Petrobras inicia estudos para licença para térmicas de 1,8 GW do Polo Gaslub

A Petrobras comunicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 11 de dezembro, que iniciou a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para requerimento da licença prévia do parque termelétrico do Polo Gaslub (antigo Comperj), localizado no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro. O parque terá capacidade total de 1.800 MW, subestação e linhas de transmissão dedicadas.

Segundo memorial descritivo do projeto, a proposta é gerar energia para consumo próprio e disponibilizar o excedente para o Sistema Interligado Nacional (SIN). No documento, a Petrobras declara interesse em participar do leilão de energia nova A-6, inicialmente previsto para agosto de 2024, e conforme cronograma divulgado em portaria de dezembro de 2021, quando Bento Albuquerque ainda estava à frente do Ministério de Minas e Energia.

Caso vença o leilão, a unidade terá data de partida em 1º de janeiro de 2030, de modo a atender os contratos que serão celebrados com as distribuidoras de energia e as condições regulatórias previstas.

O parque térmico do Gaslub é composto por duas térmica movidas a gás natural, sendo a UTE GasLub I com capacidade de 1.200 MW e a UTE GasLub II com capacidade de 600 MW, totalizando 1.800 MW de capacidade no parque. As plantas serão abastecidas pelo gás da Rota 3, com previsão de operação para segundo semestre de 2024.

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Há, ainda, subestação elevadora de 345 kV e linha de transmissão intramuros de cerca de 10 quilômetros na mesma potência. A linha de transmissão conectará um dos terminais no módulo de entrada de linha da subestação UTE Gaslub 345 kV e o outro terminal no novo módulo de entrada de linha a ser construído na subestação existente SE Comperj 345 kV. Haverá ainda linha de transmissão extramuros de 500 kV entre o Polo Gaslub até a subestação existente Lagos, localizada no município de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro.

Na documentação, a Petrobras argumenta que o parque térmico possibilitará que a estatal passe a operar em plantas “de grande porte e alta eficiência energética”, formato que seria cada vez mais frequente no mercado térmico brasileiro. A companhia também avalia que o abastecimento pela Rota 3 traz maior competitividade por haver apenas custo de distribuição do gás, sem despesas com transporte da molécula. O gás chegará por ramal dedicado e a demanda é estimada em 6,9 milhões de m³ por dia.