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Mais competitiva no leilão de transmissão, Eletrobras quer levar bipolo em dezembro

Depois de participar de forma competitiva em todos os nove lotes do leilão de transmissão desta sexta-feira, 30 de junho, a Eletrobras mostrou ao mercado sua capacidade de investimentos ampliada depois da sua privatização. Apesar da participação ativa, a companhia venceu apenas um lote, por meio de Furnas, com um dos menores deságios do dia, e se prepara agora para disputar o próximo leilão de transmissão, previsto para dezembro.

Mais competitiva no leilão de transmissão, Eletrobras quer levar bipolo em dezembro

Depois de participar de forma competitiva em todos os nove lotes do leilão de transmissão desta sexta-feira, 30 de junho, a Eletrobras mostrou ao mercado sua capacidade de investimentos ampliada depois da sua privatização. Apesar da participação ativa, a companhia venceu apenas um lote, por meio de Furnas, com um dos menores deságios do dia, e se prepara agora para disputar o próximo leilão de transmissão, previsto para dezembro.

“Fico feliz com o resultado, claro, pelas premissas que lastrearam o lote, taxa adequada de retorno, tanto que as nossas ações subiram quase 3% após o leilão, e porque a gente foi disciplinado quando entendeu que não teria o melhor retorno financeiro”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, em entrevista à MegaWhat depois do leilão.

Furnas, controlada da Eletrobras (ELET3), arrematou o lote 4, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 68,7 milhões, deságio de 45,75% em relação ao teto estabelecido pelo edital, de R$ 126,6 milhões. Foi por meio de Furnas que a Eletrobras deu lances em todos os nove lotes.

Segundo o presidente da Eletrobras, a opção por Furnas na disputa faz parte de um arranjo para conseguir as melhores vantagens tributárias e fiscais. A empresa foi competitiva nos demais lotes que disputou, chegando à disputa por viva-voz e ficando entre as principais ofertas em outros três lotes.

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Esse foi o primeiro teste de uma equipe de cinco pessoas voltada para aquisição de projetos montada há cerca de três meses. A nova equipe é formada por especialistas em suprimento, operações, utilities, engenharia e financeiro.

Agora, a missão é retomar a competitividade no setor elétrico. Em 2016 a Eletrobras possuía mais de 50% dos ativos de transmissão no país, participação que caiu e que deve ser retomada com a criação de valor – ou seja, ofertas que levem em conta taxas de retorno atrativas, e não mais como aconteceu no passado, quando a empresa vencia os certames com as chamadas “taxas patrióticas” de retorno.

Segundo Wilson Ferreira Junior, a postergação do próximo leilão de transmissão, que deve sair de outubro para dezembro, é positiva pois até lá o cenário econômico futuro estará mais claro. A empresa pretende disputar o bipolo de 2.936 km em 800 kV entre os estados do Maranhão e Goiás.

“Houve o reconhecimento que estamos mobilizando rapidamente a indústria, e ao fazer o leilão em dezembro, reduziria o risco e poderia gerar um retorno positivo”, disse Ferreira Júnior.

Com um intervalo maior, além da facilidade de estruturar as premissas para o próximo certame, o presidente da Eletrobras entende que será um momento em que a taxa de juros estará mais baixa, refletindo a definição esperada dos rumos da reforma tributária.

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