A energia solar já representa 14,7% de toda a matriz elétrica do país, atingindo a marca de 32 GW (gigawatts) em potência instalada em junho. Essa capacidade resulta de fontes geradoras, desde usinas de grande porte até painéis em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Os dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), já constam no balanço do Operador Nacional do Sistema (ONS). Os investimentos não param de crescer no setor. No primeiro semestre deste ano, chegaram a R$ 155 bilhões acumulados desde 2012. (Folha de S. Paulo)
Copel espera análises céleres no TCU e TCE-PR para destravar oferta de privatização
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) prevê andamento célere das discussões nos órgãos de controle TCU (Tribunal de Constas da União) e TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), consideradas as principais pendências para o lançamento da oferta de ações que levará à privatização da companhia, embora ainda não haja um cronograma fechado para a operação, disse ontem (11/7) o presidente da elétrica, Daniel Slaviero.
A estatal paranaense conseguiu, na véspera, a aprovação dos acionistas para uma reforma de seu estatuto social que permite a privatização, com regras semelhantes às adotadas na Eletrobras. A aprovação ocorreu apesar da posição contrária do BNDESPar, que detém cerca de 24% do capital da Copel.
Segundo Daniel Slaviero, as próximas definições importantes estão associadas à definição do bônus de outorga a ser pago pela renovação de concessões hidrelétricas, no âmbito do TCU, e ao preço mínimo da oferta de ações para desestatização, a cargo do TCE-PR. No caso do TCU, a discussão foi iniciada na semana passada, mas teve seu processo interrompido por um pedido de vista, por 30 dias, do ministro Vital do Rêgo. (portal UOL – com informações da agência de notícias Reuters)
Em maio, Mercado de Curto Prazo do setor elétrico somou R$ 716,8 milhões em movimentações
O Mercado de Curto Prazo do setor elétrico brasileiro liquidou R$ 716,8 milhões em maio de 2023, do total de R$ 1,96 bilhão contabilizado. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou R$ 1,05 bilhão ainda represado por conta de liminares contra o pagamento do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) no ambiente de contratação livre.
Os parcelamentos, inclusive aqueles vinculados ao pagamento dos débitos abertos após a repactuação do GSF, passaram a responder por aproximadamente R$ 154,9 milhões e a inadimplência efetiva somou cerca de R$ 31,3 milhões, menos de 2% do total contabilizado.
A CCEE informa que os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participarem do rateio da inadimplência advinda das liminares de GSF perceberam adimplência próxima a 89,5%. Aqueles que seguem amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional verificaram uma adimplência de cerca de 30,2%. Os credores que não possuem liminares receberam aproximadamente 29,1% de seus créditos.
Renault e Comerc fecham acordo para autogeração de energia solar
A Renault do Brasil fechou uma parceria com a Comerc Energia para usar apenas energia solar em suas operações no Brasil. A montadora vai se tornar autoprodutora de energia, com um parque solar de 50 MW no Complexo Fotovoltaico de Castilho, em São Paulo.
Castilho tem cinco usinas solares e é o maior complexo fotovoltaico do estado de São Paulo, com capacidade total de 270 MWp. O parque solar destinado à Renault tem capacidade de 50 MW. A energia gerada vai abastecer 85% das operações da Renault do Brasil nas fábricas de veículos e centro administrativo, percentual que vai aumentar para 100% em dezembro. As informações foram publicadas pelo portal EPBR.
Metrô de São Paulo terá autoprodução de energia em busca de gasto mais eficiente
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Metrô de São Paulo lança, nesta quarta-feira (12/7), o edital de chamamento público para a autoprodução de energia elétrica. O objetivo é trazer mais previsibilidade para os gastos e também reduzi-los por meio da desoneração de tributos prevista para geradores. No ano passado, o custo da companhia com energia elétrica foi de aproximadamente R$ 196 milhões.
De acordo com a reportagem, ainda não há uma projeção de quanto o Metrô de São Paulo deve economizar com a autoprodução, já que a empresa vai aguardar pelas propostas do mercado após o lançamento do edital no Diário Oficial. No entanto, a meta é gerar até 40% da energia usada para a operação dos trens, com a compra de 20 MW de energia de fontes renováveis anualmente, em contratos de 15 a 20 anos.
Concessões das distribuidoras devem manter regulação por incentivo, diz estudo
O Valor Econômico informa que uma pesquisa feita pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com as 20 concessionárias de energia elétrica, cujos contratos têm vencimento no período de 2025 a 2031, indicou que no período de 2004 a 2022 a qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras mostrou uma tendência de melhora.
O professor Nivalde de Castro e o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Nelson Hubner foram os coordenadores do estudo, que analisou a qualidade do serviço a partir dos indicadores que medem a duração e a frequência de interrupções de energia por unidade consumidora (DEC e FEC, nas siglas do setor) dentro do limite regulatório, além da evolução da qualidade do atendimento comercial e telefônico das empresas, partir dos dados da Aneel.
O avanço, segundo o estudo, reflete o esforço das concessionárias em se aprimorar e adaptar a sua gestão para atender aos consumidores brasileiros, com vistas a atingir as metas regulatórias. As distribuidoras envolvidas respondem por mais de 62% do mercado nacional e atendem 55,6 milhões de unidades consumidoras, com receita bruta de R$ 168 bilhões.
Ministro de Minas e Energia vai ao Cade defender política de preços da Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi ontem (11/7) à sede do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apresentar um ofício contrário à manifestação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) para instauração de um processo visando revisar a política de preços da Petrobras.
A Abicom argumenta que a mudança na estratégia comercial da petroleira foi fruto de uma interferência direta do governo e que a desvinculação do Preço de Paridade Internacional (PPI) causa prejuízos para as importadoras devido a falta de transparência.
Silveira rebateu a argumentação e disse que a mudança foi uma decisão exclusiva da diretoria da companhia e que não existe qualquer dispositivo legal ou obrigação imposta a nenhum agente para seguir o PPI. (Portal Poder 360 – com informações da agência de notícias Reuters)
Petrobras assina contrato com a Comgás no valor de R$ 56 bilhões
A Petrobras assinou novo contrato de gás natural com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), no valor estimado de R$ 56 bilhões, com vigência de janeiro de 2024 a dezembro de 2034. O contrato é resultado de processo concorrencial por meio da Chamada Pública nº 01/2023 realizada pela Comgás, que visa o suprimento de gás para atendimento ao mercado cativo da distribuidora, no estado de São Paulo, reforçando a parceria comercial entre as empresas.
“As novas contratações mostram que a Petrobras está cumprindo, e bem, o seu papel de suprir gás para os mercados estaduais. Nossa previsão de investimentos próprios nesta área supera R$ 25 bilhões nos próximos anos. Estamos oferecendo contratos mais flexíveis, com diferentes modalidades de prazo e indexadores. Com isso, as distribuidoras podem optar pelo portfólio mais adequado às suas necessidades de atendimento dos diversos mercados: industrial, comercial, residencial e automotivo”, destacou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. (Agência Petrobras)
Petrobras suspende serviço em refinaria privatizada após calote, diz FUP
A Petrobras suspendeu a prestação de serviços de suporte à Paraná Xisto, na segunda-feira (10/7). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação ocorreu porque a empresa deixou de fazer os pagamentos devidos.
Em novembro de 2022, na reta final da presidência de Jair Bolsonaro (PL), a empresa Forbes Resources Brazil (F&M Brazil) comprou a SIX (Unidade de Industrialização do Xisto), uma unidade da Petrobras em São Mateus do Sul, no Paraná.
A operação de venda foi concluída com o pagamento de US$ 41,6 milhões (R$ 201 milhões na cotação atual) para a estatal. Além disso, a Petrobras receberia valores extras para operar as instalações durante o período de transição, que poderia durar até 15 meses. A empresa Paraná Xisto foi criada pela F&M para administrar a SIX. Em nota à reportagem do Valor Econômico, a estatal confirmou a suspensão.
PANORAMA DA MÍDIA
A inflação oficial brasileira caiu 0,08% em junho, após alta de 0,23% em maio. Foi a primeira deflação em nove meses. Em 12 meses, a taxa acumulada recuou de 3,9% em maio para 3,2%. A meta fixada para o ano é de 3,25%. A notícia é o principal destaque da mídia nesta quarta-feira (12/7).
Preços de carros, combustíveis e alimentos puxaram a queda. (O Estado de S. Paulo)
Apesar da perda de fôlego da inflação nos últimos meses, analistas avaliam que o espaço para corte de juros ainda é restrito e que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar em sua próxima reunião, marcada para agosto, uma redução de 0,25 ponto percentual. A taxa básica está atualmente em 13,75% ao ano. (O Globo)
O Copom volta a se reunir nos dias 1º e 2 de agosto para definir o patamar da Selic. “O Copom irá iniciar o processo de corte, uma vez que os critérios que estabeleceu estão sendo cumpridos, entre eles a ancoragem das expectativas”, disse o economista André Perfeito. (Folha de S. Paulo)
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Valor Econômico: As varejistas brasileiras se mobilizaram contra as plataformas estrangeiras e passaram a cobrar, de forma oficial, ações mais duras de órgãos do governo frente ao cenário de maior ocupação do mercado por produtos asiáticos. A reação, liderada pelo IDV, principal instituto do varejo, ocorre após decisão do governo de isentar de imposto de 60% as remessas internacionais de até US$ 50.