O Ministério de Minas e Energia autorizou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), do projeto de distribuição de gás natural para atendimento da unidade de pelotização de São Luís da Vale (VALE3).
No início de julho, a companhia firmou contrato, no âmbito do mercado livre, com a Eneva, responsável pelo fornecimento do gás natural, e com a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), distribuidora que levará o combustível até a unidade de pelotização.
Para viabilizar o projeto, a Gasmar terá que implementar uma rede de distribuição de gás natural no estado, interligando o porto do Itaqui, situado a 11 quilômetros de São Luís, à área da empresa, na região Itaqui-Bacanga.
Com o enquadramento do projeto no Reidi, ficam suspensas as contribuições de PIS/Pasep e Cofins vinculadas aos empreendimentos nas aquisições, locações e importações de bens e serviços realizadas em um período de cinco anos.
De acordo com a Vale, essa nova rede pode criar condições para o uso de gás por outras indústrias e segmentos na região. O projeto também deve viabilizar o uso do combustível em todas as suas plantas de pelotização a partir de 2024.
A iniciativa, segundo a empresa, também contribui para sua meta de redução em 33% das emissões de carbono diretas e indiretas até 2030, devido à substituição do óleo combustível.
“Este contrato é um marco muito importante para a Vale. Ele representa mais um grande passo na transição da matriz energética das nossas usinas de pelotização, dando consistência à agenda de carbono zero e viabilizando uma rede de distribuição inédita de gás, que, além de atender à Vale, poderá também se estender para outras indústrias da região,” afirmou Alexandre Pereira, vice-presidente executivo de Soluções Globais de Negócios da Vale, na época de assinatura do contrato.