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Depois de quase dois anos sem grandes oscilações, o mercado livre de energia iniciou 2024 apostando no aumento dos preços, ancorado num período de chuvas abaixo da média histórica (MLT) e de uma maior complexidade de despacho do sistema – entre o aumento das fontes renováveis intermitentes e as descentralizadas.
Para se ter uma ideia, o mês de janeiro na plataforma BBCE, encerrou o mês com recorde de volume transacionado e todos os indicadores mais que dobraram. Foram, ao todo, aproximadamente 66 mil GWh negociados, alta de 111% em comparação com dezembro e 113% em relação a janeiro de 2023.
Entre idas e vindas de preços e as incertezas futuras, grandes empresas já começaram a repensar as suas compras a partir de 2025, quando são esperados preços acima do custo marginal de energia (CME) e acima dos R$150/MWh.
A retomada da volatilidade também ocorre num processo de expansão do mercado livre de energia, com a expectativa de abarcar 72 mil novos consumidores por meio de comercializadores varejistas e o consequente aumento do volume negociado, demandando transparência e liquidez para proporcionar novos investimentos.
Este o cenário que marca o início das operações da N5X, a nova bolsa do Brasil. Aposta do Grupo EEX, maior bolsa de energia do mundo, que se uniu ao L4 Venture Builder (fundo de investimento independente da B3) unindo a expertise da infraestrutura local do setor financeiro com o sucesso no desenvolvimento de mercados globais de energia.
“Maior liquidez leva a spreads de compra/venda mais estreitos e maior profundidade no mercado, beneficiando todos os participantes, inclusive aqueles em mercados adjacentes com menor liquidez”, disse Tobias Paulun, CEO da European Commodity Clearing (ECC) e membro do conselho responsável pela estratégia na EEX. A ECC é a contraparte central especializada em energia e commodities na Europa, e atua como clearing para a EEX e outras bolsas.
Tobias Paulun entre outros líderes do grupo EEX como Christian Schneider (Chief Strategy Officer at Nodal Exchange & Director of Group Strategy / M&A at EEX), Juan Perez (Diretor de Estratégia da EPEX Spot), Alvaro Ruben Reyes (Senior Sales Manager at European Energy Exchange AG) e Demetri Karousos (President and COO of Nodal Exchange, President of Nodal Clear) estarão presentes no N5X Summit no dia 7 de março.
No Brasil, os primeiros passos da N5X envolvem o registro dos contratos de compra e venda de energia no mercado físico. Atualmente, esses negócios, feitos por meio da negociação bilateral com formalização via plataforma – as boletas eletrônicas – representam apenas 27,55% do mercado total.
Numa segunda etapa, e somente após a autorização dos órgãos reguladores, a empresa pretende se tornar uma plataforma para registro de contratos financeiros, os chamados derivativos de energia, e a ideia é avançar também para atuar como clearing, tanto no mercado financeiro quanto no físico – neste caso, complementando o relevante papel da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A confiabilidade da plataforma de negociação dos ativos é outro elemento chave. A tecnologia desenvolvida pela N5X vai seguir os padrões dos maiores mercados globais, sem instabilidades que limitam as transações e poderiam afetar os resultados das empresas.
Outro ponto a favor é a “neutralidade” no quesito governança, já que a maior plataforma de negociação de ativos de energia no Brasil hoje, a BBCE, é uma sociedade controlada por diversas comercializadoras de energia.
Segundo Tobias Paulun, a estratégia de atuação do grupo passa pela construção de uma comunidade baseada em respeito mútuo e colaboração, compromissos e melhoria contínua. “Começamos a N5X com um parceiro local muito forte e convidamos todos os atores do mercado a atuarem conosco”, afirmou, se referindo à B3, que está por trás do L4.
E o N5X Summit é mais um marco na construção desta comunidade. Um dia repleto de insights inovadores, discussões estratégicas e networking de alto nível. Prepare-se para fazer parte de conversas impactantes, conectar-se com líderes do setor e explorar soluções que impulsionarão os negócios de energia no Brasil para novos patamares.
Acompanhando a evolução do mercado
A N5X ainda quer marcar presença no mercado de derivativos de energia, contratos usados por quem busca se proteger da oscilação do preço de um ativo, por exemplo. Nos mercados mais desenvolvidos, esses produtos financeiros são essenciais para que as empresas possam proteger suas posições, mas para isso acontecer é preciso ter a liquidez, que hoje não está presente, já que se trata de um mercado em grande parte bilateral e feito por meio de contratos de gaveta, que não chegam a ser registrados.
Desde que começaram os esforços para desenvolvimento da bolsa de energia brasileira, Barbosa já participou de dezenas de conversas bilaterais com agentes do mercado, a fim de apresentar as oportunidades desses novos instrumentos financeiros.
“Você passa a ter um mercado de entrega física, de curto prazo. E contratos de médio e longo prazo se tornam instrumentos financeiros, os derivativos. Para ter liquidez, você precisa de uma padronização dos contratos”, contou a CEO da N5X.
Uma oportunidade está na negociação de produtos horários de energia, aproveitando que os preços estão voláteis a depender dos horários de pico, por exemplo.
Para participar do N5X Summit clique para saber mais e se inscreva | vagas limitadas!
*Conteúdo oferecido pela N5X
