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ISA Cteep descarta disputa em linhão de corrente contínua no leilão de transmissão de dezembro

A ISA Cteep não vai participar da disputa pelo maior lote do segundo leilão de transmissão deste ano, marcado para 15 de dezembro, e deve mirar nos menores lotes deste certame e nos próximos que devem ser divulgados para 2024. Com quase 5 mil quilômetros em novas linhas de transmissão, o segundo leilão de 2023 será destinado à contratação de concessões de serviço público de transmissão para os estados de São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão e Goiás, e vai envolver quase R$ 20 bilhões em investimentos, incluindo um linhão de corrente contínua (HVDC) que servirá para reforçar o escoamento da energia renovável do Nordeste ao Sudeste do país.

ISA Cteep descarta disputa em linhão de corrente contínua no leilão de transmissão de dezembro

A ISA Cteep não vai participar da disputa pelo maior lote do segundo leilão de transmissão deste ano, marcado para 15 de dezembro, e deve mirar nos menores lotes deste certame e nos próximos que devem ser divulgados para 2024.

Com quase 5 mil quilômetros em novas linhas de transmissão, o segundo leilão de 2023 será destinado à contratação de concessões de serviço público de transmissão para os estados de São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão e Goiás, e vai envolver quase R$ 20 bilhões em investimentos, incluindo um linhão de corrente contínua (HVDC) que servirá para reforçar o escoamento da energia renovável do Nordeste ao Sudeste do país.

“A cada leilão, escolhemos alguns projetos para estudarmos e definimos a participação ou não nas vésperas do leilão. O que definimos para o leilão de dezembro é que nós não estudaremos o linhão de corrente contínua [lote 1], este projeto tem tamanho bastante relevante. Estamos estudando projetos menores que estarão no leilão de dezembro, mas sem definição de participação, e outros projetos de março do próximo ano”, afirmou Rui Chammas, diretor-presidente da companhia, em teleconferência para apresentação de resultados realizada nesta terça-feira, 1° de agosto. 

No momento, a ISA Cteep deve concentrar seus investimentos nos lotes 7 e 9 arrematados no último leilão de transmissão, que ocorreu em 30 de junho. Juntos, os projetos, que somam 522 quilômetros de linhas de transmissão em circuito duplo, devem adicionar uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 226,3 milhões às receitas da empresa e R$ 2,43 bilhões em investimentos à carteira de projetos. “Além da receita, a adição dos dois noves lotes aumenta a vida medida das novas concessões”, disse Chammas. 

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Questionado por um investidor sobre a não habilitação dos lotes 1 e 8, vencidos pelo Consórcio Gênesis, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o diretor-presidente da ISA Cteep ponderou que agora é o momento de deixar o regulador cumprir seu papel e validar ou não a participação, conforme o previsto no edital.  A companhia foi a segunda colocada no lote 1, e deve ser convocada a assumir a concessão caso o consórcio não seja habilitado. Com isso, pode adicionar R$ 3,1 bilhões em investimentos à sua carteira, para construir a linha de 1.116 quilômetros que liga o norte de Minas Gerais até o norte da Bahia.

Adicionalmente, a ISA Cteep deve seguir investindo em reforços e melhorias em suas concessões, na construção de cinco projetos greenfield e em outros dois empreendimentos com obras a iniciar. 

Novela do RBSE 

Sobre o recálculo do RBSE, que voltou a ser discutido na Aneel em julho de 2022, Dayron Urrego, diretor-executivo de projetos, afirmou que a companhia não tem expectativa em relação à data de decisão. 

Lucro ISA Cteep 2T23 

A ISA Cteep (TRPL4) encerrou o segundo trimestre de 2023 com o lucro líquido regulatório de R$ 261,2 milhões, alta de 252,6% em relação ao período homólogo.  

A receita líquida regulatória somou R$ 891,7 milhões no trimestre, alta de 21,7%, e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 686,8 milhões no trimestre, um crescimento de 23,8% na base anual.

O resultado regulatório é considerado pelas empresas de transmissão e pelos analistas de mercado como mais aderente ao retrato financeiro atual do segmento. Nesse tipo de contabilização, a receita representa os recebimentos da companhia, refletindo no seu fluxo de caixa, e os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.

No regulatório, a receita reflete a receita anual permitida (RAP) registrada conforme o faturamento, no prazo da concessão. 

As transmissoras também reportam os resultados financeiros de acordo com as regras internacionais, conhecidas pela sigla em inglês IFRS. Nessa contabilização, os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo financeiro. A distribuição de proventos aos acionistas leva em conta o IFRS.

O lucro calculado pelo IFRS foi de R$ 600,9 milhões no trimestre, retração de 14,1% na comparação anual, enquanto a receita líquida caiu 11,5%, a R$ 1,47 bilhão.