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Prates confirma interesse da Petrobras em reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

A Petrobras confirmou nesta terça-feira, 15 de agosto, o interesse em reativar a produção de fertilizantes na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras. A fábrica está desativada desde 2020 e, após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no primeiro semestre de 2024. Depois dos estudos de viabilidade técnica e financeira, o tema deve passar pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa.

Prates confirma interesse da Petrobras em reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

A Petrobras confirmou nesta terça-feira, 15 de agosto, o interesse em reativar a produção de fertilizantes na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da PetrobrasA fábrica está desativada desde 2020 e, após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no primeiro semestre de 2024. Depois dos estudos de viabilidade técnica e financeira, o tema deve passar pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa.

O anúncio sobre a Ansa ocorreu durante visita do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, à própria Ansa e à Refinaria Getúlio Vargas (Repar), na cidade de Araucária, no Paraná. Há uma integração entre as unidades, pois a Ansa utiliza como matéria-prima o resíduo asfáltico, que é produzido na Repar.

O retorno da Petrobras à produção de fertilizantes já havia surgido durante a teleconferência com investidores sobre os resultados da companhia no segundo trimestre de 2023, ocorrida em 4 de agosto. Na ocasião, o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos da estatal, William França, declarou que o assunto constava na diretriz do Plano Estratégico 2024-2028, e que estavam no radar a reativação da Ansa e a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3), em Três Lagoas (MS), paradas desde 2014 com 82% da obra já concluída.

“A Ansa tem como vantagem não precisar de gás natural, ela opera utilizando o resíduo asfáltico da Repar, que está ali do lado”, disse França na teleconferência. A UFN3 é abastecida a gás.

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A grande dependência de gás natural para a fabricação de fertilizantes é uma das razões para o atrito entre a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia (MME) em relação à reinjeção de gás natural praticada pela Petrobras e toda a indústria petroleira. O MME defende uma maior oferta e disponibilidade de gás para, entre outros objetivos, abastecer a indústria de fertilizantes.

O presidente da companhia mencionou a questão dos fertilizantes durante sua visita a Araucária: “O Brasil é um grande produtor de commodities agropecuárias, porém, dependente de fertilizantes de origem estrangeira. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da Ansa por conta da sinergia da unidade com a Repar. Além de reduzir a dependência do país em relação à importação do produto, vamos gerar emprego e renda”, declarou Jean Paul Prates na nota.

A Ansa tem capacidade de processar cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas, além de outros setores. A UFN3 poderá produzir cerca de 3,2 mil toneladas de ureia e 1,5 toneladas de amônia, segundo disse França na teleconferência de resultados.