A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, afirmou que o país vai precisar de subsídios “inteligentes e focados” para fomentar a transição energética e que o banco vê produtores de hidrogênio verde como candidatos claros a receber o benefício.
A diretora do BNDES fez as afirmações em seminário organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e o Institute of the Americas (IOA). “Subsídio inteligente e focado é importante. O mundo inteiro trabalha com subsídios. Discutimos onde faz mais sentido. Subsídio tem que ter data para acabar, é um ciclo. Já fizemos isso direito com renováveis, o Brasil já fomentou eólica e solar”, disse Costa.
A respeito do hidrogênio verde, ela lembrou que o custo de produção é bem superior ao de outras moléculas e, por isso, deve ser subsidiado. Luciana Costa disse ainda que o Brasil vai precisar de R$ 350 bilhões em investimentos por ano no horizonte de uma década, para infraestrutura e energia eólica, a fim de reduzir o ‘gap’ com relação a outros mercados e viabilizar a produção de hidrogênio verde em grande escala.
O BNDES, afirmou, não suporta esse volume de financiamento e, por isso, o país vai precisar de outras ferramentas, bancos privados, mercado de capitais e instrumentos multilaterais. Nesse sentido, ela citou conversas com o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Europeu de Investimentos, que têm linhas para financiar a transição no Brasil. (Agência Estado)
Eólicas offshore e H2V aguardam regulamentação ainda neste ano
O Valor Econômico traz, na edição desta quarta-feira (28/6), um caderno especial com reportagens acerca das energias renováveis. Um dos temas refere-se às expectativas do setor em relação à regulamentação das eólicas offshore e do hidrogênio verde, duas importantes fontes de energia emergente que não contam com marcos legais estabelecidos.
De acordo com a reportagem, a falta de aparato regulatório ainda não impacta os projetos ainda em fase de desenvolvimento em usinas geradoras que utilizam as novas tecnologias, mas já acende um sinal de alerta aos investidores. “Não podemos chegar a 2024 sem uma regulação satisfatória para as novas tecnologias. O mundo não vai ficar nos esperando. Os investimentos vão para onde há segurança jurídica”, diz Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) registra 74 projetos eólicos offshore com pedidos de licenciamento ambiental que somam 183 gigawatts (GW) de potência, o que representa 7,5 vezes mais do que a capacidade de geração onshore brasileira em junho, de 24,1 GW. Nem todos esses projetos no mar vão prosperar. e mais de 30 áreas solicitadas possuem algum tipo de sobreposição com outros projetos em licenciamento, mas as solicitações ao Ibama indicam o interesse dos investidores. No Congresso Nacional tramitam três projetos de lei (PL) com o objetivo de regular o tema. O que é visto como o mais promissor é o PL 576/2021, proposto pelo ex-senador Jean Paulo Prates, atual presidente da Petrobras.
A reportagem destaca, ainda, que a produção de hidrogênio, no entanto, não depende de regulação para ocorrer. Os investidores mais ousados já estão avançando seus projetos. Os mais tradicionais preferem aguardar e investir com segurança. “É uma indústria em formação no mundo. Uma lei muito detalhada poderia estar em desacordo com a regulação em elaboração em vários países que são potenciais consumidores”, diz Felipe Boechem, sócio de petróleo e gás do Lefosse Advogados.
Em nova queixa, Infra pede que Cade reavalie aval à compra da Gaspetro pela Compass
O Valor Econômico informa que a Infra Gás e Energia encaminhou nova manifestação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pedindo agora que o órgão regulador reconsidere a aprovação à compra da Gaspetro pela Compass, do grupo Cosan, caso a venda de cinco distribuidoras de gás canalizado do Nordeste, que eram controladas pela holding estatal, não ocorra até o fim deste mês.
O desinvestimento faz parte do compromisso assumido pela Compass, de vender 12 das 18 distribuidoras de gás natural que estavam sob o guarda-chuva da Gaspetro, para assegurar que a transação de R$ 2,1 bilhões fosse aprovada pelo Cade. O aval foi dado há um ano. Após a aquisição pela Compass, a Gaspetro passou a se chamar Commit, joint venture entre a empresa de gás e energia do grupo Cosan (com 51%) e a Mitsui (49%), que já era acionista da holding.
Petrobras planeja aumentar em 146% a produção de diesel R, com conteúdo renovável
A Petrobras informou que vai aumentar em 146% sua capacidade de produção de diesel R ainda neste ano. O diesel R é um combustível com conteúdo renovável na proporção de 5% a 7% produzido a partir do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal. Atualmente, a Petrobras produz 5 milhões de litros do produto por dia e terá um potencial de processar diariamente 12,3 milhões de litros.
A previsão vem após a estatal ter recebido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar mais uma unidade de produção desse combustível na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR). (O Estado de S. Paulo)
Portal Solar investe R$ 14 milhões em app que facilita venda na rede de franqueados
O Portal Solar vai apresentar à rede de franqueados e aos novos empreendedores interessados no mercado fotovoltaico, uma tecnologia de software e aplicativo que facilita e amplia as vendas de projetos solares em telhados de residências e empresas no Brasil.
Com investimento total de R$ 14 milhões, o Portal Solar informou que a solução a ser apresentada durante a 30ª edição da ABF Franchising Expo, que acontece em São Paulo (SP), a partir desta quarta-feira (28/6) até sábado (1º/7), integra todas as etapas do processo: desde o CRM, passando pelo design, prognóstico de geração e economia do sistema fotovoltaico, até soluções financeiras. A ferramenta foi desenvolvida com interface simples e amigável, o que possibilita até a um leigo projetar e vender um sistema fotovoltaico apenas com o uso de um dispositivo móvel, como tablets e celulares. (Canal Energia)
SolarVolt quer ser referência em carregamento de veículos elétricos
A aposta na eletrificação da indústria automotiva levou a mineira SolarVolt Energia, especializada no desenvolvimento de soluções e projetos completos de energia solar fotovoltaica, a criar uma empresa voltada para o atendimento às demandas do setor. Trata-se da Voolta, braço direcionado para a estruturação de infraestrutura de carregamento para veículos elétricos.
A SolarVolt pretende fazer da unidade de negócio, criada há pouco mais de um ano, referência no segmento. “Estamos atuando forte neste mercado e o enxergamos como um caminho semelhante ao da energia solar. Já fizemos instalações em vários pontos de Belo Horizonte, como condomínios e empresas de logística”, diz o sócio-diretor da empresa, Gabriel Guimarães. (Diário do Comércio – MG)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou um tom menos duro do que o comunicado divulgado após a reunião da semana passada, indicando possibilidade significativa de o ciclo de corte da Selic começar no próximo encontro, em agosto. Divulgado ontem, o documento trouxe uma divergência explícita entre membros do colegiado sobre a comunicação dos próximos passos e detalhou que a maioria via condições de iniciar um “processo parcimonioso” de queda na reunião seguinte, mas uma minoria achou que era cedo, e prevaleceu. A ata reforçou a percepção de que a taxa começará a cair em agosto, com os contratos de juros apontando chance de cerca de 80% de um recuo de 0,25 ponto. A Selic está em 13,75% ao ano.
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Folha de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (27/6) que o Plano Safra 2023/2024 irá somar R$ 364,22 bilhões para o financiamento da atividade agropecuária de médio e grandes produtores. Uma segunda parte do plano, voltada ao crédito rural para a agricultura familiar, será lançada nesta quarta (28/6).
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O Globo: Relator do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, vota pela condenação de Bolsonaro por abuso de poder. A punição prevista é de oito anos de inelegibilidade. A sessão será retomada amanhã (29/6). No voto, o relator também determina que, caso a decisão da Corte seja mesmo pela condenação, tanto o voto quanto o acórdão sejam enviados também para o Tribunal de Contas da União (TCU). A análise poderá motivar um processo para analisar se há necessidade de Bolsonaro ressarcir a União pelos recursos gastos com a organização da reunião com embaixadores.
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O Estado de S. Paulo: PCC e outras facções criminosas ameaçam Amazônia com narcogarimpo. O avanço do tráfico na região inclui mineração ilegal, extração de madeira e cobrança de taxas. É o que indica o Relatório Mundial sobre Drogas 2023, publicado pelo escritório sobre drogas e crimes das Nações Unidas (ONU).