Thiago Freire Guth renunciou aos cargos de presidente da Light Sesa, a distribuidora da Light, e de conselheiro de administração da Light Energia, conforme informação da companhia divulgada sábado (17/6). Segundo comunicado da empresa, Guth desempenha as funções até o dia 30 de junho de 2023. A Light não anunciou quem irá substituí-lo. (Valor Econômico)
Light deve sofrer com volatilidade após saída repentina de presidente
A respeito da saída de Thiago Guth da presidência da Light, o Valor Econômico avalia que as ações da distribuidora de energia fluminense em processo de recuperação judicial devem ter mais um dia de volatilidade na Bolsa nesta segunda-feira (19/6), na visão de fontes de mercado. Em comunicado, a companhia anunciou, sábado (17/6), a saída de Guth dos cargos de diretor-presidente da Light Serviços de Eletricidade (Light Sesa) e de conselheiro de administração da Light Energia, a distribuidora do grupo Light.
De acordo com o Valor, o anúncio surpreendeu, uma vez que Guth estava na posição há pouco tempo, tendo assumido a presidência da Light Sesa em abril de 2023. No comunicado, a empresa informou que a liderança do grupo Light está a cargo de Octavio Pereira Lopes, atual CEO da holding e presidente dos conselhos de administração da Light Sesa e da Light Energia.
Copel trabalha para privatizar a companhia até o fim de julho
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) está empenhada em levar sua oferta bilionária de ações ao mercado até o fim de julho, resultando na privatização da estatal, informa o jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, as conversas com investidores locais e estrangeiros para sondar a demanda já começaram.
As estimativas são de que a oferta fique entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões. A operação tem como coordenador líder o BTG Pactual, e inclui ainda Bradesco BBI, UBS BB e Itaú BBA, este último devendo atuar como agente estabilizador.
Dessa forma, o governo do Paraná sairá do controle da empresa ao reduzir sua participação dos atuais 31% do capital total para um patamar entre 15% a 17%. A expectativa é que a oferta seja apenas de ações ordinárias (ON, com direito a voto), que hoje possuem liquidez reduzida por estarem concentradas nas mãos do estado. Além da oferta secundária, também há perspectiva de uma oferta primária, para fazer frente ao pagamento da outorga, uma vez que o valor deve ser pago à vista, no prazo de vinte dias após a assinatura do novo contrato.
Auren fecha acordo de cessão e receberá R$ 4,2 bilhões por Usina Três Irmãos
A Auren Energia informou na sexta-feira (16/6), por meio de fato relevante, que celebrou a cessão dos direitos creditórios de um acordo judicial com a União para indenização pela Usina Hidrelétrica de Três Irmãos.
O pagamento de R$ 4,2 bilhões à Companhia Energética de São Paulo (Cesp), contudo, está previsto para ocorrer após o cumprimento condições precedentes e de mercado, até 29 de junho deste ano. (Agência Estado)
Delta Energia é denunciada por suposta fraude; grupo refuta
O grupo Delta Energia, que possui em seu guarda-chuva duas comercializadoras, tornou-se alvo de uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador do mercado de capitais no Brasil. Além das comercializadoras, o grupo é responsável por dois fundos de investimento, que, segundo a denúncia, teriam sido objeto de “negócios jurídicos fraudulentos”. A Delta nega e diz que as denúncias são mentirosas. (Valor Econômico)
Projeção de carga para o SIN mantém padrão de crescimento pela quarta semana consecutiva
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), da semana operativa entre os dias 17 e 23 de junho, traz novamente cenários prospectivos de crescimento para a carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) ao final do mês: 3,1% (70.520 MWmed). É a quarta semana consecutiva que este comportamento é estimado no SIN.
Com relação aos submercados, três deles apresentam perspectiva de avanço neste mesmo indicador. A maior expansão segue prevista para o Norte, com 15,9% (7.214 MWmed); seguido pelo Nordeste, com 6,9% (11.731 MWmed). Já o Sudeste/Centro-Oeste deve acelerar em 1,4% (39.492 MWmed). Apenas o Sul registra uma tendência oposta, com projeção de redução de 1,6% (12.083 MWmed). Os dados apresentados comparam as estimativas para o mês de junho de 2023, ante o mesmo período do ano passado. (Fonte: ONS)
Energia do Brasil pode ajudar na descarbonização da região
Um levantamento feito pela Comissão de Integração Energética Regional (Cier), a pedido do Valor Econômico, mostrou que o Brasil poderia ampliar a exportação de energia limpa e renovável para os países que fazem fronteira e ajudar na descarbonização da matriz elétrica da América do Sul.
Segundo os dados dos relatórios da Cier, há uma potencial oferta de energia a custos competitivos gerada no Brasil que poderia substituir, pelo menos em parte, a eletricidade de termelétricas convencionais – mais caras e poluentes – gerada nos países vizinhos da ordem de 201 milhões de megawatt-hora (MWh) por ano em seu valor máximo. Em termos comparativos, o volume equivale a um terço do consumo anual do Brasil.
Os cinco países com maior potencial de absorver a energia brasileira são Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela. Por outro lado, países com um bom potencial de intercâmbio, como o Peru, sequer tem uma interconexão com o Brasil. Venezuela e Bolívia, por exemplo, têm grandes reservas de petróleo e gás a preços muito baratos e podem não se interessar. Já o Paraguai não tem um grande mercado consumidor, possui 50% da usina de Itaipu (140 GW) e já vende o excedente para o Brasil.
América Latina discute ‘febre do lítio’ em meio ao apetite da China, EUA e Europa
A Folha de S. Paulo publicou, ontem (18/6), uma reportagem a respeito de novos projetos de extração de lítio em diversos países. A reportagem ressaltou que a América Latina concentra mais da metade do lítio identificado no planeta, e a maior parte está centralizada no “triângulo do lítio”, formado por Bolívia, Argentina e Chile, principalmente nos salares de Uyuni, Puna e Atacama, onde o elemento químico é obtido pela evaporação. A reportagem traz, ainda, informações a respeito do primeiro ônibus elétrico completamente movido a lítio, lançado no início do mês, na Argentina.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: É dada praticamente como certa a manutenção da Selic em 13,75% na decisão desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De 122 instituições financeiras ouvidas pelo Valor, apenas duas esperam que o colegiado já reduza a taxa básica de juros nesta quarta-feira, enquanto as outras 120 projetam manutenção. A mediana das projeções coletadas também indica um corte nos juros em agosto.
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O Estado de S. Paulo: Os varejistas estão enxugando os estoques. Depois de incentivar o pagamento à vista por meio do Pix, uma forma de gerar mais caixa, essa é mais uma saída encontrada pelo comércio para imobilizar menos dinheiro em produtos nas prateleiras das lojas. Com isso, o varejo tenta escapar dos juros elevados do crédito para capital de giro, destinado a pagar contas do dia a dia. Na ginástica para driblar o custo financeiro, turbinado pelo juro básico hoje em 13,75% ao ano, quem perde de imediato é a indústria. Com a redução das compras do varejo, fabricantes veem o volume de mercadorias crescer em seus armazéns.
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Folha de S. Paulo: Desde 24 de abril, o Ministério da Saúde liberou a vacina bivalente para todos aqueles com mais de 18 anos e deixou que cada governo local decidisse a disponibilidade da dose. Até agora, somente 13% do público elegível no Brasil se preocupou em tomar a nova dose, com cobertura especialmente baixa entre os mais jovens.
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O Globo: Uma das queixas mais recorrentes de parlamentares e de líderes partidários, a judicialização de temas relacionados ao Legislativo e ao Executivo aumentou nos cinco primeiros meses deste ano na comparação com o início de mandatos anteriores por iniciativa dos próprios políticos. Do papel das Forças Armadas aos critérios de divisão de comissões da Câmara, deputados, senadores e partidos recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) quase uma vez a cada dois dias para resolver conflitos. Segundo levantamento do Globo, foram 69 ações apresentadas desde o inicio do ano.