A Eletrobras espera “reconquistar o protagonismo de crescimento no setor elétrico brasileiro” por meio de investimentos que devem somar de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões nos próximos cinco anos.
Desses valores, R$ 17,1 bilhões de reais se referem a investimentos já contratados em geração e transmissão, incluindo novos ativos e investimentos em manutenção de ativos existentes.
A companhia detalhou os números projetados para o período de 2023 a 2027 em comunicado ao mercado enviado na noite de ontem, 24 de julho.
Além dos investimentos já contratados, a Eletrobras informou que avalia, neste momento, 15 operações de fusão e aquisição em ativos renováveis e de transmissão.
A elétrica olha ainda “ótimas oportunidades de crescimento em potencial” nos próximos leilões de transmissão deste ano e de 2024, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que serão contratados investimentos da ordem de R$ 35 bilhões.
No horizonte até 2027, outras oportunidades para a companhia estão em reforços no sistema de transmissão. A Eletrobras enxerga potencial para investimentos de até R$ 10 bilhões nisso, com incremento de receita de até R$ 1,2 bilhão ao ano.
Investimentos contratados
Dos R$ 17,1 bilhões em investimentos já contratados para os próximos anos, a Eletrobras informou que R$ 4,3 bilhões irão para manutenção de ativos existentes de geração, e outros R$ 200 milhões para manutenção da rede existente de transmissão.
Ativos novos de geração envolvem R$ 2,4 bilhões, incluindo R$ 700 milhões na fase 1 do Complexo Eólico de Coxilha Negra, além das fases 2 e 3, que podem somar investimentos de R$ 1,3 bilhão se desenvolvidas. Outros R$ 400 milhões serão investidos em novos projetos que poderão gerar receitas futuras.
Em transmissão, a companhia vai investir R$ 680 milhões na linha arrematada no leilão de junho deste ano. Paralelamente, a companhia tem R$ 6 bilhões em investimentos em reforços na rede de transmissão já autorizados pela Aneel, que vão resultar em receita adicional de R$ 840 milhões por ano.
A companhia também pretende destinar R$ 600 milhões a aquisições já anunciadas ao mercado, como Teles Pires, Baguari I, Retiro Baixo e Mesa.
O plano prevê ainda R$ 500 milhões em investimentos aos programas socioambientais da Santo Antônio Energia, e R$ 1,9 bilhão em infraestrutura, como aquisição de imóveis e softwares.
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