O jornal O Globo informa que o Brasil vai ganhar a primeira usina termelétrica a gerar energia a partir do gás natural do pré-sal.
Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Power querem colocar em operação já nos próximos dias a unidade Marlim Azul, localizada em Macaé, no Norte Fluminense. A unidade está em fase final de testes e depende apenas do aval do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para iniciar a operação comercial.
A usina Marlim Azul foi o primeiro projeto vencedor dos leilões de energia com gás natural do pré-sal brasileiro, realizado em dezembro de 2017 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O empreendimento consumiu investimentos de US$ 500 milhões e tem capacidade para gerar 565 MW, valor que corresponde ao abastecimento de 2,5 milhões de residências.
Na semana passada, o Brasil bateu dois recordes seguidos, com a demanda superando pela primeira vez os 100.000 MW, segundo dados do ONS.
Pátria avalia construir térmica para leilão de energia em 2024
O Valor Econômico informa que o Pátria Investimentos avalia que o próximo leilão de energia elétrica, a ser realizado no ano que vem, pode ser uma oportunidade importante para que térmicas a gás venham a ser contratadas.
O sócio da Arke Energia, dona da térmica Marlim Azul, prepara a construção de uma segunda usina, mas a viabilidade do novo empreendimento depende da realização do certame. O leilão inicialmente ocorreria no primeiro trimestre do ano que vem, segundo cronograma do governo, mas deve ser realizado entre abril e maio.
Marlim Azul é a primeira termelétrica do país que utiliza o gás natural extraído de reservas do pré-sal. Com 565 megawatts (MW) de potência instalada, a térmica em Macaé, no Norte Fluminense, e também é a primeira com gasoduto dedicado, reconhecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como parte do empreendimento. A usina será inaugurada oficialmente nesta quarta-feira (22/11), no fim do período de testes antes da operação comercial, que começa no sábado (25/11).
Cidades do RJ têm falta de luz causada por furto de energia e temporal
Cidades do Rio de Janeiro enfrentavam falta de luz ontem (21/11). As áreas mais afetadas são as cidades de Niterói e São Gonçalo, ambas na região metropolitana, e a Rocinha, bairro da zona sul da capital fluminense.
De acordo com a Enel, distribuidora que atende Niterói e São Gonçalo, a queda de energia foi provocada por uma tempestade na noite de sábado (18/11). A chuva e as fortes rajadas de vento causaram danos severos à rede elétrica de várias cidades, interrompendo o fornecimento de energia, diz a empresa.
Além das duas cidades, houve registro de falta de luz nas cidades de Maricá, Itaboraí, Petrópolis, Macaé e Areal, além de municípios da Região dos Lagos.
A distribuidora pediu 48 horas para restabelecer totalmente a energia na região, mas o prazo não foi aceito pelo prefeito. A Enel tem concessão para distribuir energia para 66 municípios do Rio de Janeiro, com população estimada em 7,1 milhões de habitantes.
No caso da Rocinha, a falta de luz se deve ao furto de energia na região, conforme alega a Light, que abastece o bairro da zona sul. Os moradores estão sem energia há pelo menos dez dias. As informações foram publicadas pelo portal de notícias UOL.
Alerj quer convocar presidentes da Enel e Light para explicarem falta de luz em cidades do Rio
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Serviços Delegados e das Agências Reguladoras da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai se reunir nesta quarta-feira (22/11) para decidir se convocará os presidentes da Enel e da Light a se explicarem sobre a falta de luz em cidades do Rio de Janeiro. A convocação foi acordada ontem, entre os parlamentares no Colégio de Líderes, mas precisa ser aprovada entre os membros da CPI, informa o jornal O Globo.
“Considerando a gravidade do fornecimento de energia, tanto na capital quanto no interior, com clientes de ambas as concessionárias sem luz, decidimos convocar essa audiência de forma extraordinária para que eles prestem esclarecimentos”, diz Rodrigo Amorim (PTB), presidente da CPI.
O problema no fornecimento de energia, somado ao calor intenso, provocou o novo adiamento da manutenção anual do sistema Guandu, responsável pelo abastecimento de água no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Segundo a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do RJ), a falta de luz afetou a distribuição de água nos últimos dias. O reparo, marcado inicialmente para amanhã, foi adiado para 30 de novembro.
CPI pede à Enel SP número de funcionários que atuaram para restabelecer energia durante apagão
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem (21/11) requerimento que obriga a empresa a detalhar o quadro de funcionários que trabalharam entre os dias 1º e 9 de novembro para reparar a rede de energia, quando o estado sofreu com um apagão após ventania seguida de teemporal. (Folha de S. Paulo)
Governo prepara MP com aumento de ao menos R$ 6 bi por ano na conta de luz
O setor de energia se mobilizou ontem (21/11) para se posicionar contra uma MP (medida provisória) que deve prorrogar subsídios e criar custos adicionais para conta de luz, elevando ainda mais essa despesa para famílias e empresas, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.
Fontes que acompanham a redação do texto afirmam que os itens que serão incluídos ainda estão em discussão, mas o que foi vazado causou impacto no setor. De acordo com a reportagem, a Casa Civil trata da redação, mas, como um texto do gênero demanda apoio do Ministério de Minas e Energia (MME), a pasta também passou a discutir o conteúdo.
Procurada pela Folha, a Casa Civil diz não ser autora da proposta. “A proposta, como qualquer outra, nasce no órgão setorial e a Casa Civil a examina do ponto de vista de mérito e jurídico. Quando chegar, será submetida à análise”, afirma a pasta. O MME não respondeu até a publicação deste texto pelo jornal.
Aneel nega pedido de transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou ontem (21/11) o pedido de transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia. Na mesma decisão, o comando da agência reguladora decidiu recomendar a cassação (caducidade) do contrato de concessão ao Ministério de Minas e Energia (MME).
O Valor Econômico informa que a distribuidora, controlada pelo grupo Oliveira Energia, recorreu ao processo de transferência de controle para regularizar a situação, pois já não conseguia mais garantir a sustentabilidade econômico-financeira da concessão. Com receita líquida negativa, a companhia ainda registra dívida “crescente” de R$ 9,6 bilhões, considerada “em patamar insustentável”.
A reportagem explica que em boa parte do processo, a transferência de controle beneficiaria uma instituição financeira relevante no mercado brasileiro. A referência foi feita porque em função do contrato de confidencialidade.
Mais tarde, porém, a distribuidora revelou que as negociações eram mantidas com a Green Energia Ltda. Além de inadimplente com obrigações setoriais, a Amazonas Energia, juntamente à empresa interessada em assumir o negócio, não conseguiu comprovar a capacidade financeira do novo controlador para gerir o serviço de distribuição em 62 municípios do Amazonas.
Custo do RenovaBio deve ser assumido pelas refinarias, defendem distribuidoras
Um grupo formado pelas maiores distribuidoras do país retomou oficialmente a agenda de mudanças do RenovaBio, programa de descarbonização do setor de combustíveis. A Agência EPBR informa que a proposta é transferir a obrigação de compra de CBIOs para as refinarias e mudar a natureza dos créditos.
Na prática, o objetivo é reformar o RenovaBio, ao ponto de torná-lo um mercado regulado de carbono compatível com outros setores. A proposta foi entregue na segunda-feira (20/11) ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pela frente batizada de Movimento + Bio, formada por Vibra, Ipiranga e Brasilcom, federação que representa mais de 40 empresas com atuação regional.
A mensagem levada ao governo é que o RenovaBio falhou em elevar a oferta de biocombustíveis no país e representa um peso nos consumidores de gasolina e diesel.
Aneel autoriza reajuste tarifário de cinco permissionárias em São Paulo e Santa Catarina
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (21/11) o reajuste tarifário anual de cinco permissionárias de energia elétrica, localizadas no interior de Santa Catarina e São Paulo. Os novos valores começarão a vigorar a partir do próximo dia 30 de novembro. Juntas, as cinco permissionárias atendem 62.324 unidades consumidoras. Confira aqui.
ANP diz que 21 empresas depositaram garantias para a oferta permanente de concessão
Vinte e uma empresas apresentaram declarações de interesse e depositaram garantias para os 33 setores que estarão em oferta no 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, previsto para ser realizada no dia 13 de dezembro, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ontem (21/11), a agência publicou a ordem das ofertas.
Ao todo, 87 empresas se inscreveram para a licitação e estão aptas a apresentar ofertas, segundo a ANP, mas somente poderão participar consorciadas com uma das 21 empresas que depositaram as garantias. (Investing.com)
Reino Unido aumenta subsídios para tentar ‘salvar’ eólica offshore
Reportagem do portal Energia Hoje informa que, depois de a União Europeia ter publicado no fim de outubro um plano de ação para dar fôlego e subsidiar mais a implantação de parques eólicos offshore, fonte que vem sofrendo uma série de obstáculos conjunturais, com adiamento e cancelamento de projetos, agora foi a vez do Reino Unido.
No dia 16 de novembro, o governo britânico anunciou uma série de novos subsídios para tentar reverter o desinteresse crescente de vários investidores em dar curso ao planejamento de descarbonização por meio da expansão da fonte eólica no alto mar no Reino Unido, cuja meta é chegar a 50 GW até 2030.
Carros elétricos e híbridos já são mais da metade dos carros novos vendidos na Europa
O jornal O Estado de S. Paulo informa que as vendas de carros novos cresceram em outubro na Europa, puxados pela demanda na França, Itália e Espanha, bem como por um salto no consumo de veículos elétricos. Os registros de carros novos, que refletem as vendas, avançaram 14,6%, na comparação com igual mês do ano passado, a 855.484 unidades em outubro deste ano, informou a Associação de Montadoras de Automóveis Europeia (ACEA), nesta terça-feira, 21.
As vendas de carros totalmente elétricos avançaram 36,3% em outubro na comparação anual, enquanto as de híbridos avançaram 38,6% e as de híbrido plug-in caíram 5%. Já as vendas de carros a gasolina subiram 8,1%, e as de carros a diesel caíram 13,2%.
É possível privatizar YPF
Análise da jornalista Miriam Leitão (O Globo): Privatizar a YPF, a maior companhia da Argentina, é uma das propostas, de fato, viáveis do presidente eleito Javier Milei, que tem uma lista de promessas, como o fechamento do Banco Central, que parecem pouco factíveis. Não à toa, as ações da empresa estatal de petróleo e gás subiram 40% na Bolsa de Nova York na segunda-feira (20/11).
No entender de Miriam Leitão, há obstáculos a serem superados para que isso seja possível e o principal deles é o forte subsídio a gasolina gás, diesel e energia na Argentina. O ex-presidente Mauricio Macri tentou fazer essa mudança de forma gradual e não foi bem sucedido. Milei fala em mudança radical, não se sabe se dará certo. Até porque o fim de subsídio traria reflexo para a inflação, que caminha a passos largos para os 200% ao ano. Ou seja, haveria um aumento no custo de vida dos argentinos.
Outro obstáculo, ainda no entender de Miriam Leitão, é a dificuldade das empresas multinacionais de remeter lucros para o exterior. Então, hoje, a Argentina não é atrativa, mas a resposta do mercado em Nova York mostra que eles já conseguem olhar pra frente. As ações da YPF, que chegaram a valer US$ 60 na Bolsa de Nova York no início dos anos 2000, estavam avaliadas a US$ 4 há cerca de um ano e agora, diante dos ventos de privatização, estão se aproximando dos US$ 15.
China cortará preços de gasolina e diesel no varejo nesta quarta-feira
A China anunciou que reduzirá os preços da gasolina e do diesel no varejo a partir desta quarta-feira (22/11). O motivo alegado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma é comportamento recente nos preços internacionais do petróleo.
Segundo informações da agência Xinhua, os preços da gasolina serão reduzidos em 340 yuans (cerca de US$ 47,62) por tonelada métrica, e os preços do diesel em 330 yuans por tonelada. Assim como em vários outros países, os preços dos produtos petrolíferos refinados são ajustados de acordo com as alterações nos preços internacionais do petróleo bruto. (portal InfoMoney)
PANORAMA DA MÍDIA
O acordo fechado ontem (21/11) entre o governo de Israel e o grupo Hamas, para trégua de quatro dias em guerra na Faixa de Gaza, é o principal destaque da edição desta quarta-feira (22/11) na mídia.
O acordo foi mediado pelo Catar e prevê a liberação de 50 reféns – mulheres e crianças – e de 150 prisioneiros palestinos (entre eles, mulheres e crianças) das prisões de Israel. Como parte do acordo, ao menos 300 caminhões de ajuda humanitária, incluindo combustível serão autorizados a entrar na Faixa de Gaza. (O Estado de S. Paulo)
A primeira leva de reféns deve ser libertada pelo grupo amanhã (23/11) — as leis israelenses estabelecem um período de 24 horas no qual cidadãos israelenses podem questionar decisões do Gabinete junto à Suprema Corte. A expectativa é que 12 israelenses sob custódia do Hamas sejam soltos por dia, embora também não haja menção a esses detalhes no comunicado do primeiro-ministro. (O Globo)
Na segunda-feira retrasada (13/11), o chanceler israelense, Eli Cohen, havia estimado um prazo de duas a três semanas para que a pressão internacional sobre Tel Aviv para a suspensão de suas operações militares na Faixa de Gaza se tornasse notável. Cohen errou ao menos por uma semana. No 46º dia da guerra em retaliação pelo brutal ataque do Hamas de 7 de outubro, Israel e o grupo terrorista palestino cederam e chegaram a um acordo para uma trégua de quatro dias. (Folha de S. Paulo)
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Valor Econômico: Dólar sobe 11% na Argentina e governo estende controle de preços até posse de Milei. No primeiro dia de negócios após a vitória do ultradireitista Javier Milei, o dólar paralelo na Argentina subiu 11%, fechando a 1.055 pesos, quase 200% acima do câmbio oficial. Já a bolsa de Buenos Aires teve alta forte, com o índice Merval avançando 22,8%, impulsionado pela valorização de 38,5% das ações da YPF, a petroleira estatal que Milei prometeu privatizar.