Óleo e Gás

Cenário de escassez global de petróleo e gás desconsidera o menor custo e eficiência, afirma consultoria

As previsões de que a indústria global de petróleo e gás natural podem sofrer com a escassez no curto prazo são equivocadas, visto que as petroleiras têm feito o mesmo que antes, mas com um menor custo de operação, aponta nova análise da consultoria norueguesa Rystad Energy.   “Ao contrário da opinião popular, o mundo está investindo quantias apropriadas na produção de combustíveis fósseis para satisfazer a sua demanda. A economia de custos significa que as operadoras podem produzir a mesma quantidade de petróleo a um custo menor, e não prevemos uma crise de abastecimento de petróleo devido ao subinvestimento no horizonte imediato” afirma Espen Erlingsen, chefe de pesquisa Upstream da Rystand Energy.

Cenário de escassez global de petróleo e gás desconsidera o menor custo e eficiência, afirma consultoria

As previsões de que a indústria global de petróleo e gás natural podem sofrer com a escassez no curto prazo são equivocadas, visto que as petroleiras têm feito o mesmo que antes, mas com um menor custo de operação, aponta nova análise da consultoria norueguesa Rystad Energy.  

“Ao contrário da opinião popular, o mundo está investindo quantias apropriadas na produção de combustíveis fósseis para satisfazer a sua demanda. A economia de custos significa que as operadoras podem produzir a mesma quantidade de petróleo a um custo menor, e não prevemos uma crise de abastecimento de petróleo devido ao subinvestimento no horizonte imediato” afirma Espen Erlingsen, chefe de pesquisa Upstream da Rystand Energy.

Mesmo com a queda de investimentos nos segmentos, que saiu de US$ 887 bilhões em 2014 para US$ 580 bilhões em 2023, e da redução no número de poços, que caiu de 88 mil para 59 mil na mesma comparação, a pesquisa aponta que, devido às estratégias desenvolvidas pelas petroleiras, a indústria do petróleo e gás está ganhando maior eficiência e produtividade ao longo dos anos, além de uma atuação com preços unitários mais baixos.  

Ainda segundo a consultoria, os preços unitários do petróleo e gás estão relacionados aos momentos em que ocorrem os gastos, não tendo relação com sua contratação. Com base nesta perspectiva, a Rystad Energy afirma que os preços unitários para diferentes segmentos de fornecimento do setor evoluíram desde 2014, ao mesmo tempo que os custos caíram – e que desta forma seria “enganoso” olhar para a tendência de queda dos investimentos.  

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Com relação à redução no número de poços, o documento destaca que não está em avaliação a vida útil dos poços, que pode chegar a cerca de 30 anos. “ Essa métrica exclui o impacto da inflação ou deflação de custos e inclui ganhos de eficiência e mudanças de portfólio, como observamos recentemente com a perfuração em áreas com poços mais produtivos”, diz a análise. 

Em 2022, os poços foram responsáveis por 32 bilhões de barris, queda de 15% em relação à 2014. Para 2023, o relatório acredita que o mundo pode chegar aos 35 bilhões de barris – com destaque na produção dos campos de petróleo e águas profundas dos Estados Unidos. 

“Em um mercado de petróleo em expansão com demanda crescente, os recursos recém-desenvolvidos devem superar a produção total, pois os volumes de novos poços serão produzidos em um período de 30 anos. Novos recursos vão exceder a produção total anual até pelo menos 2025, demonstrando a trajetória positiva da indústria global de petróleo e apoiando nossa conclusão de que uma escassez de oferta desencadeada por subinvestimento é improvável no curto prazo”, conclui a Rystad Energy.