A Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP) lançou dois editais para construção de 15 usinas de geração de energia fotovoltaica nos próximos dois anos, o que deve possibilitar a mudança da matriz energética nos mais de 500 pontos de atendimento da instituição e uma economia de R$ 2,25 milhões ao ano.
“O investimento total do projeto é baixo se considerarmos os benefícios em médio prazo. Estimamos um custo de até R$ 12 milhões, com retorno em cinco anos”, destacou o diretor tesoureiro da OAB SP, Alexandre de Sá Domingues.
O edital 02/2023 prevê a contratação de uma empresa especializada em energia fotovoltaica para análise de cinco localidades disponibilizadas pela OAB SP, atendidas pela concessionária Neoenergia Elektro. A empresa deverá indicar o melhor modelo de micro ou miniusina e elaborar o projeto para construção e instalação dos equipamentos.
Nesta etapa, a OAB SP pretende gerar energia para 131 pontos de atendimento espalhados pelo estado de São Paulo, que consomem, em média, mais de 34 mil kWh/mês. Para isso, deverão ser instaladas 763 placas de geração de energia fotovoltaica em locais indicados pelas subseções de Nhandeara, Votuporanga, Santa Rita do Passa Quatro, Ilha Solteira e Araras.
Já o edital 03/2023 apresenta as localidades para instalação de usinas solares nas cidades São Bernardo do Campo e Mauá, de concessão da Enel. A previsão é que essas usinas produzam energia para outros 40 pontos de atendimento da OAB SP, que consomem, em média, 28 mil kWh/mês.
Em março deste ano, a OAB SP deu início a construção de uma usina-piloto na colônia de férias da instituição, na cidade de Três Fronteiras, perto da divisa com o Mato Grosso do Sul. A instalação contemplou 200 painéis de 550W, que alimentam 75 kW de inversores. Desde o início do seu funcionamento, a usina já gerou mais de 112 mil MWh, uma economia de aproximadamente R$ 12 mil por mês.
“Considerando os dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o valor de emissão de carbono por kWh no Brasil é de 0,5317 kg de CO² por kWh, ou seja, apenas essa usina-piloto proporcionará uma redução de 95 toneladas nas emissões anuais de CO²”, afirmou Alexandre de Sá.
O diretor também destacou que para atingir a meta de 15 usinas instaladas até 2025, a OAB SP conta com o apoio dos dirigentes das subseções. “Já temos mais de 50 subseções que demonstraram interesse em receber uma usina fotovoltaica e estamos avaliando aquelas localidades que apresentam as melhores condições de espaço e exposição solar para receber uma usina”.
A próxima usina de geração de energia fotovoltaica da OAB SP já está sendo finalizada e vai começar a funcionar ainda este ano na subseção de Mogi das Cruzes. A previsão é de que a usina de Mogi produza 7.975 kWh/mês, para alimentar a rede de distribuição da concessionária EDP e abastecer 13 pontos de atendimento da OAB SP.
Além das usinas instaladas, seis subseções da OAB SP possuem geração própria de energia solar: Aguaí, Miracatu, Santa Fé do Sul, Santa Rita do Passa Quatro, Tatuí e Teodoro Sampaio. Nessas localidades, os painéis solares suprem a demanda das subseções, mas não geram energia para a rede de distribuição.