A usina hidrelétrica de Itaipu Binacional atingiu no sábado (9/3) a produção de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia acumulada desde o início de sua operação, em maio de 1984, e tornou-se a maior geradora de energia do planeta.
Em equivalência energética, o volume de energia seria suficiente para abastecer a Terra por mais de 43 dias ou o Brasil todo por 5 anos e 11 meses. Nenhuma outra usina no mundo gerou tanta energia e, segundo a diretoria técnica do empreendimento binacional, é improvável que este montante seja superado nas próximas décadas por qualquer outra hidrelétrica.
Ao Valor Econômico, o diretor-financeiro da usina, André Pepitone, diz que, além da disponibilidade de água, outros fatores foram fundamentais para o grande volume de energia produzido: unidades geradoras e linhas de transmissão em condições operacionais e consumo.
Nova onda de calor poderá fazer sensação térmica chegar a 37°C em São Paulo
Uma nova onda de calor que atingirá parte do Brasil poderá fazer a sensação térmica chegar a 37°C na cidade de São Paulo no sábado, 17. A temperatura começará a subir a partir da quarta-feira (13/3), quando a previsão da empresa Meteoblue aponta que a máxima na capital será de 32ºC. Com aumentos sucessivos pelos três dias seguintes, no sábado a previsão é de 36ºC, com sensação térmica de 37ºC às 15h.
Uma onda de calor é caracterizada quando as temperaturas permanecem entre 3°C e 5°C acima da média ao longo do período. (O Estado de S. Paulo)
ONS: níveis dos reservatórios devem encerrar o mês de março acima de 60%
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) referente à semana operativa entre os dias 9 a 15 de março traz um cenário de estabilidade para a Energia Armazenada (EAR) estimada para o final de março. Todos os subsistemas devem chegar ao último dia do mês com patamares superiores a 60%, resultado da boa gestão dos recursos hídricos que vem sendo executada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O indicador mais elevado pode ser registrado no Norte com 96%; seguido pelo Nordeste com 71,7%; o Sudeste/Centro-Oeste com 65,8% e pelo subsistema Sul com 64,3%. Apenas o subsistema Sul tem uma perspectiva mais elevada de volume de água entrando nos reservatórios, com 115% da Média de Longo Termo (MLT). A ENA esperada ao final do mês no Norte é de 89% da MLT. Para o Sudeste/Centro-Oeste e o Nordeste, os percentuais indicados são de 59% da MLT e 56% da MLT, respectivamente.
Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de crescimento no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em três subsistemas. A exceção é o Sul, cuja previsão é de estabilidade, sem avanço ou recuo (0%), e carga estimada em 14.585 MWmed. A expansão no SIN deve chegar a 4,2% (82.716 MWmed).
Entre os submercados, a aceleração mais expressiva é esperada para o Norte, 7,8% (7.436 MWmed), seguido pelo Nordeste, 6,1% (13.163 MWmed), e pelo Sudeste/Centro-Oeste, 4,5% (47.532 MWmed). Os números são comparações entre as perspectivas de março de 2024 e o mesmo período de 2023. O Custo Marginal de Operação (CMO) segue em R$ 0,04 e é o mesmo para os quatro subsistemas. (Fonte: ONS)
Área técnica da Petrobras defendeu que critérios para dividendo extra “não foram atingidos”
Em um resumo executivo encaminhado ao conselho de administração da Petrobras, a área técnica da diretoria de Finanças da estatal defendeu que os critérios para embasar o pagamento de dividendos extraordinários “não foram atingidos”. O documento, ao qual o Valor Econômico teve acesso, diverge da proposta da direção da companhia, que sugeriu o pagamento de 50% dos dividendos. A empresa nega e diz que o documento se referia a “requisitos usados no passado” para autorizar ou não a distribuição desses recursos.
Na última quinta-feira, ao reportar lucro líquido de R$ 31 bilhões no quarto trimestre de 2023, a Petrobras informou que não pagaria dividendos extraordinários referentes ao período. A decisão foi tomada conselho de administração, que tem a palavra final, acima da diretoria, sobre o assunto. O conselho por sua vez é formado por 11 integrantes, dos quais seis são ligados ao governo federal. Segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates, os conselheiros ligados à União votaram contra a distribuição, enquanto os conselheiros privados votaram a favor. Ele próprio optou por se abster.
Em reunião com Petrobras, equipe econômica defendeu pagamento de dividendos extraordinários
Reportagem do Valor Econômico destaca que a equipe econômica do governo federal apoiou, em reunião realizada na semana passada com a cúpula da Petrobras, a decisão de a empresa pagar dividendos extraordinários aos acionistas.
De acordo com a reportagem, para pelo menos uma parte da equipe econômica, a opção pelo não pagamento de dividendos “foi uma decisão errada”. Na quinta-feira (7/3), ao informar lucro líquido de R$ 31,04 bilhões no quarto trimestre do ano passado, a companhia também divulgou que não pagaria dividendos extraordinários referentes ao período.
A decisão fez a Petrobras perder, na sexta-feira (8/3), R$ 55,8 bilhões em valor de mercado, com queda de 10,57% das suas ações preferenciais. O principal motivo foi o temor de intervenção do governo federal na companhia. A agência de notícia Reuters publicou na ocasião que a decisão tinha partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mas, dias antes, integrantes da equipe econômica defenderam para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Sergio Caetano Leite, que o pagamento de dividendos extraordinários “estaria de acordo com a legislação e as expectativas justas do mercado”. Além disso, atenderia aos anseios da própria equipe econômica, por reforçar o caixa do governo federal.
Lula arbitrou disputa na Petrobras e decidiu que empresa não pagaria dividendo extra
O jornal O Globo também traz informações a respeito do pagamento de dividendo extra da Petrobras. De acordo com a coluna da jornalista Malu Gaspar, a disputa interna da estatal em torno dessa questão foi arbitrada pelo próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de duas reuniões no Palácio do Planalto com a presença de ministros, diretores e conselheiros da companhia. Nenhum dos encontros constou na agenda oficial do presidente ou dos ministros.
Tombo da Petrobras apaga ganhos recordes e reforça temor de ingerência do governo
O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma análise a respeito da Petrobras, destacando que a estatal foi o centro das atenções do mercado na sexta-feira (8/3), um dia após a publicação de seu balanço financeiro de 2023.
Apesar de a estatal ter reportado o segundo maior lucro da sua história (R$ 124,6 bilhões), ainda que em queda de 33,8% frente ao recorde de 2022, a frustração dos investidores em relação ao corte de dividendos extraordinários dominou a cena e pesou sobre os ativos, levando a baixa de 10,57% (ON) e 10,37% (PN). O mercado esperava algo entre US$ 3 bilhões e US$ 9 bilhões de dividendos extras.
A decisão da maioria do conselho de administração da estatal ainda de acordo com a análise, mandar o lucro remanescente do quarto trimestre para uma reserva de remuneração de capital, e não para dividendos extraordinários, fez com que a empresa perdesse R$ 56 bilhões em valor de mercado em um único dia. No pior momento, a perda chegou a mais de R$ 70 bilhões.
Mesmo após o presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates, esclarecer aos acionistas que os dividendos extraordinários retidos não serão usados para investimentos ou para pagar dívidas, o temor do mercado sobre o risco da alocação do capital e a possível influência do governo nas decisões não se dissiparam.
Equipe da Petrobras visita Venezuela a pedido de Maduro
A Petrobras enviou uma equipe de especialistas em produção para a Venezuela a pedido do presidente Nicolás Maduro, cuja administração tem recebido visitas de grandes empresas do setor, apesar das ameaças de sanções dos Estados Unidos à sua indústria petrolífera.
A delegação da Petrobras visitou campos de petróleo no Lago Maracaibo na semana passada, em uma viagem que pessoas familiarizadas com o assunto descreveram como uma visita de cortesia. Maracaibo é uma região de produção importante para a Venezuela e uma oportunidade para o país ressuscitar o pilar de sua economia após anos de subinvestimento. (Valor Econômico – Agência Bloomberg)
Petrobras estuda comprar ativos de hidrogênio verde da encrencada Unigel
O blog de Lauro Jardim, na versão digital de O Globo informa que a direção da Petrobras está estudando a compra dos ativos da encrencada Unigel na área de hidrogênio verde. Em 2023, a Unigel anunciou que investia R$ 1,5 bilhão na produção do insumo (basicamente em eletrolisadores) na Bahia, mas tudo parou por causa das dificuldades financeiras da empresa, que recentemente pediu recuperação extrajudicial.
Ainda de acordo com Lauro Jardim, a informação que o conselho de administração tem é que o negócio está acertado. A estatal, no entanto, diz que faz “diversas análises sobre projetos futuros, inclusive em hidrogênio verde”, mas que “não há qualquer decisão” tomada. Recentemente, um contrato de R$ 759 milhões entre a Petrobras e a Unigel entrou na mira do TCU.
Arramco aumenta dividendos para US$ 31 bilhões e beneficia governo da Arábia Saudita
A Saudi Aramco – gigante estatal do petróleo da Arábia Saudita – elevou seus dividendos do quarto trimestre para US$ 31 bilhões, o que inclui um componente extra, apesar da queda do preço do petróleo e da redução da produção, o que beneficia o governo da Arábia Saudita, que enfrenta um déficit orçamental crescente.
O pagamento de dividendos aumentou mesmo com a queda de 25% do lucro líquido em termos anuais devido à redução voluntária na produção. A Aramco projeta que a distribuição total de dividendos aos investidores e ao governo da Arábia Saudita este ano será maior do que em 2023. (Valor Econômico – Agência Bloomberg)
Lucro da Prio cresce 71% no 4º trimestre impulsionado por vendas e volume de produção
A Prio registrou um lucro líquido de US$ 324,2 milhões no quarto trimestre de 2023, uma alta de 71% sobre o resultado apresentado um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita subiu 274%, de US$ 184,5 milhões para US$ 690,6 milhões. O resultado, segundo comunicado da companhia, foi impulsionado pelo aumento na produção e nas vendas no período. (Valor Econômico)
Estrago menor com El Niño puxa para baixo revisão do IPCA
O receio de que o El Niño gerasse estragos à produção agrícola no Brasil está cedendo e trazendo menos preocupação para os cenários sobre inflação de alimentos em 2024. O movimento tem feito algumas casas revisarem para baixo suas projeções de inflação e, com isso, trazerem suas projeções para mais perto do centro da meta do Banco Central deste ano, de 3%, ainda que façam ressalvas sobre o comportamento do setor de serviços.
Na pesquisa Focus, do Banco Central, a mediana para as projeções do IPCA em 2024 caiu a 3,76% nesta semana, após passar fevereiro praticamente estável na casa dos 3,80%. O consenso para a inflação de alimentação no domicílio, por sua vez, passou de 4,60% no início do ano para 3,80%. (Valor Econômico)
Porto do Açu começa expansão de terminal com foco em grãos, fertilizantes e lítio
A Prumo Logística iniciou as obras de ampliação do Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, para expansões no cais e no Terminal Multicargas (T-mult) do seu terminal 2. O objetivo é aumentar a movimentação de produtos, com foco no curto prazo em grãos, fertilizantes e lítio, conforme disse ao jornal O Estado de S. Paulo o presidente do Porto do Açu, Eugenio Figueiredo.
“O que estamos fazendo é uma expansão para ampliar a operação do T-mult, e isso passa pelo cais e pela área do terminal. Queremos aumentar o volume e ter mais flexibilidade operacional para receber cargas diferentes e realizar operações simultâneas”, diz Figueiredo.
Propostas para transição energética enfrentam disputas e “jabutis” no Congresso
Após não conseguir aprovar o pacote de propostas relativas à transição energética no final de 2023, o Congresso Nacional volta a se debruçar sobre o tema no primeiro semestre deste ano, conforme destaca reportagem da Folha de S. Paulo.
Na visão de membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de representantes do setor de energia e de parlamentares, são cinco os projetos de grande importância: o do mercado de crédito de carbono, do hidrogênio verde, dos biocombustíveis, da energia eólica offshore e do Paten (Programa de Aceleração da Transição Energética).
Atualmente, o Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad, atua em parceria com pastas como Meio Ambiente (Marina Silva), Indústria (Geraldo Alckmin) e Minas e Energia (Alexandre Silveira) para construir planos voltados à descarbonização e à transição energética.
E a aprovação desses projetos no Legislativo é vista como fundamental para a aplicação de tais diretrizes, que ainda estão em elaboração pelo Executivo. No final de 2023, a maior parte dessas propostas chegou a entrar na mira da Câmara dos Deputados.
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: Depois de encolher em 2023, o investimento deve voltar a crescer no Brasil neste ano, ainda que sem indicar uma reversão do quadro de fragilidade estrutural do País nessa área – no ano passado, a taxa de investimento no país ficou em um patamar bastante fraco, a 16,5% do PIB. Agora, a economia brasileira deve ser favorecida por uma conjuntura positiva, com a sequência do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic) e de alguma redução da incerteza na condução da política econômica pelo governo Lula.
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O Globo: O governo abriu um processo de renegociação para resolver problemas de concessões de rodovias federais mais antigas e que ainda estão em vigor. Chamado de “otimização de contratos”, o programa envolve 14 concessões de estradas que somam 7,5 mil quilômetros em vários estados.
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Valor Econômico: O governo federal anuncia hoje um plano de investimento para o Porto de Santos de R$ 10,64 bilhões para o período de 2024 a 2028. O montante será formado por recursos federal, do governo paulista e privado. Pouco mais da metade do valor previsto, cerca de R$ 5,8 bilhões, será destinada à construção do túnel subterrâneo que ligará os municípios de Santos e Guarujá.
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Folha de S. Paulo: Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) lideram tecnicamente empatados a nova pesquisa Datafolha sobre a corrida eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo. Com a polarização nacional consolidada no pleito municipal, Boulos marca 30% e Nunes tem 29% — estão isolados do segundo pelotão de pré-candidatos. O psolista tem o presidente Lula (PT) como seu cabo eleitoral, enquanto o prefeito conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).