A energia gerada por biomassa em 2023 atingiu 3.218 MW médios, o que significou 4,6% de toda a demanda de energia consumida no ano. O montante supera a geração de 2020, quando a geração média das usinas a biomassa ficou em 3.140 MW médios, e representa o recorde de geração da fonte. As informações foram divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A geração deve ser ainda maior neste ano, já que em 2023 houve acréscimo de 223 MW na capacidade instalada de biomassa no país. Ao longo de 2024, segundo o MME, mais 1.155 MW devem ser adicionados em capacidade instalada em biomassa, o que representará o maior valor da série histórica.
Atualmente, há 637 empreendimentos movidos a biomassa no país. Destes, 422 utilizam bagaço de cana de açúcar, com uma potência total de 12.410 MW. Resíduos florestais são o combustível de 76 usinas, que geram 820 MW. O biogás contribui com uma potência de 201 MW.
O licor negro, gerado pela indústria de papel e celulose, é o combustível de apenas 22 empreendimentos, mas estes são capazes de gerar 3.334 MW, sendo a segunda maior potência entre as subfontes da biomassa.
Expansão da geração
No ano passado, a expansão da geração no Brasil foi de 10.300 MW, distribuídos entre 291 usinas que entraram em funcionamento. A maior parte das novas usinas foi de geração eólica, com 291 ativos e 4.919 MW de potência, sendo responsável por 47,65% da expansão da matriz.
Em segundo lugar, estão as 104 novas usinas solares fotovoltaicas, com capacidade de 4.071 MW. Além destas, 33 termelétricas, 11 pequenas hidrelétricas e três centrais geradoras hidrelétricas compõem as usinas que entraram em operação no ano de 2023.