As regiões Sudeste e Centro-Oeste e parte do Sul do país deverão ter chuva acima da média neste verão – a estação começa à 0h27 (de Brasília) desta sexta-feira (22/12) e vai até 20 de março de 2024. A temperatura também tende ser mais alta em praticamente em todo o Brasil – no Norte, por exemplo, pode ficar cerca de 1ºC além da média histórica.
O prognóstico faz parte de boletim conjunto publicado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Na semana passada, o Inpe já havia emitido um aviso de que a nova estação deverá ser mais quente e seca no Brasil por causa do fenômeno climático El Niño.
Segundo o documento, na região Sudeste, a previsão para os próximos três meses indica condições favoráveis para chuva acima da climatologia (média histórica), principalmente em Minas Gerais, onde ela pode ser mais frequente. O Inmet lembra que no verão os dias são mais longos do que as noites, com condição favorável para chuva forte, queda de granizo, vento de intensidade moderada a forte e descargas elétricas. (Folha de S. Paulo)
Câmara aprova projeto que regulamenta mercado de carbono e mantém agro fora
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (21/12), por 299 votos a 103, o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono, uma das prioridades do governo Lula (PT) na área ambiental. O texto vai agora para o Senado, que já havia aprovado um projeto semelhante sobre o tema em outubro.
O mercado regulado de carbono estipula limites de emissões de gases de efeito estufa para as empresas, que precisarão entregar relatórios de emissões ao órgão gestor, ligado ao governo federal. Aquelas companhias que não cumprirem suas metas poderão sofrer penas, como multas.
O documento retira a agropecuária do mercado de carbono. Ou seja, o setor não será obrigado a cumprir metas de emissões de gases de efeito estufa, ainda que seja o principal emissor do país. Por outro lado, por pressão da bancada ruralista, atividades primárias do agro, como a criação de gado ou a plantação de cana, poderão gerar créditos de carbono no mercado voluntário. Um crédito equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera. (Folha de S. Paulo)
Primeiro leilão de transmissão de 2024 será teste para novos entrantes
Reportagem do portal Energia Hoje destaca que o mercado de transmissão encerra o ano com dois leilões de sucesso e se prepara para o primeiro certame de 2024, cuja previsão de investimentos soma R$ 20 bilhões, divididos em 69 empreendimentos em 15 lotes.
Na avaliação de Adriano Levi, diretor da KPMG, essa diversidade – incluindo oportunidades menores – deve atrair novos entrantes interessados na rentabilidade e estabilidade do segmento. Parte desse movimento já começou com o exemplo da espanhola Acciona, que participou dos lances do segundo leilão deste ano, e poderá se expandir para outros players.
Outra aposta inclui a ampliação do apetite de empresas como Cymi, Alupar e Celeos – essa última ganhadora do terceiro lote do leilão realizado no dia 15 de dezembro. É possível que companhias como elas avancem ainda mais e possam operar os empreendimentos e não apenas vendê-los após a construção.
MME deve abrir em janeiro consulta pública para enquadrar minigeração no Reidi
A Agência EPBR informa que o Ministério de Minas e Energia (MME) deve colocar em consulta pública, em janeiro de 2024, um ato normativo para definir os procedimentos relacionados ao enquadramento de projetos de minigeração distribuída no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).
A reportagem explica que desde agosto de 2022, projetos de micro e minigeração distribuída passaram a ser prioritários para receber os benefícios fiscais do regime que concede isenção de PIS e Cofins sobre as aquisições de máquinas e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção.
O ministério informou, em nota, que realizou reuniões com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) ao longo deste ano para receber contribuições sobre a regulamentação do tema e que será necessário um processo novo e específico.
ISA Cteep inicia plano de operação para o verão no litoral de São Paulo
A ISA Cteep iniciou o plano de operação para o verão 2023/2024, iniciativa que conta com o investimento de R$ 60 milhões, até o final deste ano, para garantir maior na confiabilidade do fornecimento de energia elétrica durante a alta temporada. As iniciativas da companhia para o seu plano de vberão foram definidas em parceria com os demais agentes do setor elétrico nas regiões da Baixada Santista, Litoral Norte e Litoral Sul. (Canal Energia)
Green Energy Park e Solatio vão investir R$ 200 bilhões em hidrogênio verde no Piauí
A Green Energy Park, produtora de amônia verde com sede na Croácia, e a Solatio, empresa espanhola de energia renovável com investimentos no Brasil, anunciaram que investimentos de R$ 200 bilhões para produzir hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação do Piauí, localizada em Parnaíba, no litoral do estado.
Segundo informações do governo do Piauí, o empreendimento usará energia solar e eólica com previsão de 20 GW de potência instalada. As obras das usinas devem ter início no fim de 2024 e a primeira etapa está prevista para ser concluída em 2027, seguindo as etapas seguintes até 2035. (Canal Solar)
Intelbras anuncia entrada no mercado de armazenamento de energia
A Intelbras anunciou o ingresso no mercado de armazenamento de energia, com o lançamento de uma bateria de lítio de 48V e 100Ah, destinada a aplicações em telecomunicações, comércios, indústrias e energia solar. De acordo com a empresa, o produto pode servir como backup em momento de interrupção do fornecimento de energia e atender locais remotos, sem acesso a rede elétrica.
O equipamento conta com a tensão de 48V, capacidade de 100Ah e vida útil de mais de 8 anos. A Intelbras afirma que a solução é resistente a altas variações de temperatura e podem ser conectadas até 10 baterias em paralelo. (Portal Solar)
Petrobras assina acordo de venda das áreas Uruguá e Tambaú para a Enauta
A Petrobras fechou um acordo com a Enauta, ontem (21/12), para a venda dos campos de Uruguá e Tambaú, em águas profundas no pós-sal, localizados na Bacia de Santos. A transação foi concluída por US$ 35 milhões e envolve 100% das concessões.
A estatal também acertou a extensão do contrato de afretamento do FPSO (sigla em inglês para unidade flutuante de armazenamento e transferência) Cidade de Santos com a Modec, com término previsto para janeiro de 2024. A unidade está instalada em lâmina d’água de aproximadamente 1.300 metros e tem capacidade de produção de 25 mil barris de petróleo e 10 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. ( Click Petróleo e Gás)
Angola decide sair da Opep após divergências sobre cortes de produção de petróleo
Angola decidiu sair da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual era integrante desde 2007. O anúncio foi feito ontem (21/12), pelo Ministério de Recursos Minerais, Petróleo e Gás da nação africana. Em comunicado, o chefe da pasta, Diamantino Azevedo, afirmou que as ideias e contribuições angolanas já não mais “surtiam os efeito desejados” no cartel.
No final de novembro, o país reclamou da sua cota de produção atribuída pela Opep, de 1,11 milhão de barris por dia (bpd), considerada insuficiente. A saída expõe as divergências entre os membros da Organização em relação ao nível de oferta. Nos últimos meses, Arábia Saudita vinha pressionando por cortes mais intensos na produção, apesar da resistência da delegação africana. A Opep e aliados (Opep+) firmaram cortes de 2,2 milhões de bpd até o primeiro trimestre de 2024. (Info Money – com informações de agências internacionais)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Falta de IPO e juros altos derrubam receita dos bancos de investimento. O segundo ano consecutivo sem estreias na bolsa brasileira, importante pilar na atividade de bancos de investimento, deixou uma marca nas receitas das instituições financeiras que atuam no Brasil. A consultoria Dealogic, que coleta dados desse mercado, mostra que as receitas – o chamado “fee pool”, no jargão do mercado – caíram 27% no ano em relação a 2022, para US$ 666 milhões, considerando os dados até o fim da primeira semana de dezembro.
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O Globo: Comissão aprova Orçamento que amplia emendas e fundão e reduz PAC. O plenário do Congresso deve votar nesta sexta-feira (22/12) a peça orçamentária da União para 2024. O texto foi aprovado pela Comissão Mista do Orçamento (CMO) nesta quinta, com um corte de R$ 6 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — uma das principais apostas do governo Lula —, e a reserva de um valor recorde para as emendas parlamentares e um aumento de 96% do fundo eleitoral em relação à disputa municipal de 2020. A votação foi simbólica, ou seja, sem registro nominal por parte de deputados e senadores.
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Os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo trazem como principal destaque da edição desta sexta-feira (22/12) a aprovação, pela Câmara Municipal, do novo zoneamento da capital, que vai liberar a construção de prédios mais altos na maior parte do centro expandido da cidade. O projeto, que agora segue para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), permite, também, habitações em áreas de proteção ambiental e altera regras para o tombamento de áreas urbanas.