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Apesar da melhora, WEG ainda não vê retomada em negócios de GD em 2023

Os negócios em geração solar centralizada devem apresentar boa evolução em 2023, enquanto na geração solar distribuída o cenário ainda é de incerteza para a WEG. Durante teleconferência realizada para comentar os resultados do segundo trimestre do ano nesta quinta-feira, 20 de julho, a fabricante destacou a analistas que já percebeu crescimento na comparação com o primeiro trimestre, e que vai acompanhar o mercado ao longo do ano.

Apesar da melhora, WEG ainda não vê retomada em negócios de GD em 2023

Os negócios em geração solar centralizada devem apresentar boa evolução em 2023, enquanto na geração solar distribuída o cenário ainda é de incerteza para a WEG. Durante teleconferência realizada para comentar os resultados do segundo trimestre do ano nesta quinta-feira, 20 de julho, a fabricante destacou a analistas que já percebeu crescimento na comparação com o primeiro trimestre, e que vai acompanhar o mercado ao longo do ano.

“O negócio de solar está caindo em relação a 2022, e essa queda está concentrada em geração distribuída, segmento que está sofrendo um pouco mais pela mudança regulatória, e especialmente pela taxa de juros e limite de crédito no Brasil nos últimos meses”, disse André Salgueiro, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.

Segundo ele, a expectativa é de retomada dos negócios nas áreas, apesar de os números ainda não refletirem esse movimento. A esperada redução da taxa de juros e a valorização do Real em relação ao dólar devem ajudar, já que muitos equipamentos são importados, mas ainda assim o cenário é de incerteza.

No segmento de transmissão, que movimentou as encomendas da WEG no segundo trimestre do ano, devido aos projetos licitados no passado, a companhia aposta em uma perspectiva positiva.

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De acordo com os executivos da companhia, a WEG não tinha pré-contrato com os vencedores do leilão de transmissão do fim de junho, que contratou quase R$ 16 bilhões em investimentos, mas a maioria dos proponentes ainda não fechou fornecedor. Com isso, a empresa tem expectativa de se aproximar desses investidores e fechar alguns negócios, uma vez que já tem bom relacionamento com alguns dos principais ganhadores.

A expectativa para o segmento de transmissão é positiva também por conta dos próximos leilões previstos, que devem contratar mais de R$ 30 bilhões, um no fim deste ano e outro no início de 2024. Como a entrega dos equipamentos leva de dois a três anos para se materializar, isso puxa o desenvolvimento do segmento nos próximos anos.

A WEG tem ainda boas perspectivas sobre os negócios de energia nos Estados Unidos. A demanda por equipamentos de transmissão e distribuição deve continuar no médio a longo prazo, e a empresa se preparou para isso, por meio de aquisições e inauguração de novas unidades.

Além disso, as operações nos Estados Unidos estão aproveitando sinergias com as do México, onde o custo é mais competitivo e componentes podem ser fabricados e enviados ao país vizinho.

A companhia informou ontem cedo que seu lucro líquido cresceu 49,9% no trimestre, a R$ 1,37 bilhão, ao mesmo tempo em que a receita líquida subiu 13,7%, a R$ 8,17 bilhões.

No período, o segmento de geração, transmissão e distribuição (GTD) teve um crescimento de 82% na receita no mercado externo, a R$ 1,5 bilhão. Já a receita líquida de GTD no mercado interno somou R$ 1,9 bilhão, retração de 4,4% na mesma base de comparação.

No mercado interno, o desempenho foi afetado pela demanda menor por geração solar distribuída. O mercado externo da companhia por sua vez teve bom desempenho na América do Norte, considerando tanto México quanto Estados Unidos na venda de transformadores para geração eólica e solar. Os negócios de geração também cresceram na Europa, onde houve ainda a construção “de uma carteira de pedidos saudável” para os próximos trimestres nas demais operação.