A Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciaram nesta semana os estudos para estruturar um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) para apoiar micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica.
O fundo ainda não tem valores definidos e, nesse primeiro momento, deve identificar os setores mais promissores para esse tipo de investimento, considerando os temas relacionados à transição energética e que estejam alinhados às estratégias de longo prazo da estatal e do banco.
Em nota, o BNDES informou que o primeiro fundo de CVC com a Petrobras será constituído de acordo com as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o gestor será escolhido por meio de edital público, e terá independência para as decisões e investimentos, além de autoridade para agir em nome do fundo.
“A cooperação com o BNDES acelerará os processos de governança e estruturação do CVC, que servirá de alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono, em linha com as nossas estratégicas divulgadas para o Plano Estratégico 2024-2028”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado.
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enfatizou que “o CVC nos permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento”.
Para Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, investir em transição energética e em inovação é a solução para a garantia do desenvolvimento sustentável da economia brasileira.
“O capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é um estímulo fundamental para termos novos saltos tecnológicos no país”, disse Mercadante.