Combustíveis

Petrobras se antecipa e comunica à Vibra que não vai renovar licença de marcas

A Petrobras comunicou a Vibra Energia que não tem interesse em prorrogar a licença de uso das marcas da companhia. Segundo a estatal, o atual contrato, que vale até 28 de junho de 2029, será cumprido. A notificação foi feita nesta terça-feira, 9 de janeiro, e comunicada hoje ao mercado.

Petrobras se antecipa e comunica à Vibra que não vai renovar licença de marcas

A Petrobras comunicou a Vibra Energia que não tem interesse em prorrogar a licença de uso das marcas da companhia. Segundo a estatal, o atual contrato, que vale até 28 de junho de 2029, será cumprido. A notificação foi feita nesta terça-feira, 9 de janeiro, e comunicada hoje ao mercado.

“A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras”, diz a estatal em comunicado.

Para a Vibra, a comunicação “não gera qualquer mudança na estratégia da companhia em relação aos seus revendedores e clientes em geral”. Segundo a empresa, a possibilidade de não renovação do contrato de licenciamento era prevista em contrato e já fazia parte dos seus planos de médio e longo prazo. “Nosso contrato segue ativo e nada muda. Seguimos com excelente parceria com a Petrobras”, disse em comunicado o presidente da Vibra, Ernesto Pousada. 

A vigência do contrato era de dez anos, prorrogável por igual período. Caso não houvesse interesse na renovação por alguma das partes, a comunicação deveria ser feita em até dois anos antes do fim do contrato. A Petrobras, então, se antecipa nesta comunicação.

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Marcas como as dos Postos Petrobras, gasolinas Grid e Podium e as lojas de conveniência BR Mania são de propriedade da Petrobras, mas foram licenciadas para a Vibra, operadora desses negócios.

Até 2019, as marcas eram também operadas pela Petrobras, por meio da BR Distribuidora. Naquele ano, a estatal saiu do controle da BR Distribuidora e reduziu sua participação na empresa, de 71% para 41%. O processo de desestatização foi concluído em 2021, com a venda das ações remanescentes.

Para a nova gestão da Petrobras, sair da distribuição foi “grave”

A desestatização da BR Distribuidora ocorreu entre os governos de Michel Temer (2016 – 2018) e Jair Bolsonaro (2019 – 2022). Para a atual gestão da Petrobras, que assumiu em 2023, a venda do negócio de distribuição não deveria ter ocorrido.

“Estamos analisando com muita parcimônia a questão da distribuição. Não porque não seja grave o que aconteceu: a Petrobras perdeu o “pé no chão”, que era o posto. Distribuição de combustível hoje é um varejo importantíssimo, especial, privilegiado”, disse o atual presidente da estatal, Jean Paul Prates, em julho de 2023. Na ocasião, o presidente da empresa também relativizou o negócio de postos de gasolina diante de fatores como transição energética e mudanças no mercado automotivo.

Apesar de não concordar com a venda da BR Distribuidora, Prates sempre afastou a ideia de reestatizar a companhia, com recompra de ações. Outras possibilidades de voltar à distribuição, entretanto, são cogitadas pela atual diretoria.

*Matéria atualizada às 10:55 para inclusão de declaração do presidente da Vibra Energia, Ernesto Pousada.