O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou US$ 750 milhões em investimentos para 52 projetos de hidrogênio, distribuídos em 24 estados. A ação faz parte da estratégia do país de reduzir o custo do hidrogênio renovável e escalar a produção.
Os projetos selecionados desenvolverão, entre outras soluções, tecnologias para avançar o processo de eletrólise e melhorar a capacidade produção, além de ajudarem no desenvolvimento de fontes renováveis para ampliação da capacidade. Em base anual, a meta é alcançar 14 GW de capacidade de hidrogênio renovável, o que seria suficiente para abastecer 15% dos caminhões de médio e grande porte vendidos no país, e 10 GW de eletrolisados, o suficiente para produzir um adicional de 1,3 milhão de toneladas do combustível.
Segundo o DOE, cerca de 10 milhões de toneladas métricas (MMT) de hidrogênio são produzidos atualmente nos EUA e aproximadamente 94 milhões de toneladas métricas a nível mundial, porém a grande maioria é produzida a partir de combustíveis fósseis.
Os projetos serão financiados pela Lei Bipartidária de Infraestrutura, que aloca US$ 9,5 bilhões para o hidrogênio renovável, incluindo US$ 1 bilhão para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e US$ 500 milhões para o desenvolvimento de processos e tecnologias para acelerar a produção.
“Os projetos anunciados impulsionarão nosso progresso e devem garantir a nossa liderança no hidrogênio limpo”, afirma a secretária de Energia dos EUA, Jennifer M. Granholm
Fomento no Brasil
O governo norte-americano também anunciou a inauguração do seu primeiro escritório da Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC, na sigla em inglês) na América Latina. A primeira agência da entidade de fomento será sediada em São Paulo e deve ajudar a formar parcerias bilaterais no setor privado em áreas como energia, infraestrutura e tecnologia.
“A abertura do primeiro escritório regional da DFC vai avançar nosso relacionamento bilateral e ajudará a expandir o nosso portfólio de investimentos em economias emergentes”, afirmou o CEO da DFC, Scott Natan.
Acumulando experiência em finanças, mercados de capitais e em soluções sustentáveis, Chantarella DeBlois será a diretora-geral da sede brasileira.
Inicialmente, a corporação destinará US$ 470 milhões para pequenas empresas brasileiras.