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“Não vamos sair correndo para retomar market share”, diz Vibra após queda no volume de vendas

Com estratégia de focar em produtos de maior valor agregado, a Vibra apresentou redução de 8,7% no volume de vendas no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado, entretanto, não impactou o lucro líquido da companhia, que somou R$ 1,25 bilhão, revertendo um prejuízo de R$ 61 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

“Não vamos sair correndo para retomar market share”, diz Vibra após queda no volume de vendas

Com estratégia de focar em produtos de maior valor agregado, a Vibra apresentou redução de 8,7% no volume de vendas no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado, entretanto, não impactou o lucro líquido da companhia, que somou R$ 1,25 bilhão, revertendo um prejuízo de R$ 61 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

O crescimento do lucro foi possível graças à melhora do seu resultado financeiro no trimestre, além do reconhecimento da venda da ESgás no período, que gerou resultado de R$ 564 milhões antes da dedução dos tributos sobre o lucro.

A companhia atribui ainda o resultado positivo a fatores como preços altos de combustíveis, redução da oferta importada e à sua própria eficiência operacional.

Segundo o presidente da Vibra, Ernesto Pousada, a estratégia da companhia será focar cada vez mais em produtos de maior valor, como combustíveis premium, e em aumentar o volume nos parceiros já existentes.

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“Não vamos sair correndo para retomar market share, mas também não vamos cair indefinidamente o market share. Nosso plano é o equilíbrio entre volume e preços para gerar o melhor resultado. Queremos crescer nosso share com valor”, disse Pousada durante teleconferência com acionistas a respeito dos resultados do terceiro trimestre, ocorrida nesta terça-feira, 7 de novembro.

O executivo explicou que a intenção é aumentar a competitividade dos postos existentes, e não apenas aumentar o volume de postos embandeirados. Elaborar estratégias vantajosas para outros clientes B2B de longo prazo também faz parte do planejamento da companhia. Assim, a Vibra espera recuperar “gradualmente” o market share.

Outro caminho que a companhia enxerga para aumentar o volume de vendas é combater irregularidades do setor, como adulteração e sonegação. Segundo Pousada, esta é uma medida de longo prazo e que inclui toda a indústria, além do governo. “Vamos ser incansáveis nessa busca, porque aí tem um crescimento importante”, disse.

Renováveis com retorno a acionistas

Na teleconferência, Pousada também celebrou o desenvolvimento das estratégias em energia renovável da Vibra, sobretudo em relação à participação de 50% na Comerc – que, segundo o executivo, tem entre 70% e 75% de sua capacidade de geração já em operação. “Isso vai gerar um caixa recorrente bastante interessante. É nosso posicionamento em renováveis”, disse.

Outras iniciativas mencionadas foram a participação da Vibra na Zeg Biogás, Evolua Etanol e EZ Volt. De acordo com o presidente, a Vibra continuará buscando extrair o máximo valor de combustíveis fósseis, que continuarão sendo importantes, mas planeja se tornar uma empresa relevante no contexto de transição energética. Neste contexto, todos os investimentos são considerados a partir do retorno previsto.

“Não vamos fazer um crescimento em ESG por ESG, vamos criar uma avenida de crescimento em renováveis desde que tenha retorno para a companhia. Nosso desafio é crescer em renovável com retorno aos acionistas. Entendendo que é um negócio diferente, tem que ter métricas diferentes, mas que gere valor aos acionistas”, disse.

Resultados

No terceiro trimestre de 2023, a receita líquida ajustada da Vibra caiu 15,3%, a R$ 43,2 bilhões, acompanhando a retração do volume de vendas, que atingiu 9,4 milhões de m³, montante 8,7% menor do que no ano anterior.

O resultado financeiro da companhia, por sua vez, foi negativo em R$ 413 milhões, 26,8% menor que o resultado negativo do mesmo período de 2022, quando tinha somado R$ 564 milhões.

O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,3 bilhões, resultado 154,7% maior que em 2022.

A Vibra fechou o trimestre com 8.383 postos embandeirados, 59 a mais do que no mesmo período de 2022.

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