Os gastos das petroleiras com intervenções realizadas no reaproveitamento de poços já perfurados deve crescer 20% em 2023, na comparação com o último ano, ultrapassando US$ 58 milhões. Segundo avaliação da Rystan Energy, o desembolso vai ajudar no aumento da produção e eficiência das empresas.
“Conforme a demanda por petróleo aumenta no segundo semestre deste ano, as operadoras devem procurar o aumento da produção dos campos existentes, e as intervenções serão uma peça vital do quebra-cabeça. Como um método rápido, eficiente e econômico de maximizar os recursos existentes, as intervenções serão um tema importante nos próximos anos”, avalia Jenny Feng, analista da cadeia de suprimentos da consultoria norueguesa.
Na análise, a Rystad Energy aponta que ativos maduros há mais de cinco anos, e com taxas de produção relativamente altas, devem ser os alvos das intervenções das petroleiras.
Segundo previsão da consultoria, o mercado de intervenção deve crescer exponencialmente nos mercados da África, Ásia e América do Sul, que devem liderar um crescimento de 9% nas atividades onshore em 2024.
Por sua vez, a América do Norte deve responder por 64% do total de poços de petróleo e gás prontos para intervenção em 2027, enquanto a Ásia e a América do Sul atingirão seu máximo em 2026, com 41.413 e 9.703 poços, respectivamente.
O relatório ainda observa que dos US$ 58 bilhões, até US$ 11 bilhões serão direcionados para o segmento de perfuração, enquanto os investimentos em tubulação, gerenciamento de água e ferramentas de intervenção chegarão a US$ 20 bilhões.
Já as unidades de intervenção e os setores de produtos químicos de campos petrolíferos representarão 35% do gasto total de intervenção nos poços.
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