A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima investimentos de R$ 77,3 bilhões associados às expansões do Sistema Interligado Nacional (SIN), considerando a necessidade de operação nos próximos seis anos e a partir de 2030.
Do ponto de vista de evolução física, os recursos devem resultar numa expansão aproximada de 17,7 mil km em novas linhas de transmissão, que vão resultar em R$ 44,6 bilhões, e dos quais 98% são de obras em caráter de licitação. De forma complementar, a EPE aponta uma expansão aproximada de 78,5 mil MVA em novas subestações em todo o horizonte, com investimentos de R$ 32,7 bilhões.
Os dados constam no Programa de Expansão da Transmissão (PET) e Plano de Expansão de Longo Prazo (PELP) – documento gerencial, publicado duas vezes ao ano, que abrange todas as obras que ainda não tenham sido autorizadas ou licitadas. O PET/PELP Ciclo 2023 – 1º semestre, contempla todas as obras de expansão do sistema recomendadas em estudos de planejamento concluídos até junho de 2023, já computando os resultados do leilão de transmissão de junho.
Por região, o investimento total está distribuído em R$ 31,5 bilhões (40%) no submercado Sudeste/Centro-Oeste, R$ 16,7 bilhões no submercado Nordeste (22%), R$ 15,4 bilhões no submercado Sul (20%) e R$ 13,7 bilhões no submercado Norte (18%).
A maior parte dos investimentos, 67%, está relacionada a obras planejadas para escoamento da geração, eventualmente envolvendo a ampliação de interligações, enquanto o restante é relativo a obras com foco no atendimento aos mercados regionais.
Considerando o total de investimentos, espera-se que R$ 45,5 bilhões (69%) sejam licitados nos leilões de transmissão de dezembro de 2023 e março de 2024. No caso da licitação de dezembro, a EPE destaca no documento a ordem de grandeza dos investimentos (R$ 8,4 bilhões) associados à implantação do bipolo ±800 kV Graça Aranha (Maranhão) – Silvânia (Goiás) que, embora concentrados nos submercados Norte e Sudeste/Centro-Oeste também trazem benefícios diretos para o submercado Nordeste.