Planejamento

Expansão tecnológica de renováveis ajuda a limitar aquecimento global

A expansão nos últimos dois anos de tecnologias que envolvem a indústria de energias renováveis, com destaque para os painéis solares, veículos elétricos e baterias, indica que ainda é possível limitar o aquecimento global a 1,5°C. A análise é do relatório Cenário Net Zero Emissions by 2050, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).  

Expansão tecnológica de renováveis ajuda a limitar aquecimento global

A expansão nos últimos dois anos de tecnologias que envolvem a indústria de energias renováveis, com destaque para os painéis solares, veículos elétricos e baterias, indica que ainda é possível limitar o aquecimento global a 1,5°C. A análise é do relatório Cenário Net Zero Emissions by 2050, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).  

“Impulsionadas por políticas, mercado em expansão e custos decrescentes, as tecnologias do setor estão mudando as perspectivas para as emissões. Este progresso reflete as reduções de custos das principais tecnologias de energia limpa, que caíram perto de 80% entre 2010 e 2022”, destaca o documento. 

Com temperaturas atingindo níveis recordes, a agência destaca que o mundo precisaria investir cerca de US$ 4,5 bilhões por ano em tecnologias ligadas à transição energética para “estar em linha” com o compromisso firmado no Acordo de Paris, bem acima dos US$ 1,8 bilhões estimados pela IEA para 2023. 

>> Brasil amplia para 53% a meta de redução das emissões de gases de efeito estufa para 2030 

O montante poderia ser usado para aumentar a capacidade de geração da fonte solar, expandir o setor de veículos elétricos e desenvolver a cadeia do hidrogênio de baixo carbono. Além disso, sua aplicação poderia ampliar a rede de infraestrutura, por mio das linhas de transmissão e distribuição de energia, que precisam crescer 2 milhões de quilômetros por ano para atingir o ‘net zero’, termo para as emissões líquidas nulas de carbono. 

Uma redução de 75% nas emissões de metano no setor elétrico também precisará ocorrer para alcançar a meta, o que demandará cerca de US$ 75 bilhões em investimentos adicionais, o equivalente a 2% do rendimento líquido da indústria do petróleo e gás natural de 2022.   

“O declínio do investimento no fornecimento de combustíveis fósseis e o aumento do investimento em energia limpa é vital para evitar picos de preços prejudiciais ou excessos de oferta”, afirma a IEA em documento.