A Agência Estado informa que estudos prospectivos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante reunião do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE), realizada ontem (14/6), apontam a possibilidade de se atingir, no cenário mais conservador, o terceiro melhor armazenamento de energia da série histórica do Sistema Interligado Nacional (SIN) até novembro. Desde modo, as condições são suficientes para garantir o pleno suprimento eletroenergético este ano.
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), O armazenamento previsto no Sistema Interligado Nacional (SIN) é entre 59,0% e 73,5%, no período. Ao final de maio, foram verificados armazenamentos equivalentes de 86,2%, 81,9%, 89,1% e 98,4% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento ao final de maio foi de 87,1%, melhores níveis de armazenamento do sistema dos últimos 12 anos.
Na reunião, o Operador informou que no dia 2 de junho foi verificado um recorde histórico de geração de energia na fonte solar fotovoltaica, incluindo micro e minigeração distribuída (MMGD), atingindo o montante médio diário de 5.444 MW médios (MWmed), o que correspondeu a 7,5% da carga do SIN. Nesse dia, também houve recorde de geração solar média horária entre 11 e 12 horas, chegando a 17.542 MWmed, o que correspondeu a 22,8% da carga do Sistema.
Em dez anos, crescimento da energia renovável brasileira equivale a mais de três usinas de Itaipu
Para marcar o mês do Meio Ambiente, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou um balanço da evolução das fontes de energia que posicionam o Brasil como um celeiro de energia renovável no mundo. Nos últimos 10 anos, os parques eólicos, as fazendas solares, as usinas hidrelétricas e a biomassa acrescentaram mais de 50 mil megawatts de potência à rede elétrica do país, volume equivalente a mais de três usinas do tamanho de Itaipu, uma das maiores do planeta.
“O Brasil está aproveitando cada vez mais o seu potencial em energia renovável, cenário que deve gerar muitas oportunidades em novos mercados, como o de hidrogênio de baixo carbono. Estamos em uma posição muito estratégica em relação à transição energética global. Além disso, o crescimento dessas fontes vem acompanhado de evolução tecnológica e barateamento do custo de produção”, analisa Talita Porto, conselheira e vice-presidente da CCEE.
A potência adicionada ao sistema pelas eólicas, por exemplo, cresceu mais de sete vezes nos últimos 10 anos, o que a torna a segunda principal fonte de energia do Brasil. As fazendas solares, que eram inexistentes há uma década, atualmente somam cerca de 300 empreendimentos espalhados pelo país, representando quase nove mil megawatts em capacidade instalada. As informações foram publicadas pelo blog Canal Executivo.
Copel tenta anular sentença arbitral que impôs dívida de R$ 3,2 bilhões
Após ter reconhecida uma dívida bilionária com o Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura Energias Renováveis (FIP IEER), por meio de um procedimento do Centro de Arbitragem e Mediação Brasil-Canadá, a Copel tenta anular na Justiça Estadual do Paraná a sentença arbitral e postergar a cobrança de R$ 3,295 bilhões indicada pelos credores em janeiro deste ano. Em nota, a estatal paranaense de energia destaca que, por conta dos questionamentos feitos judicialmente, o assunto ainda não tem uma “decisão definitiva”. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Não há sobra de gás no país, diz presidente da Petrobras
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negou ontem (14/6) que haja gás sobrando no país e disse que será preciso um grande esforço para gerar competitividade e conseguir usar o insumo na produção de fertilizantes, por exemplo. O executivo também defendeu a retomada de investimentos para a exploração de gás com países vizinhos, como a Bolívia, e na Margem Equatorial.
Ele foi questionado por jornalistas ao chegar à primeira reunião do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert) sobre as recentes falas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a respeito da possibilidade de uso na indústria do gás atualmente reinjetado pela Petrobras no subsolo. Prates defendeu a política utilizada atualmente pela estatal.
“O gás é reinjetado porque é preciso. Não tem gás sobrando e a Petrobras não sonega gás. O que tem de gás está aí no mercado. O que a gente tem que fazer é saber o que vamos fazer com ele, se vai fazer fertilizante, se vai botar na térmica, se vai botar no carro, se vai botar na indústria. Não tem gás para tudo”, afirmou. (Valor Econômico)
BBCE permite negociação de energia pelo celular
O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) lançou nova versão do aplicativo da plataforma EHUB que agora possibilita realizar compra e venda de energia no mercado livre por meio do celular. O aplicativo também possibilita aprovação de BBCE Boleta Eletrônica, solução de formalização de negócios fechados fora da empresa –, além de consulta a preços e a negócios realizados. A versão funciona em aparelhos celulares com sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android. (Canal Energia)
Petrobras admite trabalhar “internamente” na compra de ações da Braskem
O diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu pela primeira vez, ontem (14/6), que a estatal está “trabalhando internamente” na possibilidade de exercer o direito de preferência em ofertas de compra por ações da Braskem. Na prática, isso pode fazer com a que estatal, que detém 47% do capital votante da Braskem, se torne controladora da companhia petroquímica.
Reportagem do Valor Econômico explica que essa ideia começou a ser ventilada depois que veio a público a oferta da Unipar, de R$ 10 bilhões em dinheiro, por parte das ações da Braskem. O presidente da estatal de petróleo falou à imprensa após se reunir hoje, pela manhã, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto.
Na prática, isso significa que a Petrobras poderá cobrir a oferta da Unipar. Atualmente, a Novonor, antiga Odebrecht, controla a Braskem com 51% e a Petrobras tem 47%. Os outros 2,9% de ações ordinárias estão no mercado de ações.
País vai incentivar produção de baterias e exploração de lítio para carros elétricos
Apesar de admitir que o mercado brasileiro deve adotar, em maior escala, a produção de carros híbridos flex em seu processo de descarbonização até que os elétricos tenham preços mais acessíveis e o país tenha infraestrutura de recarga, governo e montadoras trabalham na atração de fabricantes de baterias e de exploração de lítio, uma das principais matérias-primas para as baterias.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que “o governo irá incentivar, e não apenas pela área fiscal, a produção local de baterias”. Ele explicou que a medida será feita em duas fases. “A primeira é sobre os incentivos à pesquisa e desenvolvimento, e a segunda sobre a produção propriamente dita”. (O Estado de S. Paulo)
Mais um El Niño
Esse é o título do editorial de hoje (15/6) da Folha de S. Paulo. Conforme já alertado por meteorologistas no início da semana, o planeta se prepara para um novo El Niño, fenômeno que ocorre quando águas superficiais mais quentes no oceano Pacífico perturbam o clima do mundo.
O editorial da Folha destaca que no Brasil, a diminuição de chuvas no Norte e no Nordeste acende um aviso de alerta, em especial para a Amazônia, a exigir empenho redobrado do governo federal em prevenção. Em 1998, um ano de El Niño, só no estado de Roraima queimaram 11 mil km² de vegetação – área igual ao que se derrubou na Amazônia Legal em 2021-2022.
Lula sugere que estados perdoem pequenas dívidas de água e luz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem (14/6) em reunião com representantes do setor varejista, que governos estaduais poderiam perdoar pequenas dívidas em tarifas como água e luz, como parte de um esforço para que as pessoas endividadas possam limpar seus nomes.
Ele fez a menção ao discorrer sobre o Desenrola, programa do Ministério da Fazenda para que brasileiros possam quitar seus débitos, mediante redução de juros e concessão de descontos no total devido. Lançado na semana passada, o Desenrola é uma das principais medidas da área econômica lançadas pelo governo federal, com a meta de beneficiar 70 milhões de pessoas. (Folha de S. Paulo)
AIE prevê que demanda global por petróleo atingirá o pico antes do fim da década
Em relatório publicado ontem (14/6), a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que a demanda por combustíveis de transporte derivados de petróleo, como a gasolina, será a primeira a atingir o pico antes de entrar em declínio constante, acelerado pela crescente adoção de veículos elétricos, pela migração de países desenvolvidos para fontes de energia mais limpas e por uma mudança duradoura para o trabalho remoto. Esse pico, antes de desacelerar, deverá ser atingido até o fim da década.
Ainda de acordo com a AIE, economias asiáticas de rápido crescimento continuarão sustentando o apetite global por petróleo nos próximos anos, e a demanda por combustível de aviação, nafta e outros derivados de petróleo com uso industrial seguirá aumentando. No entanto, mesmo na China, que há muito tempo vem impulsionando a demanda global pela commodity, o consumo de petróleo diminuirá de forma acentuada antes do fim da década. (portal UOL)
Shell eleva dividendos e estabiliza produção de petróleo
A Shell aumentará seus dividendos e recompras de ações, ao mesmo tempo em que manterá a produção de petróleo estável até 2030, à medida que o CEO Wael Sawan se movimenta para recuperar a confiança do investidores que vacilou com o anúncio de um plano de transição energética.
Em uma nova estrutura financeira anunciada antes de uma conferência com investidores em Nova York, a Shell disse que aumentará a distribuição geral dos acionistas para 30% a 40% do fluxo de caixa das operações, ante 20% a 30% anteriormente. Isso inclui um aumento de 15% nos dividendos e um aumento na taxa de seu programa de recompra de ações no segundo trimestre para 5 bilhões de dólares, ante 4 bilhões de dólares nos últimos trimestres. (Notícias Agrícolas, com informações da agência de notícias Reuters)
PANIORAMA DA MÍDIA
A agência de classificação de risco S&P Global melhorou a perspectiva do Brasil alterando a perspectiva do rating (nota de crédito) “BB-” de “estável” para “positiva”. Foi o 1º movimento favorável desde 2019. A notícia é o principal destaque da edição desta quinta-feira (15/6) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.
A decisão da S&P Global foi inesperada e indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — ao menos por ora — conseguiu deixar para trás a preocupação de um cenário de retrocesso na agenda econômica do país, de acordo com economistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo. “A decisão é positiva e reflete duas coisas: as boas notícias recentes na economia, mas, mais importante, o entendimento do governo nos últimos meses das reformas que eram esperadas, especialmente o arcabouço”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados.
Ao comemorar, ontem (14/6) a decisão da agência de classificação de risco S&P Global Ratins, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou para cobrar o Banco Central a reduzir a taxa de juros. Hoje em 13,75%, a Taxa Selic é recorrentemente criticada pelo governo Lula. (O Globo)
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O Valor Econômico e a Folha de S. Paulo deram como principal destaque de hoje (15/6) notícias a respeito do caso do grupo Americanas.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas prepara a quebra dos sigilos bancários, fiscais e telemáticos dos ex-diretores da empresa envolvidos na fraude dos balanços da companhia. Os requerimentos serão votados já na próxima terça-feira (20/6). A decisão foi tomada ontem em reunião administrativa. Os parlamentares também devem ouvir o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o assunto. (Folha de S. Paulo)
As acusações de fraude da atual gestão da Americanas contra a ex-diretoria, bancos e auditores – sem envolver o conselho e os acionistas controladores – são apenas mais um capítulo do escândalo, que terá pela frente uma série de empecilhos jurídicos e contábeis que devem dificultar uma solução rápida do caso. (Valor Econômico)