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Em breve comunicado, Eletrobras informa a destituição de João Carlos Guimarães

A Eletrobras informou que seu conselho de administração destituiu João Carlos de Abreu Guimarães do cargo de vice-presidente de Comercialização, que tinha assumido em abril deste ano, depois de uma reestruturação do comando da companhia.

Prédio Eletrobrás
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A Eletrobras informou que seu conselho de administração destituiu João Carlos de Abreu Guimarães do cargo de vice-presidente de Comercialização, que tinha assumido em abril deste ano, depois de uma reestruturação do comando da companhia.

Em breve comunicado ao mercado, a Eletrobras não deu detalhes sobre a destituição do diretor, apenas disse que manterá o mercado informado sobre o preenchimento desta posição.

Na semana passada, a Eletrobras tinha informado que acompanhava “o assunto” referente a notícias divulgadas na imprensa fazendo referência a supostas fraudes envolvendo empresas de comercialização de energia. A companhia foi provocada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) depois que o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem afirmando que Guimarães estava sendo investigado por indícios de operações fraudulentas relativas ao seu emprego anterior, no grupo Delta Energia.

A reportagem da Folha, por sua vez, repercutia uma revelação do Valor do dia 16 de junho, de que a Delta Energia foi objeto de denúncia da CVM por supostos “negócios jurídicos fraudulentos” envolvendo as comercializadoras Beta e Zeta, criadas a partir de captações de fundos pela gestora de ativos da Delta. Guimarães era presidente da Beta desde sua criação, em 2017, e deixou o grupo para assumir a vice-presidencia da Eletrobras.

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A denúncia partiu de um ex-diretor da Comercializadora Brasil, que também estaria envolvida no esquema, triangulando operações entre as comercializadoras da Delta e os fundos. Segundo a reportagem do Valor, as supostas fraudes tenham como origem operações de compra e venda de energia feitas entre empresas do grupo e terceiras, como a Brasil, que teriam atuado como jaranjas para desvio de recursos. Outra acusação é de que a Delta, para maquiar essas operações, maquiava também os resultados dos fundos.

A Delta Energia tem negado todas as acusações desde que as acusações vieram à tona. Depois da notícia da demissão de Guimarães, o grupo de energia voltou a se posicionar, e enviou nota afirmando que todas as operações dos fundos foram feitas legalmente. 

Confira o posicionamento na íntegra: 

Todas as operações dos fundos do Grupo Delta Energia são feitas legalmente, de acordo com os regulamentos aprovados pelos seus respectivos cotistas, registrados na CVM, com contrapartes pré-aprovadas e validadas por auditorias independentes. Nunca houve qualquer tipo de questionamento de nenhuma parte envolvida, sobretudo os cotistas. 

O documento apresentado à CVM é de autoria de uma pessoa física sem qualquer relação com o Grupo Delta Energia e os respectivos fundos de investimento. Ele lista acusações que não se sustentam e contêm inverdades a respeito do funcionamento dos fundos e das operações realizadas. O Grupo Delta Energia, que ainda não foi oficiado pela CVM, buscará esclarecer todos os fatos perante quaisquer autoridades, assim como a reparação devida face às acusações infundadas das quais é vítima.