A matriz elétrica brasileira fechou o mês de maio com expansão de 4.610,20 MW, de acordo com informação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até 31 de maio, o órgão refulador registrou a entrada em operação comercial de 144 usinas, sendo 62 eólicas (2.006,9 MW), 55 solares fotovoltaicas (2.033,2 MW), 19 termelétricas (476,7 MW), cinco pequenas centrais hidrelétricas (82,1 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW).
Plantas solares e eólicas representam, juntas, 87,6% da capacidade instalada no ano. Considerando apenas o mês de maio, a expansão na matriz foi de 1.267,1 MW concentrados em 45 usinas, sendo 17 eólicas (363,9 MW), 24 solares fotovoltaicas (789,8 MW) e quatro termelétricas (113,4 MW).
As usinas com operação iniciada este ano estão localizadas em 19 estados das cinco regiões brasileiras. Em ordem decrescente, apresentam maiores resultados até o momento os seguintes estados: Bahia (1.559,7 MW), Minas Gerais (1.107,8 MW), Rio Grande do Norte (798,9 MW) e Piauí (358,9 MW). No recorte apenas para o mês de maio, Bahia obteve o maior salto, com 992,6 MW, provenientes da entrada em operação do Complexo Futura.
Alteração de poluentes atmosféricos pode afetar vida útil de torres de transmissão, segundo IPT
Reportagem do portal Energia Hoje destaca que as torres metálicas de transmissão de energia são pouco susceptíveis a problemas de corrosão e podem operar, em média, por três décadas. Nem as mudanças climáticas, como a variação de temperatura e intensidade de chuvas, afetam substancialmente o revestimento de zinco das estruturas.
Mas há uma exceção, de acordo com a reportagem: alterações das características de poluentes atmosféricos como, por exemplo, a instalação de uma indústria química nas vizinhanças, pode abreviar a vida útil desse tipo de infraestrutura. A avaliação é de Neusvaldo Lira de Almeida, responsável pelo Laboratório de Corrosão e Proteção do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). O pesquisador cita outro exemplo, que pode se tornar mais comum com a expansão dos parques eólicos próximos ao litoral. Trata-se da corrosão dos revestimentos de proteção de linhas de transmissão que atendem esses parques.
“As tecnologias de proteção contra a corrosão das estruturas das linhas de transmissão e de distribuição estão relativamente consolidadas”, explica Almeida. “As exceções são as regiões costeiras e com terrenos arenosos, que acabam agredindo o revestimento por um processo conhecido como corrosão-erosão, que é algumas vezes mais agressivo do que a corrosão comum”, completa. O problema foi detectado em instalações de geração eólica no Ceará e resolvido com novas especificações de revestimentos que podem ser replicadas em parques similares.
Petrobras é convocada para novo debate na Câmara sobre exploração na Margem Equatorial
A Câmara dos Deputados convocou novamente a Petrobras para participar de uma audiência pública sobre a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial – área que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. O debate será realizado na Comissão de Minas e Energia, amanhã (14/6), às 10 horas, no plenário 14.
Em 31 de maio, o tema foi discutido em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. (Agência CMA – com Agência Câmara de Notícias)
Análise da Agência Infra: Governo e Petrobras têm desafios legais, tecnológicos e econômicos para destravar eólicas offshore
A análise é de Roberto Rockmann, colunista da Agência Infra. Ele destaca que a necessidade de criação de regulação para investimentos em eólicas offshore (alto mar) e a consequente política industrial para adensar a cadeia vêm ganhando importância no governo federal. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e a estatal Petrobras estão discutindo avanços regulatórios no segmento. Isso pode abrir oportunidade para que o Projeto de Lei (PL 576/2021), que busca regular o segmento, possa ser colocado em votação no segundo semestre deste ano.
Funcionários da Eletrobras com posição minoritária contestam atuação da 3G Radar na CVM
Acionistas minoritários da Eletrobras, ligados aos funcionários, protocolaram ontem (12/6) um novo questionamento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre supostas negociações para definir a composição do conselho de administração da empresa.
Hoje, a Associação dos Empregados de Furnas (Asef) reclamou da postura da gestora 3G Radar, outro grupo minoritário da antiga estatal, exposta em gravação de reunião interna divulgada pela “Folha de S.Paulo”. De acordo com o jornal, o áudio demonstrou a capacidade de articulação da 3G Radar para ocupar posições e exercer influência no conselho de administração da Eletrobras.
Os registros revelam que três dos nove conselheiros teriam sido convidados para integrar o colegiado por um acionista da gestora, o sócio fundador da empresa Pedro Batista de Lima Filho, que também se tornou conselheiro após a privatização. No questionamento à CVM, o diretor da Asef Felipe Ferreira de Araújo exige “explicações imediatas sobre as gravações” e sobre a “priorização de determinados acionistas, em detrimento de outros, acertada em reuniões particulares”. O representante da entidade exige que os esclarecimentos sejam feitos pela Eletrobras em comunicado ao mercado. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Ações da Braskem fecham em alta de 6% com nova oferta pelo controle; Petrobras terá papel-chave, dizem analistas
O jornal O Globo informa que as ações da Braskem, gigante da indústria petroquímica controlada pela Novonor, a antiga Odebrecht, saltaram 6,01% (R$ 27,15, as preferenciais, com direito a voto) na Bolsa, ontem (12/6), na esteira do anúncio de uma nova proposta pelo controle da companhia.
Foi a maior alta entre as ações que integram o Ibovespa, principal índice da B3. A petroquímica Unipar, cujas ações preferenciais fecharam com alta de 3,14%, a R$ 74,20, apresentou proposta pelo controle da Braskem no sábado, dia 10.
De acordo com analistas da corretora Genial, ouvidos pela reportagem, “conta a favor” da Unipar o fato de a companhia ser “um grupo nacional, fator de grande importância ao governo federal”. O texto indica que a Unipar teria melhores condições de relação com o governo, já que a Petrobras é sócia da Braskem, com 36,1% no capital total. Por isso, as negociações incluirão também a estatal. Em última instância, será preciso aval do governo, considerado decisivo para o futuro da Braskem.
Prates: Petrobras pode ajudar Guiana e Suriname a explorar petróleo na Margem Equatorial
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou por uma rede social a intenção da Transpetro prestar serviços para terceiros, e citou como exemplo o suporte que a empresa pode dar para os vizinhos Guiana e Suriname, que exploram petróleo e gás natural na Margem Equatorial. A Petrobras ainda aguarda licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para explorar o local.
“A Transpetro tem o potencial de servir não só às operações da Petrobras, mas também de prestar suporte aos nossos vizinhos, Guiana e Suriname, que apresentam potenciais exploratórios gigantescos e pouquíssimas infraestrutura de óleo e gás”, disse Prates, confirmando informações da Federação Única dos Petroleiros (Fup), de que a Transpetro poderá prestar serviços para terceiros. (O Estado de S. Paulo)
White Martins terá 100 MW em energia eólica
A White Martins fechou um acordo para comprar energia gerada a partir de eólicas da Omega Energia em um parque no Chuí, no Rio Grande do Sul. O acordo foi aprovado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) na última semana e o fornecimento da energia começará a ser feito ainda em junho.
Segundo Gilney Bastos, presidente da White Martins, no Brasil, essa nova parceria, junto com outro contrato firmado com a Eneva em maio para fornecimento de energia solar, vão representar quase metade do consumo da empresa de gases. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: União Europeia anuncia R$ 10 bilhões (2 milhões de euros) para hidrogênio verde no Brasil, diz a manchete da edição de hoje (13/6) do Estadão. O anúncio foi feito ontem pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Lyen, em visita ao Brasil. O país, na avaliação de especialistas, pode ser um dos principais produtores mundiais do combustível, considerado um dos mais limpos do mundo.
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Folha de S. Paulo: Lula critica exigências da EU para acordo com Mercosul, informa o jornal. Durante declaração conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a exigência ambiental extra que europeus querem no acordo com o Mercosul e disse que a premissa das negociações não deve ser “desconfiança e sanção”. Lula se referia à norma aprovada pelo Parlamento Europeu em abril que proíbe a venda no continente de produtos oriundos de desmatamento em florestas. Os dois se encontraram ontem (12/6) por cerca de uma hora no Palácio do Planalto.
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Valor Econômico: O consumo das famílias brasileiras está mais fraco neste ano e deve seguir com pouca reação até o fim de 2023, segundo dados de diversas casas de análise. A pesquisa IPC Maps estima que as famílias gastarão cerca de R$ 6,7 trilhões em 2023, um aumento real de 1,5% na comparação com o ano passado.
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O Globo: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou ontem (12/6) o limite reajuste de planos de saúde individuais em 9,63%, válido para aplicação até 2024.