O Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou, em 2023, uma emissão de 38,5 kg de dióxido de carbono (CO2) a cada um MWh gerado. Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), trata-se da menor taxa desde 2012.
A redução, segundo o ministério de Minas e Energia, é dada pelo incremento da capacidade instalada a partir de fontes renováveis, somada ao cenário hídrico favorável do ano passado e consequente redução da geração a partir de óleo diesel.
No SIN, as hidrelétricas representaram cerca de 70% de toda a geração verificada de energia elétrica em 2023, enquanto a energia eólica representou 15% do total.
Entre a geração centralizada e distribuída, o Brasil apresentou expansão da sua capacidade instalada de geração em quase 20 GW.
BloombergNEF’s Energy Transition Investment Trends 2024
Sobre outro dado, do relatório Energy Transition Investment Trends 2024, o MME destacou que o investimento de cerca de US$ 34,8 bilhões em 2023 para energia renovável, veículos elétricos, hidrogênio e captura de carbono.
O secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, destacou os investimentos para o Nordeste do país. “As usinas eólicas e fotovoltaicas da região têm demandado cada vez mais a atenção do planejamento setorial na determinação de investimentos na rede e garantir atendimento aos critérios de confiabilidade vigentes”, completou.
De acordo com o relatório da Bloomberg, o investimento na cadeia de fornecimento de energia limpa atingiu US$ 135 bilhões globalmente em 2023 e pode subir para US$ 259 bilhões até 2025. A China lidera com US$ 676 bilhões investidos em 2023, ou 38% do total.
Áreas emergentes como hidrogênio, por exemplo, teve o investimento global triplicado nos últimos, mostra o documento. A captura e armazenamento de carbono, quase dobrou e o armazenamento de energia aumentou cerca de 76% os investimentos.
O relatório traz ainda que o investimento na cadeia global de fornecimento de energia renovável, incluindo fábricas de equipamentos e produção de metais de bateria para tecnologias de energia, atingiu um novo recorde de US$ 135 bilhões em 2023 – contra apenas US$ 46 bilhões em 2020.