O Valor Econômico informa que o Grupo de Debenturistas da Light SESA, que reúne credores da companhia energética, divulgaram nota para manifestar publicamente suas críticas ao plano de recuperação judicial apresentado ao Judiciário, na sexta-feira (14/7), pela companhia.
A nota destaca que “a Lei proíbe as concessionárias de energia elétrica de se submeterem a uma recuperação judicial, na forma pretendida pelo Grupo Light”. O grupo de credores diz representar mais de três milhões de investidores pessoas físicas que, “por meio de fundos de investimentos ou diretamente, emprestaram R$ 5 bilhões para a melhoria dos serviços de fornecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro”.
De acordo com a nota, para eles, o plano de recuperação judicial apresentado pela Light impõe todo sacrifício para o reequilíbrio financeiro da Light SESA aos credores e, dessa forma, “transfere riqueza ao acionista, o que é ilegal, imoral e injusto”. Entre as críticas ao plano da Light apresentado à Justiça na sexta-feira, os credores apontam que, ao eximir os acionistas de qualquer obrigação, viola-se o Contrato de Concessão da Light SESA, que impõe a obrigação da preservação de nível adequado de capitalização aos acionistas, inclusive no cumprimento de suas obrigações financeiras, e não aos credores.
Agora, os credores da companhia energética aguardam a apresentação de um novo plano, acompanhado do modelo financeiro e as respectivas projeções.
Novos contratos da Petrobras têm gás natural mais barato, mas decepcionam indústria
Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a prometida redução do preço do gás natural com os novos contratos criados pela Petrobras não animou grandes consumidores do combustível, que veem ainda pouca competitividade em relação a seus concorrentes no exterior.
Os dois primeiros contratos fechados pela estatal têm uma referência de preços cerca de 10% menor do que os contratos vigentes atualmente, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace). A reportagem explica que a queda reflete a nova fórmula de cálculo do preço, que agora equivale a 11,9% da cotação do petróleo Brent nos contratos mais longos, contra 12,9% a 13,9% no modelo anterior. Os novos termos foram fechados com as distribuidoras Comgás, de São Paulo, e SC Gás, de Santa Catarina.
Para atender a demanda de gás no inverno, Copa Energia traz navio de propano dos EUA
O Valor Econômico informa que, para atender à demanda de gás para aquecimento das regiões do Sul do Brasil neste inverno, a Copa Energia, dona das marcas Copagaz e Liquigás, trouxe um navio com 22 mil toneladas de propano dos Estados Unidos. É a primeira vez que a empresa promove essa operação, por conta do aumento de 15% a 20% da demanda do produto nessa época do ano. O navio está aportado no porto do Rio Grande.
O insumo é destinado principalmente a clientes dos setores industriais, comércio, serviço e agronegócio e deve ser comercializado, entre julho e agosto, a consumidores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados que sofrem com o frio mais intenso. “Estimamos uma venda aproximada de 30 mil toneladas, sendo que o navio tem 22 mil toneladas. Por isso, temos tido conversas e negociações para buscar um complemento”, disse o diretor empresarial da Copa Energia, Vicente Longatti, em entrevista ao Valor.
Novo PAC vai incluir transição energética, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também vai incluir iniciativas de transição energética. Em entrevista à TV Record na semana passada, Lula citou “uma gama de alternativas para o Brasil”, como etanol, biodiesel, energias eólica e solar, além do hidrogênio verde. (portal UOL)
Petroleiras do país aceleram projetos para armazenar CO2
Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), feito a pedido do Valor Econômico, para atingir metas de descarbonização e de olho no mercado de créditos de carbono, empresas de petróleo e gás aumentam investimentos em pesquisas para captura, armazenamento e utilização de CO2 no Brasil. O desembolso ultrapassou R$ 1 bilhão entre 2020 e 2023. O valor é quase metade do R$ 1,8 bilhão aplicado em pesquisas sobre descarbonização desde 1999.
A técnica de captura consiste em apreender e enterrar o dióxido de carbono no subsolo e encontra-se em estágio de desenvolvimento em alguns países. No Brasil, a atividade ainda não é regulamentada. Tramita no Senado, desde o ano passado, um projeto de lei que trata de regras para projetos de captura e armazenamento de carbono.
O PL 1425/2022 foi apresentado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) antes de assumir a presidência da Petrobras. O texto foi aprovado na Comissão de Infraestrutura e está agora na Comissão de Meio Ambiente da Casa. Em paralelo, o governo se prepara para apresentar um projeto de lei sobre o tema dentro de um pacote de medidas mais amplo, chamado de “PL do Combustível do Futuro”.
Temperaturas podem chegar a mais de 40°C na Europa, à medida que ondas de calor extremo se espalham pelo mundo
O verão mal começou no Hemisfério Norte e uma onda de calor escaldante já está varrendo a Europa, com temperaturas acima de 40ºC em partes da Alemanha, Espanha, França, Grécia, Croácia, Itália e Polônia. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), os termômetros podem chegar aos 48ºC nas ilhas da Sicília e da Sardenha, “potencialmente as temperaturas mais altas já registradas na Europa”. (O Globo – com agências internacionais)
Quase um terço dos moradores dos EUA está sob alerta de calor extremo
Dezenas de milhões de pessoas enfrentaram ontem (16/7) uma onda de calor extremo nos Estados Unidos, em mais uma demonstração das consequências da crise climática. O Serviço Meteorológico Nacional alertou para uma onda de calor extremamente perigosa da Califórnia ao Texas pelos próximos dias.
A cidade de Phoenix, no Arizona, registrou 45°C neste domingo, no 17º dia consecutivo com máximas superiores a 43°C. Na noite anterior, a temperatura na região ficou acima de 33ºC pelo quarto dia seguido. No centro e no sul da Califórnia, termômetros marcaram de 41°C a 45°C. (Folha de S. Paulo – com informações das agências de notícias AFP e Reuters)
EUA registram ao menos um desastre climático por dia, de uma costa a outra
Inundações catastróficas no Vale do Hudson, onde está localizada a cidade de Nova York. Uma onda de calor implacável em Phoenix. Temperaturas oceânicas atingindo 32 ºC na costa de Miami. Um dilúvio surpreendente em Vermont, que frequentemente encabeça as listas de “melhores estados para se viver para evitar as mudanças climáticas”. Um raro tornado em Delaware, e vários alertas de enchentes em diferentes partes de Arkansas e Louisiana.
Uma década atrás, qualquer um desses eventos teria sido visto como improvável. Na semana passada, porém, aconteceram simultaneamente, à medida que as mudanças climáticas estimulam condições meteorológicas extremas, levando a governadora democrata Kathy Hochul, de Nova York, a chamá-los de “nosso novo normal”. (O Globo – com informações do jornal The New York Times)
Plano de Transição Ecológica do governo terá seis eixos
Aposta do governo para colocar o Brasil como destaque na agenda ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), o Plano de Transição Ecológica desenhado pelo Ministério da Fazenda deverá ter seis grandes eixos, apurou o Valor Econômico.
As frentes de atuação incluem áreas como finanças, bioeconomia e infraestrutura. O conjunto de medidas pode chegar a mais de cem ações, que serão anunciadas oficialmente em agosto. Os seis eixos serão os seguintes: finanças sustentáveis; adensamento tecnológico do setor produtivo; bioeconomia; transição energética; economia circular; e nova infraestrutura e serviços públicos para adaptação ao clima. A implementação das medidas será ao longo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme já informou em declarações recentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mas vários programas já começarão a ser implementados neste semestre, porque o governo quer chegar à próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, no fim de novembro, com um “bom cartão de visita”.
Lula autoriza, e Brasil submete ao Mercosul sugestão de contraproposta no acordo com União Europeia
Com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro remeteu na sexta-feira (14/7), aos demais sócios do Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai – o texto elaborado em Brasília como contraproposta no acordo comercial negociado pelo bloco com a União Europeia.
O Itamaraty aguardava apenas autorização formal da Presidência da República para enviar a minuta aos demais países do Mercosul. A remessa foi confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo por duas fontes cientes do andamento.
A íntegra do documento não foi divulgada, mas a proposta consiste num texto novo, elaborado pelo governo Lula, para reagir às exigências ambientais apresentadas em março pela União Europeia – e consideradas inaceitáveis – além de incluir também pedidos de mudança no que havia sido acordado no capítulo de compras governamentais.
Ibama prorroga prazo de consulta pública sobre hidrelétricas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prorrogou o prazo de cooperação para a consulta pública sobre proposta inicial do “Guia de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA): Relação Causal de Referência de Usina Hidrelétrica (UHE)”. Os interessados em oferecer sugestões devem ler a minuta do Guia AIA, preencher e enviar o formulário de contribuições até o dia 25 de agosto.
O projeto visa auxiliar na identificação dos potenciais impactos ambientais decorrentes das usinas de energia hidráulica, possibilitando maior previsibilidade no processo de licenciamento federal. (Canal Energia)
“Provamos que é possível gerar negócios com a floresta em pé”, diz presidente da Reservas Votorantim
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Reservas Votorantim, David Canassa, diz que preservar áreas verdes é um dos primeiros itens da cartilha de sustentabilidade das grandes empresas. No grupo Votorantim, que atua em segmentos tão distintos quanto cimento, mineração, finanças, suco de laranja e energia, a tarefa virou mais uma empresa.
Criada em 2015, a partir de uma área do grupo de 31 mil hectares de Mata Atlântica no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, a Reservas Votorantim administra hoje 130 mil hectares em três importantes biomas. Além da área original, o Legado das Águas, a empresa cuida da reserva de uma fazenda no Pantanal e de um território da produtora de alumínio CBA no Cerrado.
David Canassa, diz que não é filantropia. O objetivo é fazer dinheiro com a floresta em pé, dos créditos de carbono ao turismo. A empresa não divulga números, mas o executivo diz que já completou 70% do que falta para se tornar totalmente lucrativa.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Com a reforma tributária, as empresas podem ter dificuldades para receber parte dos créditos fiscais a que têm direito e usados para quitar tributos. Só as dez maiores companhias do agronegócio e as dez do varejo têm, em conjunto, R$ 70,1 bilhões acumulados, segundo estudo da holding Banco Fiscal. Para especialistas, é esperado impacto geral muito positivo da reforma nos resultados das empresas com a simplificação e com a unificação do PIS/Cofins, ICMS, IPI e ISS.
**
Folha de S. Paulo: Com base na proposta de Reforma Tributária aprovada na Câmara, a alíquota efetiva do novo tributo brasileiro para taxar o consumo de bens e serviços ficaria em 28,4%, aponta nota técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Seria a maior do mundo para um IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Hoje, a maior do gênero é a da Hungria, de 27%.
**
O Estado de S. Paulo: A pequena casta de servidores públicos que ganha acima do teto do funcionalismo – atualmente em R$ 41,6 mil mensais – custa R$ 3,9 bilhões por ano aos cofres da União, estados e municípios. No ano passado, 25,3 mil pessoas faziam parte desse grupo seleto, o que representa 0,23% dos servidores estatutários, aqueles que foram aprovados em concurso e têm estabilidade no cargo.
**
O Globo: Os seguros inclusivos — com prestações mais baixas e cobertura customizada — cresceram 165% na arrecadação nos últimos cinco anos, ganhando impulso principalmente a partir do novo marco regulatório de 2021, que tirou travas e conferiu maior flexibilidade aos produtos. Há opções com valores mensais a partir de R$ 5, voltadas principalmente para baixa renda e microempreendedores individuais (MEIs). Os produtos cobrem desde os custos de funeral até a quitação de dívidas em caso de desemprego.