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Banco Europeu e Iberdrola assinam acordo para financiar 2,2 GW e acelerar a transição energética

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Iberdrola assinaram acordo para financiamento de 1 bilhão de euros com o objetivo de acelerar a transição energética na Europa. A iniciativa prevê a construção de 19 usinas solares fotovoltaicas e três parques eólicos, num total de 2,2 GW de capacidade instalada, que serão desenvolvidos na Alemanha, Espanha e Portugal.

Banco Europeu e Iberdrola assinam acordo para financiar 2,2 GW e acelerar a transição energética

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Iberdrola assinaram acordo para financiamento de 1 bilhão de euros com o objetivo de acelerar a transição energética na Europa. A iniciativa prevê a construção de 19 usinas solares fotovoltaicas e três parques eólicos, num total de 2,2 GW de capacidade instalada, que serão desenvolvidos na Alemanha, Espanha e Portugal.

A operação faz parte do pacote de financiamento do BEI em apoio ao REPowerEU, plano da União Europeia que prevê incentivos para fortalecer a autonomia energética da Europa. O acordo foi assinado nesta segunda-feira, 12 de junho, em Madri, na Espanha, pelo vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, e pelo presidente-executivo da Iberdrola, Ignacio Galán.

Os projetos fotovoltaicos incluirão a hibridização com energia eólica e sistemas de bateria para armazenamento de energia, permitindo a complementariedade das fontes e um fornecimento mais estável à rede.

As 22 usinas fornecerão energia suficiente para o abastecimento de 1 milhão de residências e estarão localizadas em regiões onde a renda per capita é inferior à média da União Europeia. Adicionalmente, os projetos também apoiarão os planos de energias renováveis dos três países e ajudarão a Iberdrola a atingir sua meta de emissões líquidas zero para 2040.

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“Este importante acordo de financiamento que abrange três países destaca o compromisso do BEI de acelerar a transição energética na Europa e de garantir energia limpa e acessível para todos os europeus”, disse o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix.

Em 2022, o banco europeu comprometeu-se a financiar mais de 17 bilhões de euros para a transição energética na Europa. Do montante, a Espanha recebeu 3,1 bilhões de euros, tornando-se o segundo maior beneficiário de financiamento na União Europeia.

Ao longo dos próximos cinco anos, serão investidos mais 30 bilhões de euros e, por meio do REPowerEU, a expectativa é de um investimento adicional de 115 bilhões de euros até 2027, dando assim uma contribuição substancial para a independência energética da Europa.

A meta do BEI é mobilizar 1 trilhão de euros até 2030 em financiamento climático.

Iberdrola

A operação também faz parte do compromisso da Iberdrola para contribuir com descarbonização. Como parte dessa estratégia, a empresa planeja investir mais de 47 bilhões de euros entre 2023 e 2025 para promover a transição energética, o emprego e as emissões líquidas zero.

Com o financiamento, a Iberdrola fortalece sua posição em sustentabilidade, com mais de 48 bilhões de euros em operações ESG e dos quais, 17,6 bilhões em green bonds.

No Brasil, a Iberdrola é controladora da Neoenergia, empresa com atuação nos segmentos de distribuição, comercialização, geração e transmissão. Recentemente, a empresa inaugurou primeiro complexo de geração associada – que utiliza as fontes eólica e solar – no Brasil. A empresa investiu R$ 3,5 bilhões nas plantas, além da subestação e linha de transmissão de 345 quilômetros que conectam os projetos ao Sistema Interligado Nacional (SIN), arrematados pela companhia em leilão de transmissão de 2017.

Formado por 15 parques eólicos e 136 aerogeradores, o Neoenergia Chafariz possui capacidade instalada de 471,2 MW e está totalmente operacional desde o primeiro trimestre de 2022. A planta conta com aerogeradores da Siemens Gamesa, de 3,46 MW de capacidade cada, e pás da LM Wind.

No caso das duas plantas de energia solar, que totalizam 149,2 MWp potência instalada em 228 mil painéis da Canadian Solar, marcam a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada.