Distribuição

Presidente da Enel SP diz à CPI que resposta ao apagão de novembro foi operação bem-sucedida

Em depoimento nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de São Paulo, o presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, disse que o restabelecimento de energia para 2,1 milhões de unidades consumidoras após o apagão ocorrido em novembro do ano passado foi “tecnicamente bem-sucedido”.

Presidente da Enel SP diz à CPI que resposta ao apagão de novembro foi operação bem-sucedida

Em depoimento nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Vereadores de São Paulo, o presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, disse que o restabelecimento de energia para 2,1 milhões de unidades consumidoras após o apagão ocorrido em novembro do ano passado foi “tecnicamente bem-sucedido”.

A Enel São Paulo é a concessionária de energia que atende a capital paulista e mais 23 municípios da região metropolitana. Na última semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu uma multa de R$ 165,8 milhões à empresa pelo episódio após análise concluir que houve falhas por parte da distribuidora no restabelecimento.

Segundo Max Xavier, em até 24 horas, 1,2 milhão de clientes estavam com a energia restabelecida e, no prazo de 72 horas, 97% da energia estava de volta em toda a região metropolitana de São Paulo

“A gente precisa desmistificar os fatos das narrativas. Evidentemente, teve, sim, uma quantidade pequena de consumidores [que ficaram dias sem energia). A gente entende o transtorno para esse cidadão. Mas, tecnicamente, foi uma operação bem-sucedida de restabelecimento”, disse Lins.

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Xavier confirmou que houve pessoas que ficaram muitos dias sem energia elétrica, mas ressaltou que a resposta da empresa ao apagão foi “um esforço sobre-humano” em um evento climático extremo, acima do que estava previsto.

“A curva do restabelecimento [de energia] pode parecer longa para quem ficou quatro ou cinco dias sem energia. Mas, para o tamanho da dimensão [do evento climático], eu diria que a recuperação, tecnicamente falando, foi um esforço sobre-humano para conseguir isso. Poucas distribuidoras do Brasil teriam conseguido o tempo de restabelecimento que foi obtido”, disse ele.

Participação de entes federativos

Melhorias em previsibilidade e ações de resposta e a integração do governo estadual com empresas e agentes do setor elétrico foram apontadas como soluções iniciais para o enfrentamento de eventos climáticos, cada vez “mais severos”, e para a resiliência das redes no Brasil. O tema foi debatido em um workshop promovido pela Aneel nesta quinta-feira.

Para o diretor-geral da autarquia, Sandoval Feitosa, apagões registrados no ano passado e no início deste ano, que deixaram cerca de 6,2 milhões de unidades consumidoras sem energia, após a ocorrência de temporais e ciclones extratropicais, demonstraram que é “indissociável” a integração e a participação de entes federativos.

“Esses eventos ocorreram em uma sequência nunca vista no país. Isso mostra que temos um problema que não é só das empresas distribuidoras ou transmissoras. Em eventos dessa magnitude, essas companhias não têm condições para responder à altura. Por essa razão, clamamos pelo apoio de todos os entes federados”, disse Feitosa.

Tomadas de subsídios 

A agência também instaurou tomadas de subsídios para debater o tema. Entre eles, a necessidade de intervenção regulatória associada ao aumento da resiliência dos sistemas de distribuição e de transmissão diante da ocorrência de eventos climáticos extremos

Em outra, busca coletar contribuições sobre os benefícios da padronização de relatórios sobre situações emergenciais, a serem elaborados pelas distribuidoras de energia. A consulta, aberta até o dia 20 de março, ainda discute as vantagens de uma revisão na modelagem dos dados de interrupções e ocorrências emergenciais.

(Com informações da Agência Brasil)