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Reconfiguração das redes pode minimizar riscos de apagão nas distribuidoras – Edição do Dia

O aquecimento global vai trazer um cenário de tempestades mais constantes e de maior impacto, afirma o engenheiro eletricista Juliano Gonçalves, líder da divisão de cabos da Megger Brazil. E o enterramento da rede não será a solução principal para isso. Esse é o tema de reportagem publicada pelo portal Energia Hoje.

Com a experiência de ter participado da implantação da infraestrutura subterrânea de distribuição na antiga AES Eletropaulo (atual Enel), o especialista aponta a reconfiguração das redes como solução, o que significa o uso mais intensivo de automação, sensores e materiais mais resistentes.

“Aliado a esses fatores, é preciso adotar a digitalização em sua plenitude, para elaboração de cenários e simulações”, ressalta Gonçalves. O avanço, no entanto, depende da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que, como regulador, poderia reconhecer os investimentos nessas áreas, remunerando as distribuidoras. “Nosso modelo atual não permite a adoção de tarifas diferentes para áreas de redes subterrâneas, e isso também se torna um impeditivo para o avanço delas.”

Juliano Gonçalves explica que, na prática, a reconfiguração automática já é adotada entre as concessionárias e opera em conjunto com o monitoramento da rede em tempo real, feito com base em sensores. Juntos, eles permitem o isolamento dos trechos onde acontecem as falhas.

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Após chuva e ventos, 80 mil estão sem energia há quase 20 horas em São Paulo

Em reportagem publicada ontem (9/1), o portal da revista Veja informa que cerca de 80 mil pessoas estão sem energia elétrica na capital paulista, desde a tarde de segunda-feira (8/1), após a ocorrência de fortes chuvas. De acordo com a Enel, concessionária do serviço no município, as rajadas de vento chegaram a atingir 76 quilômetros por hora, causando a queda de árvores e galhos sobre a rede de transmissão.

A concessionária informou que as áreas mais atingidas foram bairros da zona sul da cidade. Até a publicação da reportagem, moradores estavam sem eletricidade, por cerca de 20 horas. O fornecimento, segundo a companhia, havia sido restabelecido em 81% das unidades afetadas.

São Paulo deve ter tempestades diárias até sábado (13)

As pancadas de chuva devem ser diárias em São Paulo ao menos até o próximo sábado (13). A previsão do tempo também prevê clima quente e alta umidade, o que favorece a formação de tempestades.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas máximas devem chegar a 34ºC, amanhã (11/1), na capital paulista. Nos dias posteriores, o clima arrefece e os termômetros não devem ultrapassar 28ºC, mas sempre com possibilidade de rajadas de vento e trovoadas. (Folha de S. Paulo)

2023 foi o ano mais quente já registrado no Brasil

O observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, confirmou aquilo que os dados preliminares já antecipavam: 2023 foi o ano mais quente desde o começo da série histórica, em 1850.

Com temperaturas excepcionalmente altas em diversos pontos do planeta, inclusive nos oceanos, 2023 registrou média global de 14,98°C, superando em 0,17°C o recordista anterior, 2016.

No ano passado, a temperatura média foi 1,48ºC acima dos níveis de pré-industriais (1850-1900), encostando no limite de 1,5°C traçado pelo Acordo de Paris. O resultado é 0,60ºC superior à média do período entre 1991 e 2020.

Também no Brasil, o ano de 2023 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o órgão oficial da previsão do tempo no país, a média do ano passado chegou a 24,92°C, superando 2015 e 2019.

A média de temperatura do Brasil é 24,23°C, segundo a série histórica do instituto, iniciada em 1961. No ano passado foi registrada a máxima histórica do país, de 44,8°C, em Araçuaí, Minas Gerais. A marca foi atingida em novembro, no último dia da oitava onda de calor a atingir o Brasil em 2023. (Folha de S. Paulo)

Cemig alcança 1,2 mil consumidores livres com abertura e mira até 30 mil unidades

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que, de olho na abertura do ambiente de contratação livre (ACL) para todos os consumidores da alta tensão a partir deste mês, a Companhia Energética de Mias Gerais (Cemig) tem apostado em parcerias com associações empresariais e órgãos setoriais para buscar uma fatia de 20% das 150 mil unidades consumidoras que devem migrar para o varejo do mercado livre nos próximos anos, disse o vice-presidente de comercialização da empresa, Dimas Costa.

De acordo com a reportagem, nos primeiros dias de abertura completa do mercado para consumidores da alta tensão, a empresa já tem aproximadamente 1,2 mil clientes, dos 13 mil que passaram a comprar energia no segmento varejista. Segundo o executivo, a companhia teve que “virar a chave” no modelo de relacionamento com o consumidor e tem atuado tanto em parceria com associações, quanto por meio de consultoria para convencer esses potenciais clientes a fazerem a migração com a Cemig.

Petrobras notifica Vibra que não tem interesse em renovar contrato de licença de marcas após 2029

A Petrobras informa que, na data de ontem (9/1), notificou a Vibra Energia S.A. que não tem interesse em prorrogar o prazo de vigência nos termos do atual contrato de licença de uso de marcas da companhia, iniciado em 28 de junho de 2019, em vigor até 28 de junho de 2029.

O referido contrato seguirá vigente, sujeito aos termos e condições contratuais. A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras. Qualquer decisão observará a governança da companhia, de acordo com comunicado da Agência Petrobras.

Ao Valor Econômico, a Vibra afirmou que a notificação não gera qualquer mudança na estratégia da companhia em relação aos seus revendedores e clientes em geral. “Reiteramos nossa excelente parceria com a Petrobras.”

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Uma conta inesperada chegou ao varejo on-line após um revés para as companhias no Supremo Tribunal Federal (STF). Mercado Livre, Magalu e Lojas Renner têm, juntas, mais de R$ 1,2 bilhão em depósitos judiciais referentes à cobrança do diferencial de alíquotas (Difal) do ICMS. Estados e Distrito Federal estimavam impacto de R$ 10 bilhões, valor referente à possível perda que poderiam ter na arrecadação de 2022.

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Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque da edição desta quarta-feira (10/1) a composição de chapa do PT para a disputa eleitoral pela prefeitura de São Paulo. A ex-prefeita Marta Suplicy deixou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ontem, em um movimento para voltar ao PT e ser vice de Guilherme Boulos (PSOL) na eleição municipal em São Paulo.

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O Globo: Sob caos de violência, Equador decreta conflito armado interno. O governo do presidente Daniel Noboa decretou estado de exceção no país. Sete policiais foram sequestrados, tumultos foram registrados em presídios e houve ataques com explosivos nas ruas. Ontem (9/1), após a fuga de um líder do narcotráfico e a invasão de um estúdio de TV e de uma universidade por homens armados, Noboa emitiu um decreto para declarar Conflito Armado Interno em nível nacional, ordenando às forças militares que neutralizem as organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico.