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Temporada de ventos fortes já começa com recordes de geração eólica em julho – Edição do dia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que a safra dos ventos começou trazendo boas notícias. Em apenas quatro dias de julho, a produção de energia eólica já registrou índices inéditos, entre eles o montante mais elevado na geração instantânea e média no Sistema Interligado Nacional (SIN) de 2023, com produção de 19.720 MW, representando 27,8% da demanda de carga nacional, apurados terça-feira, 4 de julho, às 22h55. Ou seja, mais do que um quarto da carga do SIN, naquele momento, poderia ter sido atendida pela força dos ventos.

O recorde anterior nessa modalidade foi em 15 de outubro de 2022 (18.189 MW). A geração média de eólica no SIN também alcançou percentual inédito no ano, com geração de 17.110 MW médios, representando 24,3 % da demanda do SIN. Até então, o melhor número havia sido alcançado em 15/10/2022, com 16.045 MW médios.

De acordo com o ONS, no subsistema Nordeste, a primeira marca, também na geração eólica instantânea, foi em 3 de julho, com 17.135 MW, às 23h59. O indicador, no entanto, foi superado menos de 24 horas depois: às 22h41 de 04 de julho, com patamar de 18.401 MW, o que representou 149,1% da demanda do subsistema. Isso significa que todo o submercado poderia ser atendido com a carga gerada pela fonte eólica naquele momento e ainda sobraria.

Fazendas de painéis dão a MG a liderança na geração de energia solar

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Reportagem publicada na edição desta sexta-feira (7/7) pelo Valor Econômico destaca que no norte de Minas Gerais, a paisagem do Cerrado, antes entrecortada por áreas de pecuária e produção de bananas, é substituída de forma acelerada pelas fileiras de painéis solares.

Em Janaúba, a 550 quilômetros de Belo Horizonte, as chamadas fazendas solares se multiplicam. O cenário se repete em outros municípios do norte e noroeste do estado, onde se concentra a maioria dos projetos de geração de energia fotovoltaica.

Os altos índices de irradiação solar e os preços favoráveis das terras têm contribuído para atrair investimentos a essas regiões. Minas Gerais lidera em projetos de geração de energia fotovoltaica, totalizando potência instalada de 6,06 Gigawatt (GW), fruto de investimentos de R$ 25,1 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Desse total, 3,08 GW são unidades de geração centralizada e 2,98 GW são de geração distribuída.

No primeiro semestre deste ano, a potência total instalada no estado cresceu 39,2% em relação ao ano passado. Em investimentos, houve aumento de 86,6% na mesma base de comparação. Em geração centralizada, que são parques com capacidade de geração acima de 5 MW, há 91 unidades em operação, que somam os 3,08 GW, e outras 64 unidades em construção, somando 2,73 GW. Além desses parques solares, existem outros 788 projetos outorgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no estado, somando 34,2 GW. “Em breve, Minas vai entregar mais do que o país inteiro gera hoje de energia solar, que são 24 GW”, diz Bruno Catta Preta, coordenador estadual da Absolar em Minas Gerais.

ArcelorMittal investe em energia limpa rumo à descarbonização

Um dos principais desafios da indústria do aço é avançar no processo de descarbonização de suas atividades, considerado passo fundamental para o combate aos efeitos das mudanças do clima. Embora a produção de aço emita menos CO2 do que outros materiais, a produção global responde por aproximadamente 8% das emissões anuais.

Para fazer frente a esse desafio, o grupo ArcelorMittal assumiu o compromisso de protagonizar os esforços do setor rumo à descarbonização, tendo sido a primeira empresa a estabelecer a meta global de ser carbono neutro até 2050 e, como meta de médio prazo, reduzir em 25%as emissões específicas de CO2 até 2030.

O grupo já investiu cerca de € 300 milhões no desenvolvimento de tecnologias para redução das emissões por meio de seus Centros de Pesquisa e Desenvolvimento. Estima-se que, até 2030, serão mais US$ 10 bilhões investidos nessa jornada. (portal G1 – conteúdo ArcelorMittal)

Itaipu registra alta de 35% na geração

A usina de Itaipu registrou em 2023 o melhor primeiro semestre dos últimos cinco anos. De janeiro até o final de junho, foram produzidos 40.651.877 megawatts-hora (MWh), ante 30.111.313 MWh no mesmo período de 2022. No comparativo, o aumento na produção foi de 35%. No primeiro semestre de 2021, a Itaipu produziu 34.534.416 MWh; em 2020, 38.600.323 MWh; e em 2019, 40.451.294 MWh.

A produção no primeiro semestre deste ano equivale a 2,9 vezes o consumo anual de eletricidade do Paraguai e seria suficiente para atender por 28 dias a demanda de toda a eletricidade do Brasil. Os 40.650.877 MWh também poderiam abastecer por 14 meses o estado do Paraná; por 13 meses, o estado do Rio de Janeiro; ou, por um ano, todo o Centro-Oeste brasileiro.

Quando comparada a outras usinas do Brasil, a geração de Itaipu em seis meses foi superior à produção de todo o ano de 2022 da maior usina inteiramente brasileira, a hidrelétrica de Belo Monte. Foi, ainda, 24% maior que a geração anual da usina de Tucuruí e 28% superior ao total anual produzido pelo complexo do Rio Madeira (soma das usinas de Santo Antônio e Jirau). As informações são da Itaipu Binacional.

Eletrobras manterá Luz para Todos por mais 12 meses

Os programas Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia, do Ministério de Minas e Energia (MME), continuarão sendo geridos pela Eletrobras por mais 12 meses, de acordo com decisão da assembleia geral extraordinária da empresa. Findo esse prazo, os programas deixarão de ser administrados pela elétrica e passarão para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar), conforme informou à Agência Brasil o MME.

O ministério esclareceu que “para garantir uma transição adequada e segura, a Eletrobras ficará por um período adicional na gestão do programa”. O MME informou ainda que não só continuará com os programas, como pretende reformulá-los, “para que sejam ainda mais inclusivos, garantindo o acesso ao serviço de energia elétrica a todos as brasileiras e brasileiros”.

Distribuidoras, incluindo Vibra e Ipiranga, dizem que CBios em alta elevam combustíveis

A Federação Nacional de Distribuidores de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) e duas das maiores empresas do setor, a Vibra e a Ipiranga, afirmaram em nota que uma disparada nos preços dos Créditos de Descarbonização (CBios) está impactando os custos aos consumidores nos postos e a inflação.

A federação Brasilcom, composta por mais de 40 empresas, manifestou “imensa preocupação com a escalada desenfreada e injustificada do preço dos CBios”, citando que na última terça-feira (4/7) atingiu o patamar de R$ 150 por unidade, com impacto de aproximadamente 12 centavos de real por litro na formação do preço do combustível ao consumidor. (UOL – com informações da agência de notícias Reuters)

45 anos da UHE São Simão: SPIC Brasil moderniza hidrelétrica com foco na transição energética do país

A SPIC Brasil, uma das maiores geradoras privadas de energia do país, comemora os 45 anos da Usina Hidrelétrica São Simão, na divisa de Goiás e Minas Gerais, com a modernização do ativo da companhia, que tem capacidade instalada de 1.710 MW. As obras da UHE São Simão preveem a digitalização e modernização de todas as unidades geradoras e sistemas auxiliares da usina (Canal Energia).

Cemig registra mais de 270 mil clientes afetados por ocorrências com pipas

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alerta que as pipas podem causar prejuízos e até mesmo acidentes graves se forem soltas perto da rede elétrica. Somente nos seis primeiros meses deste ano, a companhia registrou aproximadamente 960 ocorrências com a rede elétrica causadas por pipas, que prejudicaram cerca de 276 mil clientes em Minas Gerais. A distribuidora destacou que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande. (Canal Energia)

Petrobras tenta parcelar energia vendida para Argentina

O Valor Econômico informa que depois de a Petrobras ter recebido da Argentina um pedido para postergar pagamentos em contratos de energia elétrica exportada do Brasil, a petroleira buscou caminhos para tentar parcelar o pagamento pela energia enviada ao país vizinho, segundo apurou a reportagem com fontes com conhecimento no assunto.

Inicialmente a Argentina queria prorrogar o pagamento feito por toda energia exportada. A questão é que isso envolve várias empresas e o pagamento de toda a cadeia do setor elétrico, como encargos setoriais e o uso das linhas de transmissão, além dos custos das empresas geradoras, que têm um gasto alto com o gás. Ainda de acordo com a reportagem, os argentinos então teriam se aproximado da Petrobras valendo-se do fato de a petroleira ser uma empresa de capital misto controlada pelo governo brasileiro. A estatal teria sondado a comercializadora Tradener sobre a possibilidade de parcelamento da dívida pela exportação de energia ao país vizinho. Procurada pelo Valor, a Tradener disse que os contratos têm confidencialidade e não quis se manifestar sobre o tema.

Desde 2006, a Tradener é a comercializadora de energia que tem contrato de exportação e importação com Argentina e Uruguai e faz o processo de compra e venda da eletricidade que é enviada aos vizinhos. A empresa é responsável por dar garantia a todas as companhias do setor elétrico envolvidas e fica responsável pela emissão das faturas e pagamento de toda a cadeia.

China inaugura maior usina de produção de hidrogênio verde do país

A China Petrochemical Corporation, do grupo Sinopec, anunciou o início das operações na sua fábrica de hidrogênio verde na cidade de Kuqa, no noroeste do país. Trata-se da maior usina do tipo em operação na China, capaz de produzir 20 mil toneladas do produto por ano. O projeto começou em março de 2022. (UOL)

PANORAMA DA MÍDIA

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de hoje (7/7) a reforma tributária. A sessão foi encerrada à 1h53. Esse é o principal destaque da mídia.

A reforma tributária cria o imposto sobre valor agregado (IVA) no país, um modelo discutido desde a Assembleia Constituinte, que resultou na Carta de 1988, mas nunca alcançado, em razão de disputas entre os entes federativos e receios de perda de arrecadação. (Valor Econômico)

A reforma tributária acaba com os impostos federais IPI, PIS e Cofins, o estadual ICMS e o municipal ISS. No lugar deles, entram dois impostos sobre valor agregado (IVAs): a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) substitui os tributos federais, enquanto o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) unifica e substitui ICMS (estadual) e ISS (municipal). Além disso, será criado um Imposto Seletivo, que incidirá sobre itens nocivos à saúde e ao meio ambiente. (O Estado de S. Paulo)

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), decidiu reduzir ainda mais a alíquota de bens e serviços que terão regime favorecido no novo sistema de cobrança do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). A medida alcança saúde, educação e transporte coletivo, entre outros segmentos. Até então, o texto previa a fixação de uma alíquota padrão —ainda não definida, mas estimada em cerca de 25%— e de uma reduzida para essas atividades, equivalente a 50% da cobrança cheia. Em nova versão do parecer divulgada na noite de ontem (6/7), Ribeiro decidiu cortar essa proporção a 40%. (Folha de S. Paulo)

Esse (a aprovação da reforma) é só o começo porque para mudar a estrutura tributária de um país tão velho é preciso muito mais. Há leis complementares, há votações no Senado para confirmar o que foi aprovado na Câmara. Há a implementação, que é o mais urgente, e há também as outras etapas das mudanças dos impostos. A economia começará a mudar devagar, porque só no fim desse governo será o primeiro teste dos novos impostos sobre valor agregado e eles vão sendo implantados aos poucos até 2032. (O Globo – análise da jornalista Miriam Leitão)