O Programa de Eficiência Energética, Tecnologia e Sustentabilidade (Pets), criado pela Unidade de Infraestrutura (UIE) em 5 de junho de 2021, soma uma economia de quase R$ 1 milhão em ações que vão da revisão de contratos com as concessionárias de energia nas 227 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 77 Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) à instalação de placas de geração de energia fotovoltaica e incursões no mercado livre de energia. As instituições técnicas são abarcadas pelo Centro Paula Souza.
O programa também inclui de pequenas correções estruturais à criação de padrões que visam uma pegada mais sustentável para as futuras construções.
A implantação dos sistemas de geração de energia fotovoltaica já contemplou quatro Etecs, nas cidades de Cruzeiro, Campinas, Sorocaba e Itapevi. O projeto, que está em fase de desenvolvimento, chegou à Fatec Franco da Rocha e as obras já começaram na Etec de São José do Rio Preto, com pretensão de ser concluído ainda este ano.
De acordo com o monitoramento realizado em 2023, a redução de energia nessas unidades ficou entre 10% e 22%. A economia se traduz também em cinco toneladas de CO2 que deixaram de ir para a atmosfera.
Para viabilizar a iniciativa, a Unidade de Infraestrutura recorre aos chamamentos públicos, por meio do 0,5% da receita bruta de distribuidoras a programas de eficiência energética. Do início do projeto até julho de 2023, a instituição já obteve o valor de R$ 1,9 milhão em suas unidades.
A análise dos contratos com as concessionárias de energia de todas as dependências do Centro Paula Souza resultou em uma economia de R$ 927 mil em 2022.
“Identificamos 90 unidades com potencial para a redução de demanda e refizemos esses contratos”, conta Bruna Fernanda Ferreira, coordenadora da UIE.
Ainda faz parte do programa trazer o engajamento dos alunos para as ações. Um hackathon deve envolver os estudantes com o objetivo de criar um projeto-piloto de iluminação automatizada para a sede administrativa do CPS, localizada em São Paulo. O evento deve acontecer entre o fim de 2023 e início de 2024.
“Estamos falando de um movimento estratégico, no sentido de reduzir gastos e maximizar recursos. Um dia, a responsabilidade ambiental não será uma opção e nós estaremos na vanguarda”, analisa o engenheiro Joel Moraes, gestor do programa.