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Brasil atinge marca de 25 GW em geração distribuída, com energia solar em telhados e pequenos terrenos – Edição do Dia

O Brasil bateu na última sexta-feira (1/12) a marca de 25 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de geração distribuída (GD), segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expansão dessa modalidade teve crescimento de mais de 6 GW no ano de 2023 e responde por mais de 10% da produção do país.

Reportagem do Valor Econômico explica que, hoje, quase 99% da geração distribuída ocorrem a partir da fonte solar gerada a partir de pequenos sistemas fotovoltaicos de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o que ajudou a colocar a fonte solar na segunda posição da matriz energética nacional em capacidade instalada.

No momento, a geração própria de energia conta com 2,2 milhões de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo país e 3,2 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a GD no país. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis.

Conta de luz deve subir até 10,4% no próximo ano, com peso dos subsídios

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Mesmo com os reservatórios das hidrelétricas cheios, os consumidores pagarão mais nas contas de luz no próximo ano. A expectativa é de um aumento médio em todo o país de 6,58%, mas que pode chegar a 10,41%, a depender de discussões jurídicas sobre créditos de impostos que têm sido usados para atenuar os reajustes. O valor está acima da inflação prevista para este ano, de 4,53%, e para 2024, de 3,91%.

As previsões foram feitas pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). Os reajustes variam conforme a distribuidora que atende cada região e depende, entre outros fatores, do uso dos créditos. Em alguns estados, como Minas Gerais, eles já foram integralmente utilizados. Por isso, a projeção é que os mineiros tenham aumento de 15% pela Cemig em qualquer cenário. (O Globo)

Subsídios federais para combustíveis fósseis somaram R$ 81 bilhões em 2022, diz estudo

O governo federal concedeu R$ 80,95 bilhões em subsídios para auxiliar os produtores de petróleo, carvão mineral e gás natural no país em 2022. Isso representou uma alta de 19,6% frente aos R$ 67,7 bilhões do ano anterior, segundo números divulgados pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) por meio de estudo.

Os recursos saíram diretamente do orçamento da União para incentivar o setor e são, também, quantias que o governo deixou de arrecadar em impostos, devido a regimes de tributação especiais e programas de isenção. O objetivo foi garantir aos consumidores um preço menor na aquisição dos produtos.

O principal subsídio, segundo o Inesc, refere-se às desonerações de combustíveis autorizadas no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro como resposta ao aumento dos preços internacionais, essencialmente resultante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e, “notadamente, em função da disputa eleitoral”. (portal G1)

MME diz que situação em mina da Braskem em Maceió é de estabilização e minimiza chance de desmoronamento generalizado

O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou, em relatório divulgado ontem (3/12), que a situação no bairro de Mutange, onde o solo na área de atividade da petroquímica Braskem vem cedendo nas últimas semanas, é de estabilização. No documento, produzido após reunião realizada no sábado, o Ministério informou que houve redução da probabilidade de deslocamentos de terra em larga escala.

De acordo com a análise dos especialistas do Ministério, houve redução da velocidade do deslocamento de terra. No dia 30 de novembro, era de 50 cm por dia. No sábado, esse número caiu para 15 cm por dia. A pasta afirmou, entretanto, que a situação ainda demanda atenção já que a velocidade ainda é elevada.

Segundo o relatório, a expectativa dos especialistas é de que, se houver desmoronamento, ele ocorrerá de forma localizada e não generalizada. O Ministério de Minas e Energia afirmou que desde 2020 tem sido realizada a retirada de moradores em risco. Até o momento, já foram deslocados 50 mil habitantes do bairro. Os cálculos dos especialistas apontam, entretanto, tendência de equilíbrio no sistema geológico do local. (O Globo)

A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência na quarta-feira (29/11), diante do risco em um dos poços da antiga mina de sal-gema da Braskem (um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila – PVC –, pela petroquímica; a fabricação na região teve início em 1976).

Mina sob risco de colapso em Maceió cedeu 1,6 metro até o fim da tarde de sábado

O mais recente boletim da Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina 18, usada para extração de sal-gema pela Braskem até 2019, chegou a 1,61 metro no fim da tarde de sábado (2/12).

Em nota, o órgão informa que permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina, que fica na região do antigo campo do CSA, no Mutange. (Valor Econômico)

Comunicado oficial da Braskem

Em comunicado publicado ontem (2/12) em seu site, a petroquímica Braskem informa que “a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal está 100% desocupada. Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial”.

Ainda de acordo com o comunicado da Braskem, “os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”.

Lula confirma entrada do Brasil na Opep+, mas diz que país não vai “apitar nada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, sábado (2/12), que o Brasil vai participar da Opep+, agremiação em que países atuam como observadores associados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Falando em um evento ligado a movimentos sociais brasileiros na COP 28, Lula disse que “não apitará em nada” na Opep, cuja atuação se concentra especialmente em manter os preços do petróleo em níveis lucrativo para os países produtores.

O convite foi formalizado ao país na semana passada, após a passagem de Lula pela Arábia Saudita. E foi alvo de críticas, acentuadas pela coincidência com a participação de Lula na COP 28, a Conferência do Clima da ONU, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes, até o próximo dia 12. (Valor Econômico)

Brasil não participará de cortes de produção de petróleo da Opep, diz ministro de Minas e Energia

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira disse, no sábado (2/12), que o Brasil não vai participar do sistema de controle de produção adotado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O governo Lula decidiu ingressar na Opep+, bloco em que países atuam como observadores associados à organização principal, mas não terá poder de voto nem vai aderir a movimentos de cortes de produção. (O Globo)

Tecnologia antiga tira Hitachi Energy do megaleilão de transmissão de dezembro

A Hitachi Energy desistiu de participar como fornecedora de equipamentos no leilão de transmissão de energia agendado para 15 de dezembro. A decisão foi motivada pela escolha de uma tecnologia mais antiga pelo poder concedente, o Ministério de Minas e Energia, para os empreendimentos a serem licitados, somada à escassez de recursos humanos para apresentação de propostas dentro do prazo estipulado, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

Ao lado de Siemens Energy e GE, a companhia japonesa está entre as três maiores fabricantes globais desse tipo de equipamento no mundo.

ONS: demanda de carga no SIN apresenta perspectiva de estabilidade

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente aos dias entre 2 e 8 de dezembro, apresenta cenários de estabilidade na demanda de carga se comparado com a previsão inicial para o mês. Para o Sistema Interligado Nacional (SIN), a aceleração deve ser de 9,5% (79.155 MWmed), ante 9,9% de crescimento anunciados previamente.

A região Norte segue com a possibilidade de maior expansão, 16,8% (7.534 MWmed), seguida pelo Nordeste, 13,4% (13.482 MWmed), e pelo Sudeste/Centro-Oeste, 10,4% (44.761 MWmed). O subsistema Sul não deve registrar avanço ou recuo na demanda de carga: 0% (13.378 MWmed). Os percentuais comparam os resultados estimados para fim de dezembro, considerando o mesmo período do ano passado. (Fonte: ONS)

El Niño: fenômeno se intensifica e persiste até o primeiro semestre de 2024

O ano de 2023 foi marcado pelas altas temperaturas. No mês de novembro, o Brasil registrou a sua oitava onda de calor do período. O El Niño começou no dia 8 de junho e, nos meses seguintes, o país registrou temperaturas acima da média, desde 1961.

O El Niño é geralmente associado ao aumento das temperaturas globais e à intensificação dos eventos climáticos. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) ressalta que o fenômeno climático tem 62% de chances de persistir até junho de 2024, o que engloba o verão e o outono brasileiros. (O Globo)

BNDES e Banco Mundial fecham acordo para financiar hidrogênio

O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial assinaram sábado (2/12), durante a COP 28, em Dubai, memorando de entendimento para desenvolver mecanismos de financiamento em toda a cadeia de valor do hidrogênio de baixo carbono.

O documento engloba projetos de captura de carbono (CCS); eletrolisadores e equipamentos associados; logística e infraestruturas compartilhadas em hubs voltados para essa tecnologia; combustíveis sintéticos; e descarbonização industrial. (Agência EPBR)

Petrobras fecha contratos de R$ 51,6 bilhões com CEG e CEG-Rio

A Petrobras fechou contratos de fornecimento de gás natural no valor de R$ 51,6 bilhões com a CEG e a CEG Rio, distribuidoras controladas pela Naturgy que atendem o estado do Rio de Janeiro. Os acordos preveem a entrega de 6,7 mil m³/dia a partir da última sexta-feira (1/12) e têm duração até 2034.

De acordo com a Naturgy, os contratos têm mecanismos para mitigar as flutuações da demanda “decorrentes do esperado dinamismo do mercado livre” e permitem a diminuição gradual de volumes ao longo do tempo pela companhia. (Agência EPBR)

Aliança Energia inaugura Central Eólica Gravier, no Ceará

A Aliança Energia inaugurou oficialmente a Central Eólica Gravier, localizada no município de Icapuí, no Ceará. Com 17 aerogeradores, de 4,2 MW cada, a Central Eólica Gravier possui capacidade instalada de 71,4 MW, suficiente para suprir o consumo de 550 mil pessoas ou 180 mil residências. O investimento foi da ordem de R$ 400 milhões. (Canal Energia)

Hidrogênio verde, biocombustíveis e captura de carbono são negligenciados, diz CEO da Exxon Mobil

O presidente da gigante petroleira Exxon Mobil, Darren Woods, criticou o foco das negociações sobre as mudanças climáticas na COP-28 em relação à transição energética estarem atreladas apenas às “soluções elétricas”.

Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o executivo afirmou que as discussões sobre o tema têm negligenciado as possibilidades em torno dos biocombustíveis, do hidrogênio e sobre as tecnologias de captura de carbono. O executivo da petroquímica participará pela primeira vez da Cúpula do Clima da ONU (COP-28), que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDA

O Globo: Subsídios vão pressionar a conta de luz no próximo ano. A expectativa é de um aumento médio em todo o país de 6,58%, mas que pode chegar a 10,41%, a depender de discussões jurídicas sobre créditos de impostos que têm sido usados para atenuar os reajustes. As previsões foram feitas pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace).

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Folha de S. Paulo: Após privatização da Sabesp, saneamento deve focar concessões e PPPs em municípios. A venda da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), capitaneada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve encerrar a curto prazo o ciclo das grandes privatizações de saneamento no país, iniciado com a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), no Rio de Janeiro, em 2021. Nos próximos anos, as operações devem ser dominadas pelas concessões feitas por municípios ou por leilões de grupos de cidades.

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Valor Econômico: Poupança perde a liderança como fonte de recursos para o crédito imobiliário. O volume de recursos originado no mercado de capitais superou, pela primeira vez na história, a participação da poupança na estrutura de “funding”, ou seja, das fontes de recursos, para o crédito imobiliário. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que, entre o fim de 2021 e julho de 2023, a fatia da poupança na estrutura de ‘funding’ encolheu de 49% para 36%, com estoque de R$ 738 bilhões.

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O Estado de S. Paulo: Chavismo declara vitória em plebiscito sobre anexação de área da Guiana rica em petróleo. Os venezuelanos aprovaram neste domingo, 3, a anexação de um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que pertence à Guiana e que é alvo de disputa histórica entre os dois países. Os primeiros resultados de referendo sobre o tema, convocado pelo governo do presidente Nicolás Maduro, foram divulgados na noite deste domingo pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Segundo o órgão, a anexação obteve 10.554.320 de votos favoráveis, o que representa 95% do total.