A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, Marina Silva, demonstrou insatisfação com o rascunho do Balanço Global (Global Stocktake, GST) da 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP28), que se realiza em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O texto foi apresentado ontem (11/12) e tem sido discutido entre representantes de Estado e líderes da sociedade civil. “Em relação a combustíveis fósseis, a linguagem não está apropriada e temos muitas insuficiências. Uma das insuficiências é não ter estabelecido a questão dos esforços para eliminação, em relação a combustível fóssil. Não é só a questão de emissão”, afirmou Marina Silva.
O rascunho serve como base para o texto que será acordado pelos países ao final da COP. O documento ainda precisa ser avaliado pelos representantes das quase 200 nações que fazem parte da conferência do clima e há uma forte pressão do setor de petróleo para adiar a discussão sobre o fim do uso dos combustíveis fósseis.
O comissário de clima da União Europeia, Wopke Hoekstra, também criticou o rascunho apresentado e enfatizou que as discussões estão longe de conseguir manter o aumento da temperatura global até 1,5ºC, proposto pelo Acordo de Paris, assinado na COP 21, em 2015. (portal Metrópoles)
Brasil leiloa blocos de petróleo próximos de áreas de preservação ambiental e terras indígenas
O jornal O Globo traz, hoje (12/12), uma reportagem a respeito da oferta de blocos para exploração de petróleo organizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Amanhã (13/12), serão ofertados aos investidores quase 610 áreas em uma lista que inclui o pré-sal e novas fronteiras exploratórias em áreas sensíveis do ponto de vista ambiental, que ficam próximas a unidades de conservação, terras indígenas, territórios quilombolas e até de uma das minas de sal-gema da Braskem em Maceió. A inclusão dessas áreas foi aprovada em agosto de 2023.
No 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha, em áreas do pré-sal na costa do Sudeste, a ANP vai ofertar cinco blocos exploratórios do pré-sal (Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na Bacia de Santos; e Turmalina, na Bacia de Campos). Foram habilitadas empresas como BP, Chevron, Petronas, Qatar Energy, Shell e TotalEnergies. A Petrobras não manifestou interesse.
A ANP também irá realizar o 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, com 602 blocos nas bacias do Amazonas (em terra), Espírito Santo (em terra), Paraná (em terra), Pelotas (Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em mar), Potiguar (Rio Grande do Norte e Ceará, em terra), Recôncaco (na Bahia, em terra), Santos (mar), Sergipe-Alagoas (em terra) e Tucano (Bahia, em terra). Ao todo, 21 empresas manifestaram interesse em participar dessas áreas, que já foram oferecidas em leilões anteriores ou já estiveram sob concessão e foram devolvidas.
Brookfield vai investir R$ 1,2 bilhão em geração distribuída
O Valor Econômico informa que a Brookfield vai investir R$ 1,2 bilhão na formação de um parque gerador de 300 megawatts-pico (MWp) de capacidade solar em 12 meses. A estreia da gestora canadense em geração distribuída (GD), que é gerada próxima ao local de consumo, se deu com a aquisição do controle da Ivi Energia, por valor não informado, e continua agora com a construção das futuras usinas.
Os recursos aportados no projeto fazem parte do Brookfield Global Transition Fund (BGTF), fundo que captou US$ 15 bilhões no maior capital privado já levantado para apoiar a transição energética no mundo. Ao todo, serão mais de 100 pequenas usinas espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Norte.
Instituto Acende Brasil analisa leilão de transmissão 2/2023
O Instituto Acende Brasil publicou ontem (11/12) uma análise a respeito do leilão de transmissão de energia elétrica que será realizado no próximo dia 15, na B3, em São Paulo.
O texto explica os objetivos e a formatação do certame, de acordo com o edital. A empresa proponente que ofertar o menor valor para a receita anual permitida (RAP) será declarada vencedora, desde que os valores propostos pelas outras proponentes, para cada lote, sejam 5% superiores à menor RAP ofertada em envelope fechado. Caso haja empate entre os menores valores ofertados em envelope ou a diferença entre os valores da menor proposta financeira e das demais ofertas seja igual ou inferior a 5%, o leilão prosseguirá com lances viva-voz.
O leilão foi qualificado no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). De acordo com o edital, a RAP máxima do total de lotes ofertados no certame é de aproximadamente R$ 3,8 bilhões. Os empreendimentos estão distribuídos em cinco estados brasileiros: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima um investimento total de R$ 21,7 bilhões. Os empreendimentos de transmissão licitados no certame têm prazos de instalação que variam de 60 a 72 meses a partir da assinatura dos contratos de concessão, e deverão entrar em operação entre março de 2029 e março de 2030.
Relator da reforma tributária quer suprimir cesta básica estendida e manter gás e energia em cashback
O jornal O Globo informa que o relator da reforma tributária, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-BA), voltou a defender que o texto tenha apenas uma cesta básica de alimentos com imposto zerado, como foi aprovado pela Câmara dos Deputados. O Senado havia acrescentado a proposta uma “cesta básica estendida” no projeto, em que seriam elencados produtos com desconto de até 60%.
Ribeiro também quer agrupar os produtos nos quais os consumidores terão cashback, como alimentos, produtos de higiene, energia e gás, entre outros, em um único artigo da matéria.
Importação de energia pela Âmbar pode trazer economia de até R$ 1 bilhão por ano na conta de luz
A Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, inicia nas próximas semanas a importação de energia gerada na Venezuela para o Brasil. A eletricidade do país vizinho é de fonte renovável e substituirá, por cerca de metade do preço, a energia fóssil utilizada hoje no estado de Roraima.
Esse marco foi alcançado após a conclusão de investimentos venezuelanos na reforma e modernização da linha de transmissão que conecta o país vizinho a Roraima, que estava desativada.
A energia ofertada custará até 50% menos para o Brasil do que as usinas térmicas a combustível fóssil que hoje abastecem o estado de Roraima. A autorização da Âmbar é para importar até 120 MWh, o que significará uma economia de até R$ 1 bilhão ao ano na conta de luz dos brasileiros. (IstoÉ Dinheiro)
Bahiagás vai ao mercado em 2024 em busca de gás flexível
A Agência EPBR informa que a Bahiagás prepara, para 2024, uma nova chamada pública para aquisição de gás natural. A distribuidora baiana de gás canalizado tem importantes contratos de suprimento por vencer no fim do ano que vem e mira condições mais flexíveis de compra da molécula, na renovação do portfólio, de acordo com explicação da EPBR.
A previsão da concessionária é concluir o planejamento da chamada até fevereiro e, entre março e abril de 2024, fazer uma rodada de apresentação – uma espécie de road show – da concorrência junto aos potenciais supridores e clientes. Em seguida, a Bahiagás espera lançar até o fim de maio a chamada pública e, até meados de setembro ou outubro, celebrar os novos contratos de suprimento. A concessionária baiana tem dois contratos de suprimento por vencer no fim de 2024, que somam cerca de 900 mil m³/dia de gás firme.
BASF adquire energia renovável da Raízen Power para pesquisas em agricultura no Brasil
A BASF passa a adquirir energia elétrica de fontes renováveis para as estações de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Divisão de Soluções para Agricultura da companhia localizadas em Santo Antônio de Posse (SP), Sinop (MT) e Rio Verde (GO).
A partir de agora, as unidades irão receber energia elétrica proveniente de fontes renováveis fornecida pela Raízen Power, o que representa a emissão evitada de 719 toneladas de CO2.
Com essas mudanças, até o fim do primeiro trimestre de 2024 a BASF espera reduzir em mais de 90% as emissões de carbono de escopo 2 (referentes à energia elétrica) em estações de P&D, somando o centro de pesquisa de Trindade (GO), que também passará pela mesma mudança ainda no último trimestre de 2023. (Money Times)
Usina de energia renovável é inaugurada pela TIM no DF
A operadora de telecomunicações TIM inaugurou sua 101ª usina de energia renovável. A empresa havia estabelecido a meta de ter 100 unidades até o fim de 2023. Localizada em Brasília, a nova usina amplia o projeto de geração distribuída da TIM, que busca abastecer sua rede por meio do uso de usinas de fontes renováveis arrendadas de parceiros. A empresa agora é capaz de produzir energia limpa para 54% do seu consumo total. (Correio Braziliense)
Importações de aço da China levam Usiminas a desligar alto-forno 1
A Usiminas anunciou ontem (11/12) que vai desligar o alto-forno 1 da usina de Ipatinga (MG) por causa da concorrência com o alto volume de aço importado da China. O equipamento tem capacidade para produzir 600 mil toneladas por ano de aço.
A Usiminas ainda não definiu uma data específica para o abafamento do alto-forno, mas há expectativa que seja feito até o início de 2024. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O crescimento da população em situação de rua no Brasil é o principal destaque da edição desta terça-feira dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.
O aumento foi de 935,31% nos últimos dez anos, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base em dados do CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal. O número de pessoas cadastradas saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 até agosto de 2023. Entre as causas do problema estão exclusão econômica, que envolve insegurança alimentar, desemprego e déficit habitacional; ruptura de vínculos familiares; e questões de saúde, especialmente de saúde mental.
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Valor Econômico: Os empréstimos obtidos por estados e municípios avalizados pela União aumentaram com força neste ano. No caso das operações internas de crédito, esses novos contratos de garantias alcançaram R$ 17,41 bilhões de janeiro a agosto, quase o triplo dos R$ 6,11 bilhões do mesmo período do ano passado e 142% a mais que os R$ 7,19 bilhões de todo o ano de 2022. Para as operações externas, foram contratados US$ 703,85 milhões até o segundo quadrimestre deste ano, 419% a mais que os US$ 135,5 milhões de igual período de 2022.
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O Globo: O governador Cláudio Castro afirmou ontem (11/12) que o Rio de Janeiro vai entrar na Justiça contra a União para não pagar os juros da dívida. Desde 2017 o Rio está no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), sendo alterado em 2022 após negociações entre o palácio Guanabara e o governo federal. No início do ano, Castro já tinha sinalizado que queria alterar as regras do acordo. Somente para 2024, o Rio projeta ter um déficit de R$ 8,5 bilhões nos cofres, sendo que a previsão é pagar R$6,7 bi em dívidas no ano.