A geração solar aumentou 62,8% em agosto, em relação ao mesmo mês de 2022, atingindo 2.578 MW médios, e o consumo cresceu 3,9%, puxado pelas altas temperaturas e por intensificação da atividade industrial. As informações são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal.
O consumo de eletricidade aumentou pelo quarto mês consecutivo, em comparação com os mesmos períodos de 2022. Em agosto, a carga foi de 66.235 MW médios, volume 3,9% maior do que em 2022. No mercado regulado, foram consumidos 41.179 MW médios, montante 5% maior. O mercado livre teve demanda de 25.056 MW médios, quantidade 2,2% maior.
De acordo com a CCEE, os dias mais quentes têm influenciado maior uso de equipamentos de refrigeração, especialmente no segmento regulado, enquanto uma produção maior em quase todos os ramos de atividade econômica monitorados, combinada com um movimento intenso de migração de novos consumidores, tem provocado uma demanda maior no ambiente livre.
Dos 15 setores da economia acompanhados em seu consumo pela CCEE, dez tiveram aumento da carga em agosto. O maior crescimento foi registrado no comércio, com aumento de 10,2% na demanda. A CCEE avalia que houve ampliação das vendas devido aos menores preços praticados, sobretudo nos produtos da cesta básica. O segmento de extração de minerais metálicos teve demanda de energia 8,6% maior, acompanhando o cenário positivo do mercado internacional.
Segundo a CCEE, as maiores quedas foram registradas na fabricação têxtil (-3,1%), que segue impactada pela escassez de matéria-prima no mundo; na indústria química (-4,9%), que tem sofrido com forte concorrência internacional, principalmente nos subsetores relacionados de adubos e fertilizantes; e no ramo de veículos (-6,0%), que ainda dimensiona necessidades de produção após o fim do subsídio governamental para o setor.
Geração solar, térmica e hídrica aumentam; eólica reduz
Em agosto, as hidrelétricas produziram 44.293 MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), 1,6% mais energia que no mesmo período do ano passado. Já as termelétricas entregaram 9.675 MW médios para a rede, volume 2,2% maior no comparativo anual. As usinas solares produziram 2.578 MW médios, avanço de 62,8%, enquanto os parques eólicos tiveram uma retração de 2,1%, gerando 12.499 MW médios.