A Petrobras, junto das parceiras Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC e CNOOC, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), iniciaram uma série de medições eólicas em alto-mar, na região do pré-sal. A coleta dos primeiros dados acontece no Campo de Búzios, na Bacia de Santos e, este ano, será ampliada para o Campo de Mero.
O objetivo é coletar informações de alta qualidade sobre o comportamento dos ventos da região para subsidiar futuros projetos de eólica offshore no pré-sal.
A pesquisa faz parte do Projeto Ventos de Libra, um investimento de R$ 8 milhões que prevê o desenvolvimento de tecnologia para realização de estudos e criação de metodologias de análise de ventos, além de avaliar a viabilidade técnica para integração entre sistemas eólicos offshore e projetos de produção de petróleo na região do pré-sal.
O projeto busca desenvolver avanços em modelagem do vento, metodologia de medição de dados, aprimoramento de modelos, redução de incertezas e riscos para implantação de projetos eólicos flutuantes em regiões de águas ultra profundas.
A estação de medição de ventos foi instalada no navio-plataforma P-75, que é do tipo FPSO, no bloco de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A tecnologia consiste em um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging). Os dados serão acumulados e transmitidos diretamente do FPSO P-75 para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), e serão avaliados por 3 anos.
O projeto Ventos de Libra é liderado pela engenheira Cristiane Lodi, que coordena o projeto pela Petrobras e pelo consórcio de Libra, e a professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS, que coordena o NIEPIEE (Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica). O NIEPIEE inclui especialistas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Ao todo, a equipe multidisciplinar associada do NIEPIEE reúne cerca de 50 pesquisadores, além de especialistas do Cenpes.
O consórcio de Libra é operado pela Petrobras (38,6%) em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA, com 3,5%).