelo FGE US$ 682 milhões em prestações em atraso. (Folha de S. Paulo – com informações da agência de notícias Reuters)
Luiz Barsi eleva participação na AES Brasil para 5%
A AES Brasil informou que o investidor Luiz Barsi Filho, um dos maiores investidores individuais da B3, elevou a sua participação na companhia para 5%, cerca de 30,1 milhões de ações ordinárias. Segundo o último formulário de referência divulgado pela AES Brasil em 31 de maio, Barsi não detinha uma participação relevante na companhia. (Valor Econômico)
Construção de usina hidrelétrica em MT pode extinguir espécies de peixes e afetar alimentação indígena, diz estudo
Um estudo foi feito pela professora doutora da Universidade Internacional da Flórida, Simone Athayde, e pela pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Renata Utsonomiya, revelou que a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Castanheira, que está prevista para ser instalada próxima ao Rio Arinos, na bacia hidrográfica do Rio Juruena, a 893 km de Cuiabá, pode bloquear o principal canal da foz, que equivale a cerca de 600 km.
De acordo com o estudo, a barragem também coloca 97 espécies de peixes migratórios em ameaça de extinção. Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) disse que a UHE Castanheira está em trâmite de licenciamento e terá o parecer divulgado assim que a análise técnica do órgão ambiental for concluída, o que ainda segue sem previsão.
Segundo a professora Simone Athayde, como o bloqueio vai interferir na conectividade entre os dois rios e, consequentemente, no volume de peixes, a alimentação dos povos indígenas que vivem na região pode ser colocada em risco. As informações foram publicadas pelo portal G1.
RenovaBio evita emissão de 94,5 milhões de toneladas de CO2
No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, os produtores de bioenergia superam a marca de 94,5 milhões de toneladas de emissões de CO2 equivalente evitadas desde que começaram a ofertar um novo produto associado aos benefícios ambientais dos biocombustíveis: os créditos de descarbonização ou CBios.
O volume equivale ao plantio de mais de 675 milhões de árvores, mantidas em pé por 20 anos. O levantamento foi realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a partir de dados da B3. Abrange o período de três anos, de junho de 2020, início da comercialização de CBios, a 31 de maio de 2023. (Notícias Agrícolas)
Enase 2023: desconto exclusivo para agentes da CCEE
Agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) podem utilizar o cupom exclusivo para a categoria e ganhar 10% de desconto nas inscrições para a edição 2023 do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase). Basta acessar a página do evento e, na etapa de pagamento, inserir o código promocional CCEE10.
O Enase será realizado nos dias 21 e 22 de junho, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em sua edição de 20 anos, o encontro terá como tema principal: “Construindo caminhos para o futuro do setor elétrico brasileiro”. Além dos painéis de debate com as principais autoridades e executivos do mercado, contará com espaços para negócios e networking. (Fonte: CCEE)
Itália quer eliminar uso do carvão em 2024
O ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto, disse ontem (5/6) que o país pode abandonar o uso de carvão já a partir de 2024. “Hoje estamos com o carvão, o petróleo e o gás. A intenção é abandonar o carvão em 2025 ou até antes. Espero conseguir em 2024, se os preços do gás não subirem”, declarou o ministro. (portal UOL – com agência de notícias Ansa)
Destruição de represa gera caos e ameaça usina nuclear na Ucrânia
Em um dos mais dramáticos incidentes da guerra da Rússia na Ucrânia em seus 15 meses, uma represa vital no sul do país invadido pelos russos foi destruída na madrugada desta terça (6/5). Milhares de pessoas começaram a ser evacuadas devido à inundação, e a ação ameaça afetar a maior usina nuclear da Europa.
Russos e ucranianos se acusam mutuamente pelo incidente na represa de Nova Khakovka, que fica na porção ocupada por Moscou em Kherson, no sul da Ucrânia. Não está claro o que aconteceu, se uma explosão planejada como Kiev acusava os invasores de planejar havia meses ou, como dizem os invasores, um ataque com artilharia durante a contraofensiva iniciada pelo governo de Volodimir Zelenski no domingo (4/6). (UOL)
PANORAMA DA MÍDIA
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram ontem (5/6) medidas para baratear carros populares, caminhões e ônibus. Os descontos vão variar entre o mínimo 1,5% e o máximo 11,26%, ou de R$ 2 mil a R$ 8 mil de bônus para compra dos automóveis. Para veículos de carga ou coletivos, o abatimento será de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. A notícia é destaque, hoje (6/6), na mídia.
As empresas que concederem o desconto contarão com crédito tributário junto à União (descontos em pagamentos de impostos no futuro). O custo total do programa para o governo será de R$ 1,5 bilhão. Desse total, R$ 500 milhões servirão para a parcela voltada aos carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans. (O Globo)
O programa para estímulo à venda de automóveis anunciado nesta segunda-feira (5/6) vai na contramão do que se busca hoje na Europa e nos Estados Unidos, que têm colocado caminhões de dinheiro na pauta sustentável e que contribua para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, principais causadores das mudanças climáticas. (O Estado de S. Paulo)
Na segunda-feira (5/6) também foi lançado o “Desenrola”, que prevê renegociação de dívidas de pessoas físicas. O programa atenderá quem recebe até dois salários mínimos e tem dívidas no limite de R$ 5 mil. (Valor Econômico)
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marca julgamento que poderá tornar Bolsonaro inelegível, diz a manchete desta terça-feira (6/6) da Folha de S. Paulo. O julgamento para avaliar se houve abuso de poder político e desinformação contra o sistema eleitoral iniciará em 22 de junho.