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Brasil contará com US$ 70 milhões em investimentos para integração de energia renovável – Edição do dia

Setenta milhões de dólares serão investidos no Brasil para aumentar a integração e participação das energias limpas no país. É o que prevê o Plano de Investimento do Programa de Integração de Energia Renovável (Renewable Energy Integration – REI – Program), elaborado com participação do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério da Fazenda (MF),

O plano de investimentos foi aprovado na sexta-feira (30/06), em reunião do Comitê dos Fundos de Investimento Climáticos (Climate Investment Funds – CIFs). A previsão é que esse total de investimento consiga mobilizar US$ 9,1 bilhões de parceiros, incluindo investimentos privados, para ser implementado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Grupo Banco Mundial.

O plano contempla três componentes de atuação. A proposta inclui recursos para digitalização e modernização de usinas hidroelétricas; digitalização e automação das redes de transmissão e distribuição; descarbonização dos sistemas isolados e tecnologias de armazenamento; e para desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Ceará. A versão aprovada na sexta-feira pelos Fundos de Investimento Climáticos passou por consulta pública. (Fonte: MME)

Julho terá bandeira verde, sem custos extras nas tarifas de energia elétrica 

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu na sexta-feira (30/6) que a bandeira tarifária do mês de julho será verde. A sinalização demonstra que não haverá cobrança complementar na conta de energia elétrica em julho para todos os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A bandeira verde está vigorando desde abril de 2022 em decorrência das condições favoráveis de geração de energia no país. A Aneel mantém o posicionamento de que é bastante provável que haja bandeira verde em todo o ano de 2023, a julgar pelos dados disponíveis que permitem a atualização permanente de projeções de acionamento das bandeiras tarifárias.

Leilão de energia vai destravar investimentos no Nordeste

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que o leilão de linhas de transmissão realizado na última sexta-feira (30/6) deverá destravar investimentos em geração de energia renovável no Nordeste do país. “Os investimentos desse leilão e os mais de R$ 40 bilhões que faremos até março de 2024 serão capazes de destravar mais de R$ 200 bilhões em investimentos no setor de geração de energia limpa e renovável no Brasil”, disse em seu discurso após o leilão. (Valor Econômico)

Petrobras reduz preço de gasolina e GLP para distribuidoras

Estão valendo desde sábado (1°/7) os novos valores para o preço médio da gasolina A e do gás de cozinha (GLP). A regra vale para distribuidoras. Para os consumidores, a redução do valor depende de outros fatores, como impostos, margens de lucro da distribuição e da revenda, além da mistura de biocombustíveis, no caso exclusivo da gasolina.

GLP: A redução foi de R$ 0,10 por kg (-3,9%) do preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras, que passará de R$ 2,5356 para R$ 2,4356 por kg, equivalente a R$ 31,66 por botijão de 13kg.

Gasolina: A redução foi de R$ 0,14 por litro (-5,3%) do preço médio de venda de gasolina A, que passará a ser de R$ 2,52 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,84 a cada litro vendido na bomba.

Petrobras planeja começar a estocar CO2 a partir de 2027

O Valor Econômico informa que a Petrobras planeja lançar em 2027 um projeto piloto para capturar e estocar carbono no subsolo antes de oferecer o serviço ao mercado. A unidade será instalada em Macaé, no litoral fluminense, e tem operação comercial prevista para 2033. O investimento deve ser contemplado no próximo plano estratégico da companhia.

A atividade, chamada de captura e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês), não é regulamentada no Brasil. A tecnologia começou a ser implementada recentemente nos Estados Unidos e na Europa para “enterrar” o dióxido de carbono emitido na produção industrial.

A Petrobras não informou o valor previsto para o investimento, mas o desenvolvimento da planta deve constar no planejamento estratégico 2024-2028 da petroleira, que será lançado no fim do ano. De acordo com o diretor de transição energética da empresa, Mauricio Tolmasquim, os custos para construção do piloto e início da operação comercial ainda estão sendo levantados.

Energia solar no programa Minha Casa Minha Vida pode reduzir subsídios em R$ 670 milhões ao ano

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, em resposta às críticas da instalação de painéis de energia solar em novas unidades do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que a medida tem potencial para reduzir em R$ 670,9 milhões ao ano o volume de subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), rateados por todos os consumidores de energia do país.

O cálculo da Absolar foi detalhado em ofício enviado no fim da semana passada à Casa Civil e contraria diametralmente a previsão de oneração da tarifa do restante da população. A tese da oneração se deve à estimativa de impacto anual de R$ 1 bilhão ligado a subsídios e à recompra obrigatória do excedente de energia gerada pelas unidades. Essa conta foi feita por técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e enviada ao Ministério de Minas e Energia há pouco mais de duas semanas.

A entrada da energia solar no MCMV e a compra compulsória do excedente de energia das casas pelas distribuidoras, com crédito em dinheiro para o beneficiário, é defendida pela Absolar e está prevista em Medida Provisória que reabilita o programa sob o governo Lula. Os trechos têm sido encarados por boa parte dos agentes do sistema elétrico como “jabutis” enfiados no texto original.

Enel avalia antecipar renovação no Rio

O presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, afirmou que a empresa pode pedir a antecipação da renovação da concessão de distribuição de energia no Rio de Janeiro, que vence em 2026. Segundo Cotugno, a companhia não descarta uma nova revisão de tarifas considerando que enfrenta problemas como furto e perdas no território fluminense.

“É uma concessionária que tem algum desafio específico. Segurança, perdas. São temas que vão ser definidos de uma forma interessante com a renovação”, afirmou após participar de painel do grupo Lide, na zona sul do Rio. (Valor Econômico)

Lei antidesmatamento da União Europeia entra em vigor e preocupa países

A legislação da União Europeia antidesmatamento entrou em vigor dia 29 de junho. Conforme destaca reportagem do Valor Econômico, empresas terão que confirmar que óleo de palma, soja, café, cacau, madeira, borracha e carne, além de derivados como móveis ou chocolate, não estão relacionados a desmatamento ou degradação florestal ocorridos depois de 31 de dezembro de 2020.

A norma será implementada em 18 meses, mas empresas pequenas e médias terão mais tempo para se adequarem. Trata-se da mais forte regulamentação global contra desmatamento. A lista de commodities será atualizada periodicamente conforme a dinâmica da derrubada de florestas. Nos próximos 18 meses, a UE irá indicar categorias de países divididos em baixo, alto e risco padrão. Produtos de países de baixo risco serão submetidos a procedimentos mais simples de “due diligence”. As autoridades europeias checarão 9% das remessas provenientes de países de alto risco.

Veículos elétricos geram corrida por metais, mas indústria ignora envenenamento de trabalhadores

Reportagem produzida pelo The Washington Post e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo destaca que conforme a demanda por veículos elétricos disparava nos últimos anos, as montadoras recorreram ao manganês, um mineral comum e relativamente barato que já é utilizado em cerca de metade das baterias recarregáveis e é visto como fundamental para tornar as cadeias de suprimentos mais confiáveis e os automóveis mais acessíveis. A demanda da indústria por manganês quintuplicou nos últimos cinco anos e os analistas preveem que ela pode aumentar em nove vezes até 2030.

Durante anos, no entanto, o manganês cobrou um preço à saúde daqueles que o extraem e processam, de acordo com pesquisas científicas que mostram que a alta exposição a ele pode ser tóxica, provocando uma variedade de danos neurológicos. Na África do Sul, que abriga as maiores reservas de manganês do mundo, entrevistas com dezenas de atuais e ex-funcionários de minas e fundições, assim como com médicos e pesquisadores, destacam o perigo.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Economistas já começam a projetar um IPCA dentro da tolerância da meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) em 2023, após dois anos de estouro. Segundo especialistas, o recente corte nos preços da Petrobras, um alívio em alimentos e bens industriais e o câmbio reforçam o cenário mais favorável.

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Folha de S. Paulo: Embora não admitam publicamente, alas do governo Lula (PT) dizem não acreditar que a regulação da internet discutida no projeto de lei nº 2.630, o PL das Fake News, será aprovada no curto prazo e já investem em um plano B. A principal preocupação é aprovar até outubro deste ano regras para campanha eleitoral digital, para que elas possam valer nas eleições municipais de 2024. Pelo princípio da anualidade, para vigorarem no pleito, as mudanças precisam ser aprovadas no mínimo um ano antes.

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O Globo: Com aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde março, a primeira vacina contra dengue para uso amplo na população não deve chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) tão cedo. De acordo com integrantes do Ministério da Saúde, o imunizante produzido pelo laboratório japonês Takeda ainda precisa passar por análises internas antes de ser incorporado à rede pública, o que pode durar até um ano. Além disso, a prioridade da pasta é para um produto nacional, desenvolvido pelo Instituto Butantan, mas que nem sequer teve a pesquisa concluída.

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O Estado de S. Paulo: Magistrados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) são os mais “bem pagos” do País. Apesar do limite constitucional de R$ 41,6 mil, os juízes goianos têm multiplicado seus salários e recebido até R$ 170 mil líquidos todo mês em razão de uma série de penduricalhos e regras específicas do estado. O valor equivale a quatro vezes mais do que a remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que está no topo da carreira.