Reportagem do Valor Econômico informa que, em uma nova ofensiva contra a distribuidora de energia Enel São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes entrou, ontem (31/1), com ação no Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a rescisão do contrato com a concessionária. Ele também pediu mais rigor na fiscalização sobre o serviço prestado pela Enel na capital paulista.
O ofício da prefeitura aponta falhas na prestação do serviço e os transtornos causados à população. Acompanhado dos deputados federais Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e Baleia Rossi, presidente do MDB, Nunes reuniu-se com o ministro Bruno Dantas para tratar do assunto.
A reportagem explica que, atualmente, é a União que faz as licitações das concessões do serviço de distribuição de energia e a regulação e fiscalização é de competência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com comunicado da prefeitura, antes de chegar ao Tribunal, o município já havia solicitado à agência reguladora o cancelamento do contrato de concessão da empresa italiana. A crise ganhou proporção no dia 3 de novembro, quando um forte vendaval paralisou serviços essenciais e as atividades cotidianas de 2,1 milhões de consumidores sem energia. A empresa levou mais de uma semana para restabelecer os serviços para a população.
Chuva provoca alagamentos e quedas de árvores em São Paulo; bairros ficam sem luz
A cidade de São Paulo foi colocada em estado de atenção para alagamentos por causa da chuva no início da tarde de ontem (31/1). O alerta do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo foi feito inicialmente para a zona sul, com inclusão da marginal Pinheiros. A chuva, porém, avançou em seguida para todo o município de São Paulo, assim como o estado de atenção para alagamentos.
Segundo a concessionária Enel, há falta de energia na cidade por causa de quedas de árvores. De acordo com a empresa, as regiões mais afetadas são as zonas leste e sul. A empresa não informou quantos endereços estavam sem eletricidade no fim da tarde. (Valor Econômico)
Petrobras não vai baixar preço dos combustíveis no canetaço para ajudar companhia aérea, diz Prates
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a companhia está disposta a colaborar com o debate sobre a situação do setor aéreo no Brasil, mas que não vai baixar o preço (dos combustíveis) com um “canetaço”. Desde o ano passado, o preço do querosene de aviação (QAV) já baixou quase 41%, segundo o executivo.
“A gente vai expor ao governo, no mínimo, no aspecto instrutivo. Nada de baixar mais preço”, disse Prates. “Reduzir artificialmente o preço representaria a Petrobras subsidiar um setor”, alertou.
Gás natural da Petrobras fica mais barato em fevereiro, mas sem choques de preço
Reportagem da Agência EPBR indica que agentes do mercado projetam que o preço do gás natural vendido pela Petrobras às distribuidoras estaduais deve cair, ainda que timidamente, a partir desta quinta-feira (1/2), no primeiro reajuste trimestral a incorporar as condições comerciais da nova geração de contratos de longo prazo da estatal.
A Gas Energy estima que a queda será de 2,3%, na média, em reais por m³ (R$/m³) ou -2,8% em dólares por milhão de BTU. De acordo com a consultoria, o gás natural da Petrobras passará a ser vendido, nos pontos de entrega às distribuidoras (city-gates), a US$ 10,4 o milhão de BTU.
A Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia, por sua vez, estima uma redução da ordem de 1% nos preços da Petrobras a partir de fevereiro, em R$/m³. Para efeitos de comparação, a associação estima que o preço médio dos demais fornecedores privados deve se manter relativamente estável.
Geração solar centralizada cresceu 50% na primeira quinzena de janeiro
A geração de energia solar centralizada registrou um aumento de 50,6% na primeira metade de janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em números, a produção atingiu 2.853 MWmed neste ano, em comparação com os 1.895 MWmed do ano passado.
No mesmo período, a geração hidrelétrica apresentou crescimento de 5,5%, totalizando 53.653 MWmed, enquanto a energia eólica experimentou aumento de 25%, alcançando 6.834 MWmed. Em contrapartida, a produção termelétrica sofreu uma queda de 28,3%, totalizando 6.834 MWmed. As informações são do Canal Solar.
Com apagões diários, ilha do governador vai precisar de geradores até o fim do ano
O jornal O Globo informa que moradores da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, terão que aprender a conviver com o cheiro de diesel e o barulho dos geradores que estão espalhados pelas ruas da região.
Os quase cem equipamentos alugados pela Light para manter o fornecimento de energia elétrica, principalmente para serviços essenciais, deverão ser usados até o fim deste ano, quando está prevista a conclusão da troca de cabos com defeito. Enquanto isso, moradores enfrentam apagões diários.
Itália garante 550 milhões de euros para indústria substituir fósseis por hidrogênio renovável
A Agência EPBR informa que a Comissão Europeia aprovou, na última terça-feira (30/1), 550 milhões de euros para que a Itália apoie investimentos na utilização de hidrogênio renovável em processos industriais, em substituição aos combustíveis fósseis.
A decisão está alinhada a iniciativas da União Europeia para reduzir a dependência do óleo e gás russos, que no caso italiano responde como a segunda maior fonte energética do país.
No ano passado, o Conselho Europeu também adotou a Diretiva de Energias Renováveis (RED) que estabeleceu a meta obrigatória de que 42% de todo o hidrogênio utilizado em processos industriais seja proveniente de combustíveis renováveis de origem não biológica até 2030, antes de aumentar para 60% até 2025.
PANORAMA DA MÍDIA
A redução da taxa básica de juros (Selic), ontem (31/1), em meio ponto percentual, pelo Banco Central (BC), é a manchete desta quinta-feira (1/2) nos principais jornais do país. Esta foi a quinta redução seguida da Selic, que passou de 11,75% para 11,25% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e era esperada pelo mercado.
Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta em 2024 e, em grau maior, em 2025. (O Estado de S. Paulo)
No comunicado da decisão, o Copom indicou que o ritmo de queda da taxa básica de juros será mantido nas “próximas reuniões”, o que inclui pelo menos mais duas reduções de 0,5 ponto percentual nos encontros de março e maio — os diretores do BC se reúnem a cada 40 dias. (O Globo)
O ciclo de alívio monetário começou após a taxa básica de juros ter passado por 12 altas consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, respondendo ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Depois disso, ela ficou congelada no patamar de 13,75% ao ano até agosto do ano passado. (Folha de S. Paulo)
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também realizou sua reunião de política monetária e manteve a taxa referencial na faixa entre 5,25% e 5,5% ao ano. (Valor Econômico)