Reportagem do Valor Econômico indica que a queda de braço entre os credores locais e estrangeiros da Unigel escalou e chegou à Justiça, com os debenturistas (detentores das dívidas no mercado de capitais local) acusando a petroquímica de ter beneficiado uma classe de credores em seu plano de recuperação extrajudicial, que busca uma solução para R$ 3,9 bilhões em dívidas financeiras.
De acordo com a reportagem, estão nesse grupo, que representa 11% dos passivos a serem reestruturados, fundos de mais de uma dezena de gestoras, incluindo XP, ARX, Jive e Capitânia. Para o caso, os debenturistas contrataram o escritório Lefosse, que já começou com a batalha judicial.
Ao se posicionar contra a proposta da empresa, o grupo caracteriza o plano apresentado — na verdade, cinco planos no total, um para a holding e quatro para as companhias operacionais — como “meras propostas incompletas e lacunosas, resultado de negociações bilaterais entre um grupo de alguns bondholders e a companhia e que sequer atingiram o quórum de adesão mínimo necessário ao seu reconhecimento e homologação judicial”.
Zema diz que Haddad fará modelo para recuperação de estados e se mostra favorável a federalizar a Cemig
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse ontem (6/3) ter ouvido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a promessa de que o governo federal apresentará até o fim do mês um novo modelo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Ainda de acordo com Zema, a nova fórmula será aplicada não somente a Minas Gerais, que negocia um acordo, mas também a estados que já fazem parte do regime, como Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Questionado pelo Valor Econômico, Haddad confirmou as informações.
Zema conversou com a imprensa no Palácio do Planalto, onde se reuniu para discutir uma solução para o endividamento mineiro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Haddad.
Questionado, Zema não demonstrou resistência à federalização de empresas como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). “O Ministério da Fazenda é o credor. Ele é quem vai avaliar se a federalização é boa para o governo federal, quitando a dívida. E, da nossa parte, eu já manifestei que nós somos totalmente favoráveis a esse aperfeiçoamento. Nós queremos muito mais escutar do que propor”, afirmou. “Sou favorável a toda medida que venha equacionar a dívida de Minas Gerais. Se for necessário avançar nessa questão (federalizar a Cemig), o Estado não vai se opor.”
Taesa: lucro regulatório tem queda de 22,2% no 4º trimestre de 2023
A Taesa registrou lucro líquido regulatório de R$ 301,1 milhões no quarto trimestre de 2023, o que representa alta de 22,2% ante o mesmo intervalo em 2022, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (6/3).
Segundo o balanço da Taesa, a companhia anotou um crescimento anual de 4,3% no lucro líquido regulatório – que reflete a geração de caixa da companhia e segue padrões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – registrando R$ 1,09 bilhão em 2023. Em 2022, esse número foi de R$ 1,04 bi. (portal UOL/ Suno)
GreenYellow irá fornecer 16,93 MWp para a Prime Energy
O Canal Energia informa que a GreenYellow assinou um novo contrato com a Prime Energy para incluir a construção de mais três usinas de energia. As novas fazendas fotovoltaicas contratadas, juntas, terão capacidade instalada de 16,93 MWp e produção anual de 34.800 MWh/ano.
Duas usinas serão construídas no estado do Piauí, nos municípios de Castelo do Piauí (6,80 MWp) e Lagoa do Piauí (6,74 MWp), enquanto a terceira estará localizada na cidade de Birigui (3,39 MWp), no estado de São Paulo. Os empreendimentos que serão implementados no estado piauiense estão dentro da área de cobertura da Equatorial PI e o do interior paulista pertence à região atendida pela CPFL Paulista.
A reportagem destaca que a Prime Energy, que mantinha seu foco nos segmentos das grandes empresas varejistas e de telecomunicações, vê crescer seu modelo baseado na geração distribuída compartilhada. Segundo o CEO da companhia, Guilherme Perdigão, eles planejam operar 100 MWp de GD ainda em 2024.
Refinaria de Mataripe vence processo de venda direta de óleo do pré-sal realizada pela PPSA
O Valor Econômico informa que a refinaria de Mataripe venceu ontem (6/3) o processo de venda direta da Pré-Sal Petróleo (PPSA) para uma carga de 500 mil barris de petróleo do campo de Atapu, na Bacia de Santos, oriundo de contrato de partilha de produção.
Segundo a PPSA, é a primeira vez que uma carga de petróleo da União foi vendida diretamente para uma refinaria. A carga estará disponível para a Refinaria de Mataripe em abril. Todas as empresas que atuam no pré-sal foram convidadas, além da Prio e de Mataripe, da Acelen. Além da refinaria, Galp e Petrobras apresentaram propostas.
MME garante investimentos de R$ 1,5 bilhão para levar água e energia ao norte de MG
Após décadas de espera pela população do norte de Minas Gerais, o projeto hidroagrícola de Jequitaí irá sair do papel. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou na última sexta-feira (1/3) na sede da B3, em São Paulo, do leilão que garantiu R$ 1,5 bilhão em investimentos para a execução do projeto, de irrigação, reserva de água e geração de energia, beneficiando cerca de 150 mil pessoas da região, além de gerar 84 mil empregos diretos e indiretos. Silveira ressaltou que o projeto é uma demanda histórica para combater os efeitos da seca na região. (Fonte: MME)
Governo vai propor índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025
A Agência EPBR informa que o governo federal vai trabalhar em um índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025, conforme disse na segunda-feira (4/3) a coordenadora geral de Eficiência Energética da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Samira Sousa.
“É a primeira vez que vamos ter o índice mínimo de eficiência energética aos quais as edificações terão que atender”. A Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) calcula que é necessário triplicar os investimentos anuais em eficiência energética para alcançar as metas do Acordo de Paris. Segundo Samira, isso não está ocorrendo e é preciso acelerar.
Novo Nordisk construirá usina solar para fábrica em Minas Gerais
A empresa global de saúde Novo Nordisk estabeleceu uma parceria com a Elétron Energy para a construção de um parque solar no terreno de sua fábrica no município de Montes Claros (MG), a maior planta de insulinas da América Latina.
A usina, cuja produção será voltada para consumo próprio, terá capacidade para gerar 90 MWh e deve começar sua operação no início de 2025, com selo global de energia limpa I-REC. O investimento estimado no projeto é de R$ 220 milhões.
Nos últimos cinco anos, a unidade em Montes Claros, por meio de projetos de eficiência energética, conseguiu uma redução no consumo de energia elétrica de 7,147 GWh, o suficiente para abastecer cerca de 6 mil moradias populares durante o período de um ano. (Energia Hoje)
Copel assina contrato de cinco anos com Google Cloud
A Copel, estatal paranaense de energia, assinou um contrato de cinco anos para migrar seus principais serviços de TI para a estrutura do Google Cloud. Segundo a Copel, o principal objetivo do projeto é obter eficiência operacional e economia de escala. O valor do contrato não foi divulgado pelas partes. (BNAmericas)
Biodiesel provoca disputa entre agronegócio e setor de energia em projeto do Combustível do Futuro
A O Estado de S. Paulo informa que a discussão sobre o aumento da mistura de biodiesel no óleo diesel comercializado no Brasil tem provocado um impasse entre o agronegócio e o setor de energia, do qual faz parte a Petrobras.
Essa medida foi incluída em um projeto de lei que pode ser votado nos próximos dias na Câmara dos Deputados, batizado de Combustível do Futuro. A proposta faz parte da chamada “agenda verde” abraçada pelo Legislativo com o objetivo de tornar o país mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O interesse dos investidores por emissões de dívida externa de longo prazo de empresas brasileiras impulsionou as projeções de bancos de que este ano será de retomada para o mercado de títulos de crédito (“bonds”). Com volume de US$ 8,8 bilhões até agora, as estimativas mais conservadoras são de que os valores devem somar, ao menos, US$ 20 bilhões em 2024, alta de cerca de 30% em relação ao ano passado. Há expectativa também de operações com prazos mais dilatados.
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Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo: As montadoras instaladas no Brasil estão iniciando uma corrida para a produção de carros híbridos no país, inclusive com o uso do etanol (os chamados híbridos flex), combustível mais limpo, antes de partirem para a eletrificação pura. Nos últimos três meses, os investimentos anunciados por montadoras no país chegam R$ 71,4 bilhões. O maior aporte foi revelado nesta quarta-feira (6/3) pelo grupo Stellantis: R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030.