Entre janeiro e julho de 2023, 9,76 mil GWh foram gerados a partir de bagaço ou palha de cana-de-açúcar. O montante representa um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2022. Nestes sete meses, o setor sucroenergético representou 71% de toda a geração por biomassa.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 19 de setembro, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que fez a compilação com base em informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo a Unica, entre abril e julho de 2023 foi registrada a maior geração de biomassa de cana do período: 93,5% da produção pela bioeletricidade sucroenergética para a rede estiveram concentrados nestes meses, que são os tradicionais da safra canavieira na região Centro-Sul.
Do total produzido no período, 73% foram destinados ao mercado livre e à liquidação no mercado de curto prazo, índice levemente superior ao mesmo período do ano passado (72%). Os outros 27% foram destinados ao mercado regulado, incluindo o Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa).
Atualmente, há 17,3 GW de capacidade instalada em geração por biomassa no país. Deste montante, 12,4 GW vêm da biomassa de cana-de-açúcar. As maiores capacidades instaladas de biomassa de cana estão nos estados de São Paulo (50% da capacidade total do país, em 209 usinas termelétricas); Minas Gerais (13% da capacidade total, em 48 usinas termelétricas) e Goiás (12% da capacidade total, em 35 usinas termelétricas).