Reportagem da Agência EPBR indica que a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) tem observado um “interesse mais efetivo de empreendedores” no Triângulo Mineiro e considera incluir a região no plano de expansão de sua malha de gasodutos.
O interesse numa rota para Minas Gerais a partir do Gasbol, em São Paulo, tem sido manifestado pela empresa, controlada pela Petrobras, a autoridades políticas e grupos empresariais. A reportagem destaca que a TBG mira, do lado da demanda, as perspectivas de retomada do projeto do polo gás-químico de Uberaba – à espera de uma possível política de incentivo ao uso do gás para produção de fertilizantes, nas discussões do programa Gás para Empregar.
Já do lado da oferta, a transportadora vê potencial na injeção do biometano, sobretudo do interior paulista, na malha de transporte. A TBG desponta, assim, como alternativa ao gasoduto Brasil Central, projeto concebido há 20 anos pela transportadora TGBC, ligada ao empresário Carlos Suarez, mas que nunca saiu do papel.
Aneel permite que 246 usinas de energia renovável desfaçam contratos sem pagamentos de multas
Em entrevista ao portal G1, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que o órgão regulador permitiu que 246 usinas de energia renovável desfizessem os seus contratos de uso do sistema sem serem multadas.
Resultado do “dia do perdão”, aprovado pela Aneel em julho, a medida tem o objetivo de abrir espaço para outros empreendimentos escoarem energia no sistema de transmissão, que tem capacidade limitada.
Por causa do prazo até março de 2022 para apresentar projetos e manter subsídios, várias empresas fizeram pedidos de construção de usinas à Agência. No entanto, muitos deles não tinham viabilidade, estavam atrasados ou sequer haviam iniciado as obras. “A Aneel fez uma regra de excepcionalidade para permitir que quem não tivesse o compromisso firme de entregar os projetos desistisse, de forma a liberar margem para aqueles que seguramente querem fazer os projetos”, declarou Feitosa.
A maior parte dessas usinas é de energia eólica e solar projetadas para fornecer energia no mercado livre. As 246 usinas agraciadas no “dia do perdão” representariam 9,9 GW (gigawatts) de potência. Para comparação, toda a matriz elétrica brasileira tem 181,6 GW de potência. Além delas, outros 66 empreendimentos, no total de 2,4 GW, adiaram seus cronogramas para entrar em operação.
Obras de modernização avançam na hidrelétrica de Sobradinho
Com previsão de término em 2026, as obras de modernização da usina hidrelétrica de Sobradinho estão quase chegando na metade (43%), de acordo com informações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
Com investimento de R$ 300 milhões, a hidrelétrica está passando por um processo de modernização e digitalização de suas instalações que fazem parte do plano de modernização de usinas. Os recursos previstos são da ordem de R$ 1,6 bilhão. (Valor Econômico)
Onda de calor faz consumo de energia do Brasil crescer 6,2% – maior taxa do ano
A onda de calor que atravessou o Brasil em setembro impulsionou o consumo de energia elétrica e o país encerrou o último mês com carga de 68.306 megawatts médios, volume 6,2% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados preliminares são do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), organização que acompanha em tempo real a demanda e oferta de energia no Brasil inteiro.
Do total de energia utilizada, 43.091 MW médios foram direcionados para o mercado regulado, onde estão os consumidores residenciais e as pequenas e médias empresas. Nesse segmento houve um avanço de 8,2% no comparativo anual, puxado por um maior uso do ar-condicionado, decorrente de temperaturas acima da média registrada em setembro do ano passado em boa parte do país.
O restante, 25.216 MW médios, foi consumido por empresas que contratam o seu fornecimento no mercado livre de energia, a exemplo da indústria. Nesse ambiente, a demanda está mais atrelada ao desempenho econômico dos ramos de atividades monitorados pela CCEE, mas o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração também teve impacto, especialmente nos segmentos ligados ao comércio e serviços. (Fonte: CCEE)
Mais de 70% dos fazendeiros sentem na terra e no bolso os efeitos das mudanças climáticas
Seca aguda na Amazônia, onda de calor no Sudeste e Centro-Oeste, enchentes no Sul. Eventos extremos no Brasil se somam a outros choques climáticos pelo mundo este ano e aumentam as preocupações de produtores rurais, que já sentem o impacto do aquecimento global nas lavouras e no bolso. É o que mostra uma pesquisa realizada sob encomenda da Bayer (gigante química alemã que produz insumos para a agropecuária) em oito países que são grandes no setor, entre eles o Brasil. A pesquisa é tema de reportagem do jornal O Globo.
Dos 800 produtores ouvidos, 71% relataram que já sofrem impactos (inclusive financeiros ) da mudança climática em suas fazendas, e 76% temem as consequências desse processo no futuro. No Brasil, esse índice é ainda maior: 84%.
Indústria eólica precisará de quase 600 mil técnicos até 2027
Relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, em inglês) estima que, até 2027, serão necessários cerca de 574,2 mil técnicos especializados para atuar no setor – adicionando mais um desafio para a expansão das instalações ao redor do mundo.
Mais de 80% da contratação desses profissionais deve ocorrer em dez países: Austrália, Brasil, China, Colômbia, Egito, Índia, Japão, Quênia, Coreia do Sul e EUA. No Brasil, o GWEC aponta para demanda de 12,3 mil técnicos. Até ao final de 2027, a capacidade eólica deve alcançar aproximadamente 1,5 terawatts (TW), mais do dobro do nível anterior à pandemia de Covid-19. (Agência EPBR)
MME aprova orçamento de R$ 2,5 bilhões para o Luz para Todos em 2024
O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou, na semana passada, o orçamento de 2024 do programa Luz Para Todos. No ano que vem, estão previstos cerca de R$ 2,5 bilhões para o programa de universalização do acesso à energia elétrica, relançado em agosto deste ano.
A previsão do governo federal é que até 500 mil famílias sejam beneficiadas até 2026, incluindo a população rural, em especial no Norte do país, e em regiões remotas da Amazônia Legal. Desde o início do programa, em 2003, mais de 3,6 milhões de residências receberam energia elétrica.
O orçamento de 2024 foi objeto da Consulta Pública nº 154/2023, promovida pelo Ministério de Minas e Energia com o setor elétrico e a sociedade brasileira e recebeu 23 contribuições. Os valores aprovados serão repassados a partir da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
O orçamento da CDE será consolidado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até o fim do ano de 2024, serão firmados mais 22 novos contratos para a execução do Programa em diferentes regiões do país. (Fonte: MME)
ONS lança sumário executivo do Plano de Operação Energética 2023
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou na semana passada o relatório digital – Sumário Executivo do Plano da Operação Energética (PEN) 2023 – horizonte 2023-2027. O documento traz as avaliações das condições de atendimento energético para o setor elétrico brasileiro num horizonte de cinco anos à frente.
Um destaque do PEN 2023 é a compatibilização do denominado “Caso Base” do PEN com o “Caso Base” do Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), facilitando a vida do leitor na comparação de ambos os estudos. Desta forma, o “Caso Base” do PEN já considera a representação da expansão da micro e minigeração distribuída (MMGD), a representação da expansão das usinas do Ambiente de Contratação Livre (ACL), conforme critério aprovado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), e a redução da oferta termelétrica em função do fim do Contrato de Compra de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR), perda de subsídios do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) ou término de vida útil. (Fonte: ONS)
Empresa chinesa de navegação quer revolucionar setor com energia renovável
A Wah Kwong Maritime Transport Holdings, uma das mais antigas e maiores proprietárias de navios de Hong Kong, está fazendo investimentos significativos em sustentabilidade e energia eólica. A empresa investiu em uma startup chamada Gazelle Wind Power, sediada em Dublin, na Irlanda, que desenvolve plataformas flutuantes para turbinas eólicas offshore.
O presidente da Wah Kwong, Hing Chao, cujo avô fundou a empresa de transporte marítimo em 1952, expressou sua crença de que a energia eólica offshore sustentável é fundamental para o futuro do combustível marítimo. O transporte marítimo é responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com a Organização Marítima Internacional (IMO), que estabeleceu a meta de atingir emissões zero de gases até cerca de 2050.
“Acreditamos firmemente que ter um sistema eólico offshore sustentável será a chave para desbloquear o combustível marítimo futuro”, afirmou Chao. Atualmente, a Wah Kwong gerencia uma frota de 79 navios, que inclui petroleiros, navios de carga seca e navios de gás de petróleo liquefeito (GPL). As informações são da Forbes.
Primeira bolsa de carbono do Brasil deve movimentar cerca de R$ 12 bilhões em crédito de carbono
Atuar como facilitadora no mercado de crédito de carbono é um dos principais objetivos da B4, a primeira bolsa de crédito de carbono do Brasil, lançada em agosto deste ano, em São Paulo, em um evento que reuniu mais de 100 pessoas, entre elas, representantes de fundos de Organizações Não Governamentais (ONGs), empresários e investidores.
Reportagem da revista online Capital Econômico informa que a empresa surge em um momento no qual as discussões a respeito dos impactos ambientais da emissão dos gases de efeito estufa estão cada vez mais acaloradas, além da adesão das empresas ao mercado de crédito de carbono, que teve grande avanço no Brasil com a aprovação do Projeto de Lei 412, na última semana. A proposta regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), o chamado mercado de carbono, e foi aprovada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Senado.
O texto, que segue agora para a Câmara dos Deputados, prevê que as atividades que emitem acima de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa devem fazer seus relatórios de emissões e aquelas que emitem acima de 25 mil toneladas precisarão fazer alguma compensação.
Com quedas frequentes, Goiás enfrenta crise no fornecimento de energia
O portal Metrópoles informa que reclamações sobre interrupções constantes no fornecimento de energia elétrica em Goiás aumentaram significativamente durante a onda de calor que elevou a temperatura até quase 40ºC em diversos municípios.
A reportagem ressalta que o problema é antigo, mas o debate sobre o assunto foi intensificado nos últimos dias e chegou até a Assembleia Legislativa do estado (Alego), que cobrou explicações da concessionária Equatorial Goiás sobre a prestação de serviço, com a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a investigação do caso.
Na semana passada, o problema foi agravado por desligamentos da energia elétrica, realizado pela empresa. Trata-se de um “desligamento que, ao contrário da interrupção emergencial, tem o objetivo de permitir ações de melhorias na rede e assegurar mais qualidade e confiabilidade no fornecimento”, informou a Equatorial. Conforme a concessionária, os desligamentos são avisados aos clientes impactados com 72 horas de antecedência – com data e período da interrupção. Ainda de acordo com a Equatorial, as manutenções são ações comuns no setor e ocorrem desde a chegada da empresa no estado. “Passamos a divulgar também à imprensa a fim de trazer mais informações sobre nossas ações de melhorias na rede elétrica.”
PANORAMA DA MÍDIA
Os desdobramentos do conflito entre Israel e Hamas seguem em destaque na mídia, com foco para o aumento da tensão entre outros agentes na guerra.
Com 4 mil mortos, cresce temor por extensão do conflito. Esforço diplomático busca evitar ampliação da crise após ameaça do Irã e abrir fronteira de Gaza com Egito para a saída de estrangeiros e chegada de ajuda. (O Globo)
A tensão regional em torno da guerra entre Israel e o Hamas cresceu neste domingo, 15. Foi o dia de maior violência entre a facção libanesa Hezbollah e os israelenses. Um ataque do grupo libanês matou uma pessoa na cidade israelense de Shtula, no norte o país. Mísseis antitanque e foguetes foram lançados ao longo do dia, e no começo da noite caças de Israel bombardearam posições do grupo no sul libanês, enquanto soldados de ambos os lados trocavam fogo. (O Estado de S. Paulo)
Procurada pela agência de notícias Reuters, a missão iraniana na ONU disse em nota: “As Forças Armadas do Irã não irão se envolver, desde que o apartheid israelense não ouse atacar o Irã, seus interesses ou cidadãos. A frente de resistência pode se defender sozinha”. Parece mais um ansiolítico diplomático, mas destoa do ministro. (Folha de S. Paulo)
**
Valor Econômico: Capitais aceleram investimentos em ano que antecede eleições municipais. Somadas, as 26 cidades já investiram R$ 10,8 bilhões de janeiro a agosto deste ano, uma alta de 76,8%, em termos reais, em relação aos R$ 6,1 bilhões de 2022 e mais que o dobro dos R$ 4,8 bilhões de 2019, ano que antecedeu o último pleito para prefeitos. Os dados são dos relatórios entregues pelas prefeituras ao Tesouro e coletados de 2 a 5 de outubro.