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Eletrobras reforça estratégia de busca direta por clientes com abertura do mercado livre

Com uma estrutura de comercialização centralizada na holding e um volume significativo de energia para venda no curto e longo prazo, a Eletrobras aposta na abertura do mercado livre para a alta tensão a partir de 2024, com a expectativa de entrada de 100 mil novos consumidores. “No passado éramos procurados pelos consumidores, mas agora nós vamos diretamente a eles para fazer uma oferta de produto de energia e para fazer a diversificação de portfólio”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, durante teleconferência de resultados do segundo trimestre.

Brasília – Comissão Especial da câmara dos deputados ouve o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr
Brasília – Comissão Especial da câmara dos deputados ouve o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr

Com uma estrutura de comercialização centralizada na holding e um volume significativo de energia para venda no curto e longo prazo, a Eletrobras aposta na abertura do mercado livre para a alta tensão a partir de 2024, com a expectativa de entrada de 100 mil novos consumidores.

“No passado éramos procurados pelos consumidores, mas agora nós vamos diretamente a eles para fazer uma oferta de produto de energia e fazer a diversificação de portfólio”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, durante teleconferência de resultados do segundo trimestre.

Para isso, a empresa tem trabalhado na orientação de mandatos de vendas para cada uma de suas subsidiárias com o objetivo de ampliar os 162 consumidores livres que tem atualmente em carteira.

“Pelo volume que a gente detém, certamente, nós temos condição de oferecer uma flexibilidade maior para customizar o fornecimento aos consumidores e que a gente acha importante”, complementou o presidente da Eletrobras.

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Até 2027, a energia das usinas da Eletrobras que hoje está enquadrada no regime de cotas será descontratada. Para 2024, a empresa terá 3 GW livres para negociar, dos quais 21% ainda estão descontratados. O volume cresce até 2027, quando serão 9,5 GW em energia disponível, com 54% desse total sem contratos de venda.

“Estamos com suporte de consultoria, estamos trabalhando aqui com as melhores cabeças para poder, enfim, instrumentalizar a nossa comercializadora, a nossa mesa de trading, de tal maneira para criar mais valor”, contou Ferreira Júnior.

Transmissão

O presidente da Eletrobras ainda ressaltou o resultado que julgou positivo no último leilão de transmissão, em que a empresa participou da disputa dos nove lotes, mas acabou levando apenas um, por meio de Furnas.

“Eu estou muito esperançoso que a gente vai continuar avançando e espero que a gente seja claramente mais competitivo no próximo leilão. O tema da corrente contínua é óbvio que tem aqui um marco tecnológico, mas o sistema brasileiro vai precisar disso. Então, quanto antes a gente entrar, a gente estará melhor posicionado”, falou o Wilson Ferreira Júnior sobre o leilão de transmissão marcado para dezembro.

Além do interesse no bipolo Graça-Aranha, em corrente contínua, a empresa disse estar “ativamente” se preparando para os outros dois lotes por meio de conversas com parceiros, fornecedores e estudos para ser competitiva.