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Preço médio da energia da Eletrobras recuou com saída de clientes e reposição de contratos – Edição do Dia

A queda do preço médio da energia comercializada pela Eletrobras no terceiro trimestre deste ano se deu, porque a empresa teve uma saída de clientes e consequente reposição de contratos de energia no mercado livre, conforme explicou ontem (8/11) o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da companhia, Eduardo Haiama.

O executivo, que participou de teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, explicou que na época da renovação de concessões de hidrelétricas, em 2015, um grupo de clientes pediu para a Eletrobras para continuar como cativos da companhia.

Com isso, segundo ele, uma parcela relativa a fundos setoriais era deduzida do preço da energia pago por esses clientes. Haiama disse que, “grosso modo”, para um preço de energia de R$ 200 por megawatt-hora (MWh), a empresa ficava com um valor líquido de cerca de R$ 100/MWh. (Valor Econômico)

Eletrobras se prepara para participar de leilão de transmissão em dezembro 

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A Eletrobras está se preparando para participar do leilão de linhas de transmissão previsto para ocorrer em dezembro, disse o presidente da companhia, Ivan Monteiro. Em participação de teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre de 2023, Monteiro afirmou, no entanto, que as pessoas não devem esperar grandes aquisições. (Valor Econômico)

Eletrobras corta mais de 20% dos empregados em um ano, com PDVs

A Folha de S. Paulo informa que no primeiro ano após a sua privatização, a Eletrobras cortou em 21% seu quadro de funcionários, por meio de programas de demissão voluntária (PDVs). Ao todo, foram 2.348 desligamentos desde o terceiro trimestre de 2022, o primeiro totalmente sob gestão privada.

No quarto trimestre, é esperada a saída de mais 614 pessoas. A empresa anunciou que reabrirá o segundo plano de demissão voluntária, com mais 101 vagas. Neste primeiro ano de gestão privada, o número de empregados caiu de 10.476 para 8.209.

Os planos de demissão foram foco de atrito entre o governo e a gestão da empresa. O Ministério de Minas e Energia chegou a enviar duas cartas à presidência da Eletrobras solicitando a suspensão das demissões.

Copel: lucro líquido sobe 16,6% no terceiro trimestre na base anual

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) obteve lucro líquido de R$ 441 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 16,6% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) atingiu R$ 1,4 bilhão no intervalo, valor 26,8% maior que o visto no mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda alcançou 51,0% no trimestre, alta de 1,5% na mesma base de comparação.

No período, a receita operacional líquida das operações continuadas da Copel cresceu 8,5% em relação à igual trimestre de 2022, para R$ 5,544 bilhões. A margem líquida do trimestre subiu 100,7% na mesma base de comparação, para 31,4%. Esse resultado é decorrente de um aumento de R$ 330,6 milhões na receita de disponibilidade da rede elétrica e maior remuneração dos ativos de transmissão, em função de reajustes tarifários.

Além disso, houve incremento de R$ 273,9 milhões na receita de fornecimento de energia elétrica e de R$ 52,9 milhões na receita de construção, principalmente devido ao aumento no volume de obras relacionadas ao programa “Transformação”. Essas rubricas foram parcialmente compensadas pela redução de R$ 257,3 milhões no resultado de ativos e passivos financeiros setoriais. (Agência Estado)

Petrobras deve registrar queda de 23,2% na receita do 3º trimestre, estimam analistas

A Petrobras deve apresentar boa performance operacional no terceiro trimestre, segundo analistas ouvidos pelo Valor Econômico. Mas o recuo do petróleo tipo Brent no terceiro trimestre em relação a igual período de 2022 deverá reduzir os resultados financeiros da companhia na comparação anual. A estatal divulga o resultado do terceiro trimestre nesta quinta-feira (9/11), depois do fechamento dos mercados.

A média das projeções de quatro instituições financeiras compiladas apontam para receita líquida de R$ 130,65 bilhões entre julho e setembro de 2023. Se o número se confirmar, vai representar recuo de 23,2% em relação aos R$ 170 bilhões de receita obtidos pela petroleira no terceiro trimestre de 2022.

Já o jornal O Globo destaca que a estatal deve registrar lucro líquido entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com previsões de analistas ouvidos pela reportagem. Se as previsões se confirmarem, o resultado será menor que os R$ 46,096 bilhões do mesmo período do ano passado.

A Agência Petrobras informa, em comunicado publicado em seu site, que a diretoria executiva da Petrobras concederá entrevista coletiva online sobre os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2023, amanhã (10/11), às 14h.

3R Petroleum reverte lucro e fecha terceiro trimestre com prejuízo de R$ 77,5 milhões

A 3R Petroleum terminou o terceiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 77,5 milhões, ante lucro de R$ 469,8 milhões no mesmo período de 2022. Segundo relatório de resultados divulgado ontem (8/11), a linha foi impactada especialmente por efeitos não caixa do resultado financeiro líquido, que veio negativo em R$ 719 milhões. (Money Times)

Em sociedade com a Vibra, Comerc inaugura megausina solar em MG

A Comerc está colocando em operação uma usina solar com capacidade instalada de 662 megawatt-pico (MWp) em sociedade coma Vibra, informa o Valor Econômico. O investimento total no Complexo Fotovoltaico de Hélio Valgas, um dos maiores do país, soma R$ 2 bilhões.

Localizado no município de Várzea da Palma, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, o complexo ocupa uma área de 1.497 hectares, com mais de 1,2 milhão de módulos fotovoltaicos.

Adnoc apresenta nova proposta de R$ 10,5 bilhões por fatia na Braskem

A estatal de petróleo de Abu Dhabi, a Adnoc, apresentou uma nova proposta pela Braskem, de R$ 10,5 bilhões por uma fatia na petroquímica, conforme apurou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

A Novonor (antiga Odebrecht) tem 50,1% das ações ON e 38,1% do capital total, enquanto a Petrobras tem 47% das ON e 36,1% do total. Pela proposta, a Novonor ficaria com 3% do total das ações. Os bancos credores da Novonor, que efetivamente têm as ações da Braskem em suas mãos — dadas em garantia por empréstimos concedidos à então Odebrecht —, assim como a Petrobras e a própria Novonor receberam a nova proposta ontem (8/11).

Segundo pessoas a par do caso, a proposta feita pela Adnoc é de R$ 37,29 por ação, metade dos quais será pago à vista (cash) e a outra metade por meio da emissão de notas conhecidas no mercado internacional como PIK (paid in king) ao prazo de sete anos, com três de carência de juros. A taxa de juros das notas é de 7,25%. A oferta de R$ 37,29 por ação já representa o valor presente da proposta, esclarece a reportagem.

Petrobras enfrenta resistência para elevar aporte em renováveis

A Folha de S. Paulo informa que a direção da Petrobras vem encontrando resistências dentro do próprio governo para aprovar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos. A companhia propôs um orçamento de cerca de US$ 100 bilhões, aumento substancial em relação aos US$ 78 bilhões aprovado no ano passado, mas dúvidas sobre a viabilidade do plano provocaram uma divisão no conselho.

De acordo com a reportagem, representantes da União têm resistido a aprovar o orçamento, diante da elevada previsão de investimentos em energias renováveis. São cerca de US$ 20 bilhões em uma série de segmentos: eólicas, biocombustíveis e hidrogênio, além de descarbonização das operações.

Após anos vendendo ativos de energias renováveis, a Petrobras decidiu voltar ao segmento após a posse da nova gestão, comandada por Jean Paul Prates. Chegou a criar uma diretoria específica, a cargo de Maurício Tolmasquim. Em junho, a empresa anunciou novas diretrizes estratégicas para seu plano de investimento, prometendo reservar algo entre 6% e 15% para renováveis.

De acordo com a reportagem, não há oposição à ideia de voltar a esse segmento, mas ao volume de investimentos que a estatal projetou para o plano estratégico e à falta de clareza sobre como seriam feitos os aportes, já que o plano prevê que os projetos sejam aprovados em nível de diretoria, sem passar pelo conselho. 

PANORAMA DA MÍDIA

A aprovação pelo Senado, ontem (8/11), é o principal destaque da edição desta quinta-feira (9/11) na mídia.

Apontada há quase quatro décadas como prioritária para elevar a produtividade do país, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, da reforma tributária, foi aprovada nessa quarta-feira (8), em dois turnos, no Senado Federal. Ainda há etapas de tramitação a cumprir no Congresso Nacional, mas trata-se de um feito histórico. (Valor Econômico)

O Senado introduziu no texto uma trava para barrar o aumento da carga tributária – uma demanda do setor produtivo, temeroso de aumento dos impostos pelo governo federal, estados e municípios com a mudança do sistema tributário –, e impôs a obrigatoriedade de revisão a cada cinco anos das chamadas exceções, que beneficiam uma longa lista de setores e atividades que conseguiram emplacar as suas demandas, sobretudo na reta final. (O Estado de S. Paulo)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (08/11) que a aprovação do texto-base da Reforma Tributária pelo plenário do Senado, em primeiro turno, é um enorme avanço para a economia brasileira, apesar das alterações que foram feitas durante a tramitação do texto. (O Globo)

A Reforma Tributária está em discussão no Congresso há mais de 30 anos. A primeira vez que se tentou unir os tributos sobre consumo em um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) foi na elaboração da Constituição de 1988. De lá para cá, diferentes propostas fracassaram por divergências e falta de apoio político, sentenciando o país a conviver com um sistema já obsoleto. Hoje, 174 países adotam o sistema IVA para tributar o consumo. (Folha de S. Paulo)

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