De janeiro a agosto de 2023, o número de migrações para o mercado livre de energia ultrapassa as 4,8 mil conexões. Nestes oito meses, o volume foi maior do que o registrado em todo o ano de 2022 (4,6 mil migrações). As informações são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Para Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, os atuais preços baixos da energia explicam o grande interesse pelas migrações, pois tornaram as negociações “muito competitivas”.
“Além disso, vemos um empenho das comercializadoras em alcançar públicos de menor porte, já de olho na abertura prevista para janeiro de 2024”, destaca Porto em nota, fazendo referência à portaria nº 50/22 do Ministério de Minas e Energia (MME), que libera para entrada no mercado livre de energia todos os consumidores de média e alta tensão, a partir de 2024. Embora já seja possível iniciar o trâmite para a migração, com contratação da varejista e comunicação à concessionária local, estes consumidores ainda não fazem parte do mercado livre de energia.
Atualmente, o ambiente de contratação livre (ACL) acumula 35.542 consumidores e responde por cerca de 37% do consumo total de energia do país. O consumo mais intensivo é registrado no ramo da metalurgia. Em volume, o setor que mais tem unidades consumidoras no ACL é o de Comércio e Serviços, que tem alta capilaridade e responde por mais da metade dos consumidores no mercado livre.